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190<br />

lógica articulada pelo escritor em “Sobre el Vathek”, a imaginária<br />

tradução kafkiana das Noites tem como precursores toda a literatura<br />

fantástica alemã, impondo-se como trabalho coletivo que transborda os<br />

seus originais autores e compiladores árabes.<br />

Como afirma Waisman, 404 Borges demonstra que beber na<br />

tradição literária do idioma de chegada é o último elemento que<br />

conforma a potencialidade de uma nova versão, o que, em caso<br />

contrário, resulta para o escritor insatisfatório ou inócuo, dado que para<br />

ele o divórcio de literaturas acabaria esterilizando e desvalorizando a<br />

língua do texto traduzido. Ademais, essa proposição de contaminação<br />

pela tradição seria imprescindível para o tradutor, ou até para o escritor.<br />

Sem dúvida, encontra-se na potencialidade oferecida pela<br />

tradição literária de uma língua muito do material que permite a<br />

tradutores ou escritores obter sentidos novos, mesmo que não deixem de<br />

lado aqueles já conhecidos que encontram em suas fontes ou em outras<br />

perspectivas de composição.<br />

2.2.6 Mestre Cansinos-Asséns<br />

Duas décadas após a redação e publicação de “Los traductores de<br />

Las 1001 noches”, a língua espanhola finalmente pôde contar com uma<br />

tradução das histórias de Šahrāzād. O trabalho, intitulado Las mil y una<br />

noches, foi publicado no México em três volumes pela editora Aguilar,<br />

entre 1954 e 1955, e assinado pelo antigo amigo de Borges, o poeta<br />

espanhol Rafael Cansinos-Asséns.<br />

404 WAISMAN. Ibid., p. 85-86.

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