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1 - Nosso Tempo Digital

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Foz do Iguacu,<br />

ten ill PO de 03 a 10 de Dezembro de 1980<br />

EDITORA NOSSO TEMPO<br />

CGC - 75.088427/001-92<br />

Rua Cndido Ferreira, 811,<br />

Vila lolanda<br />

(85890) Foz do Iguacu-Pr.<br />

Telefone: (0442) 74-2344<br />

Sócios proprietários<br />

Alberto Koelbi<br />

Evandro Stelle Teixeira<br />

Eloy Adail Brandt<br />

Emerson Wagner<br />

José Cláudio Rorato<br />

José Leopoldino Neto<br />

Jesse Vidigal<br />

JoAo Adelino de Souza<br />

Juvencio Mazzarollo<br />

Severino Sacornori<br />

Sérgio Spada<br />

SOcio-gerente:<br />

José C1udio Rorato<br />

Nt,osso<br />

empo<br />

Edit ores:<br />

João Adelino de Souza<br />

A1uzio Ferreira Palmar<br />

Juvncio Mazzarollo<br />

Diagramação:<br />

Jesse Vidigal<br />

Colaboradores:<br />

Rainiides da Silva<br />

Santo Rafagnin<br />

Antanio Vanderii Moreira<br />

Moacyr de Souza<br />

Corn posi cáo:<br />

Editora <strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong><br />

Irnpressão:<br />

J. S. impressora Ltda.<br />

Rua 6, Jardim Maria<br />

de Fatima . Cascavel Pr.<br />

rn filOsofo grego da<br />

antiguidade estava<br />

urn dia assistindo a<br />

U pena de morte. Naquele<br />

tempo, urn nümero muito<br />

grande de delitos eram punidos<br />

corn a pena capital. Vendo<br />

o aparato da execucão, o<br />

filósofo desabafou para os que<br />

estavam ao seu redor: "Vede,<br />

la vão os grandes crirninosos a<br />

condenar os pequenos".<br />

E dificil e ate insensato discriminar<br />

grandes crimes e pequenos<br />

crimes porque 0 critério<br />

parece sempre muito subjetivo,<br />

marcado pelas circunstãncias<br />

culturais, histórias, raciais,<br />

variando de comunidade<br />

para comunidade.<br />

As penas que a sociedade aplica<br />

seguern o mesmo condicionamento<br />

que determina a avaliaçao<br />

dos delitos. Existern<br />

atitudes e comportamentos que<br />

são considerados criminosos<br />

par urn povo em certa ópoca,<br />

enquanto entry outro povo ou<br />

outra epoca con cebem-se os<br />

mesmos cornportarnentos corno<br />

virtudes.<br />

0 rnenor furto é punido corn<br />

pena de morte entre certos p0vos<br />

orientais, o que e inadmissfvel,<br />

incornpreertsi'vel para os<br />

ocidentais. E, por outra, certos<br />

atos considerados normais aqui,<br />

são tratados corn repidio<br />

W. Ha cornunidades que vern<br />

o estupro cu o adultério como<br />

atos hediondos, enquanto a<br />

mesma 'imoralidade" pode ser<br />

enaltecida e mesmo recompenda<br />

entre outros grupos hurnanos.<br />

As mesrnas razôes que no<br />

tempo da "Santa" Inquisiçao<br />

podiam conduzir a pena de<br />

rnorte, hoje são motivos para enaltecer<br />

uma pessoa. E o caso,<br />

par exempto, da atitude intelectual<br />

critica do estudioso ern<br />

relaçäo a determmadas teorias<br />

e "verdades". Os inquisidores<br />

medievais massacravam os crfticos<br />

e contestadores de suas<br />

doutrinas; hoje, a atitude critica<br />

é considerada a isnica posicáo<br />

respeitável para o intelectual.<br />

Urn aprofundarnento e uma<br />

pesquisa histórica sobre os diferentes<br />

critérios de valor para<br />

julgar atos hurnanos em sociedade<br />

promete conduzir a conclusäo<br />

fascinantes<br />

Tudo parece relativo, efémero,<br />

extremamente subjetivo e<br />

circunstancial.<br />

Em nossa época e em nosso<br />

mcio é custoso estabelecer<br />

quais são as medidas e os pesos<br />

adotados para diferenciar moralidade<br />

e imoralidade. 0 que<br />

ha de novo? 0 que ê estritamente<br />

nosso? Em que são originais<br />

Os criminosos e seus represores?<br />

Realmente o ser humano muda;<br />

as sociedades mudarn, mas<br />

parece que não é tanto coma se<br />

pretende. No que se refere a<br />

crime e puniçäo, é de atualidade<br />

perene a frase do fil6sofo:<br />

Os grandes criminosos condenarn<br />

Os pequenos.<br />

Esta edicão do NOSSO TEM-<br />

PO é urn testemunho nitido<br />

da terrivel verdade constatada<br />

pelo fitOsofo. Ela é eternarnente<br />

atual.<br />

as, leitores e colaboradores,<br />

chegou<br />

as suas mãos a pri-<br />

M meira edição de urn<br />

jornal novo em Foz do lguaçu.<br />

Esperamos que não seja no.<br />

vo apenas porque nAo é veiho,<br />

mas porque e também diferente<br />

do que se fez e se faz no Setor<br />

entre nOs. Pensarnos que<br />

urn esforço nesse sentido merece<br />

ser feito, custe o que custar.<br />

Nos ültimos anos a imprensa<br />

proliferou em nosso muniëipo<br />

e região. Fez-se de tudo urn<br />

pouco. Tentou-se de tudo, inclusive<br />

enganar e mentir. Muitas<br />

vezes a irnprensa ajudou;<br />

outras vezes prejudicou. 0 fato<br />

e que grandes e pequenos<br />

órgãos de imprensa acordaram<br />

para urn interesse muito grande<br />

em relaçao a Foz do Iguaçu e a<br />

regiao Oeste do Paraná.<br />

Nós, do NOSSO TEMPO,<br />

procuraremos fazer a nossa<br />

opcAo -<br />

/<br />

/<br />

/<br />

Nós optamos pela liberdade.<br />

Consequentemente, buscarnos<br />

a independncia. Resistiremos<br />

ate o limite em que este objetivo<br />

seja praticável, por mais -<br />

quimérico que posse ser. Nmguêm<br />

poderá negociar conosco<br />

nossa opção. <strong>Nosso</strong>s prindpios<br />

não tern preco. Jarnais faremos<br />

deste órgao de cornunicaçao<br />

urn carrasco de nossos principios.<br />

-<br />

Utopia? Meihor. E ela que<br />

move os homens. Nós vamos<br />

nos mover dentro dela.<br />

A independência não significa<br />

o fechamento dentro de urn<br />

estreito circulo de uma determinada<br />

faccão da sociedade, esteja<br />

ela A nossa direita ou A nossa<br />

esquerda.<br />

Nossa liberdade nos darA condiçaes<br />

de falar de tudo e de todos,<br />

promover o que é vAlido e<br />

combater o que nos pareça<br />

condenAvel -<br />

NAo faremos do jornal urn<br />

FW EU<br />

CRU( Fi<br />

JESUS<br />

C 1isTO<br />

URO1<br />

dv<br />

imenso, frio noticiirio desalmado;<br />

nem serà ele a vasta coluna<br />

social dos que utilizam a bajulaçAo<br />

hipocrita como via de acesso<br />

is verbas dos ingnuos.<br />

Ojornalisrno estéril dos repórteres<br />

impass{veis ganhou notoriedade,<br />

mas ninguéni pensa<br />

que este é mais urn ardil tramado<br />

pelos dorninadores do povo<br />

para sufocar a critica, o inconforrnismo,<br />

a indignaçao.<br />

O jornalismo engajado, analitico<br />

e critico não é facilmente<br />

digerido pelos privilegiados que<br />

não aceitam perturbaçtes a seu<br />

comodismo. Nem sempre o remédio<br />

mais eficaz é o que rnais<br />

agrada ao paladar do doene. 0<br />

NOSSO TEMPO estarä sempre<br />

em busca do rernédio eficaz, tenha<br />

o sabor ou o dissabor que<br />

tiver.<br />

Acreditamos que esses pr9p6sitos<br />

sejam viáveis, porque entendemos<br />

ser esta a expeccativa<br />

da nossa comunidade.<br />

NOV05 PREOS DO PORCO<br />

Iw<br />

SO IRRITAM PRODUTORES<br />

Ro I V 0 L.<br />

/

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