em sua capital. Este será o assunto <strong>de</strong> nosso próximo capítulo, ou seja, tentaremos resgatar as origens <strong>de</strong>sta religião na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia. 69
CAPÍTULO III ORIGENS DA <strong>UMBANDA</strong> <strong>EM</strong> <strong>GOIÂNIA</strong> (1948-1968) Pisa no toco, pisa no galho Segura na Umbanda se não tu cai 34 Como já vimos até aqui, a Umbanda tem seu momento <strong>de</strong> expansão a partir da década <strong>de</strong> cinquenta, e com seu crescimento passamos a observá-la também em outras partes <strong>de</strong> nosso país. A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia é uma <strong>de</strong>las. Com o crescimento da religião e da cida<strong>de</strong>, logo vem a necessida<strong>de</strong> por parte <strong>de</strong> seus a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong> unificar o movimento umbandista nesta capital, surgindo assim a Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Umbanda do Estado <strong>de</strong> Goiás, que só <strong>de</strong>pois incorporou o Candomblé em seus quadros. Passaremos agora, portanto, a contar um pouco <strong>de</strong>sta história. Estabelecer as origens da religião em Goiânia não é tarefa fácil, principalmente <strong>de</strong>vido à escassez <strong>de</strong> fontes. Porém, fizemos um esforço para i<strong>de</strong>ntificar os grupos que fundaram os primeiros terreiros na capital goiana, poucos anos após sua fundação, até chegarmos ao surgimento da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Umbanda, que a partir <strong>de</strong> seu surgimento tentaria exercer o controle e a unificação da religião umbandista em Goiás. Antes, porém, convém traçarmos um breve histórico, tanto da religião umbandista em Goiânia, quanto <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>. 3.1. Breve Histórico da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia A história <strong>de</strong> Goiânia começa com a Revolução <strong>de</strong> 1930, quando Getúlio Vargas chega ao po<strong>de</strong>r em nosso país. A capital <strong>de</strong> Goiás à época ficava localizada na região norte do estado, na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiás, construída em 1725, no auge do período minerador. A partir do advento da República, o Brasil passa a viver o período das gran<strong>de</strong>s oligarquias rurais, e em Goiás não era diferente, com o po<strong>de</strong>r estando concentrado nas mãos da família Caiado, “por meio da direção <strong>de</strong> Totó Caiado, que entre 1912 e 1930, comandou o Partido Democrata, fundado em 1909, como gran<strong>de</strong> dirigente <strong>de</strong> sua comissão executiva” (RIBEIRO, 1998, p. 230). 34 Ponto Cantado <strong>de</strong> Umbanda colhido em trabalho <strong>de</strong> campo realizado no Centro Espírita Raio <strong>de</strong> Luz, em Julho/2008. 70
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACU
- Page 3 and 4:
LÉO CARRER NOGUEIRA UMBANDA EM GOI
- Page 5 and 6:
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 1. F
- Page 7 and 8:
RESUMO UMBANDA EM GOIÂNIA DAS ORIG
- Page 9 and 10:
SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............
- Page 11 and 12:
mim, portanto, tudo o que diz respe
- Page 13 and 14:
no nascimento da Umbanda, mas sim p
- Page 15 and 16:
Assim, vamos buscar nas teorias pó
- Page 17 and 18:
Seguindo esta lógica, Nina Rodrigu
- Page 19 and 20: O Negro Brasileiro, lançada em 194
- Page 21 and 22: Como percebemos neste trecho, Basti
- Page 23 and 24: Foi assim que, desde Nina Rodrigues
- Page 25 and 26: africanas e católica foram relativ
- Page 27 and 28: gente; são babás que atiram o end
- Page 29 and 30: compreensão do conceito de cultura
- Page 31 and 32: Este quadro fornece os subsídios n
- Page 33 and 34: caos-mundo provém da noção cient
- Page 35 and 36: 1.3. O continuum mediúnico A Umban
- Page 37 and 38: eferimos, substitui o pólo umbandi
- Page 39 and 40: de terreiro que estaria bem no cent
- Page 41 and 42: 1.4. Superando o Continuum: a teori
- Page 43 and 44: de Umbanda foram substituídas por
- Page 45 and 46: Quais seriam, portanto, estes “ei
- Page 47 and 48: CAPÍTULO II HISTÓRIA DA UMBANDA N
- Page 49 and 50: se apropriam desse universo cultura
- Page 51 and 52: Tais práticas, portanto, não poss
- Page 53 and 54: itual de Umbanda hoje. Trata-se da
- Page 55 and 56: Assim, o Espiritismo era religião
- Page 57 and 58: individualmente na estrutura social
- Page 59 and 60: presente também na estrutura jurí
- Page 61 and 62: pais, aconselhados por uma vizinha
- Page 63 and 64: destas religiões, principalmente a
- Page 65 and 66: Até mesmo a origem da palavra Umba
- Page 67 and 68: elementos diversos em seus cultos,
- Page 69: ela, varrida pelos ventos ecumênic
- Page 73 and 74: oferecer, para os novos grupos pol
- Page 75 and 76: ‘científicas, filosóficas e rel
- Page 77 and 78: Centro, que recebeu o nome de Centr
- Page 79 and 80: existência, a instituição constr
- Page 81 and 82: A Umbanda, portanto, apresenta uma
- Page 83 and 84: liberdade para “criar” seu ritu
- Page 85 and 86: dezenove Centros Espíritas, Tendas
- Page 87 and 88: manutenção de eleições, mesmo q
- Page 89 and 90: Depois de discutido o problema, a d
- Page 91 and 92: competentes desta capital, ao qual
- Page 93 and 94: O convite ao Sr. Benício chegou a
- Page 95 and 96: Ibomin é reconhecido como o mais a
- Page 97 and 98: eclamando da existência de “sal
- Page 99 and 100: Entre 1980 e 1989 foi encontrado ne
- Page 101 and 102: A procissão foi ainda realizada ne
- Page 103 and 104: esta fiscalização e orientação,
- Page 105 and 106: tornava mais forte em relação à
- Page 107 and 108: CAPÍTULO V RELATOS DE UMA GUERRA R
- Page 109 and 110: não era grande, diminuiu ainda mai
- Page 111 and 112: assimilada pela nação umbandista.
- Page 113 and 114: em uma óbvia aproximação com a f
- Page 115 and 116: na quimbanda, os deuses [demônios]
- Page 117 and 118: obra do fato de que as religiões e
- Page 119 and 120: posição contrária à mesma. Alé
- Page 121 and 122:
denunciar e livrar a cidade da aç
- Page 123 and 124:
CONSIDERAÇÕES FINAIS Ô Jorge, ô
- Page 125 and 126:
Em Goiás não poderia ter sido dif
- Page 127 and 128:
CASTRO, Josué Tomasini. Discursos
- Page 129 and 130:
MATORY, J. Lorand. Jeje: repensando
- Page 131 and 132:
ROLIM, Rivail Carvalho. A reorganiz
- Page 133:
1. Fontes Orais FONTES - Trabalho d