08.05.2013 Views

Pelas tramas de uma cidade migrante (Joinville, 1980-2010)

Pelas tramas de uma cidade migrante (Joinville, 1980-2010)

Pelas tramas de uma cidade migrante (Joinville, 1980-2010)

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

118<br />

Imitação nunca funciona. Nós fomos imitar<br />

a Oktoberfest e por isso não <strong>de</strong>u certo. As<br />

outras cida<strong>de</strong>s selecionaram algo presente e<br />

familiar e transformaram em tradição festiva.<br />

[...] as manifestações culturais [<strong>de</strong> <strong>Joinville</strong>] são<br />

diversificadas e extremamente festejadas, mas<br />

são pisoteadas. [...] Apesar do po<strong>de</strong>r público, há<br />

festas populares: a Festa do Bandoneon, a Festa<br />

da Polenta no Vila Nova, o Carnaval... é só dar<br />

um mínimo. Aquilo que é falso fica ali, mas as<br />

pessoas não se apo<strong>de</strong>ram. O <strong>de</strong>safio na área da<br />

cultura é aceitar <strong>Joinville</strong> como ela é 221 .<br />

Novas polêmicas ainda em estado <strong>de</strong> latência pulsam agora no<br />

emaranhado <strong>de</strong> velhas polêmicas sobre a relevância e a conveniência <strong>de</strong>ssa<br />

e <strong>de</strong> outras festas urbanas patrocinadas pelo po<strong>de</strong>r público. As palavras<br />

do Sr. Merss explicitam que a insistência em espetacularizar <strong>uma</strong> suposta<br />

originalida<strong>de</strong>, fruto <strong>de</strong> tentativas <strong>de</strong> imitação e conquista <strong>de</strong> mercado, é agora<br />

questionada diante do reconhecimento, mesmo que tímido, da complexida<strong>de</strong><br />

que envolve as diferenças culturais e as i<strong>de</strong>ntificações movidas por sentimentos<br />

<strong>de</strong> pertencimento sobre a cida<strong>de</strong>. É <strong>de</strong>ssa perspectiva que revolvo a cida<strong>de</strong><br />

a partir do fim da década <strong>de</strong> <strong>1980</strong> por intermédio <strong>de</strong> outra festa, a “finada”<br />

Fenachopp.<br />

1.6 IMPERTINÊNCIAS DE UM APOLO DESNUDO<br />

Em 2004 foi lançado o 2.º volume da Gran<strong>de</strong> Enciclopédia Catarinense.<br />

Na apresentação o governador Luiz Henrique da Silveira assim a <strong>de</strong>finia:<br />

Completa, precisa e ricamente ilustrada, tratase<br />

<strong>de</strong> importante ferramenta para que o cidadão<br />

conheça a sua própria história, o catarinense<br />

<strong>de</strong>scubra a riqueza <strong>de</strong> seu Estado e o turista tenha<br />

acesso às múltiplas opções <strong>de</strong> lazer que Santa<br />

Catarina po<strong>de</strong> lhe proporcionar 222 .<br />

221 MERSS, Carlito. Depoimento. entrevista concedida a diego Fin<strong>de</strong>r machado e ilanil<br />

Coelho. <strong>Joinville</strong>, 15 set. 2007.<br />

222 GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Secretaria <strong>de</strong> Estado da Educação e<br />

Inovação. gran<strong>de</strong> enciclopédia Catarinense. v. 2. Guaramirim: Ana Paula, 2004. p. 4.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!