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UMBANDA EM GOIÂNIA - Faculdade de História - UFG

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no nascimento da Umbanda, mas sim para <strong>de</strong>ixar claro que elas tiveram seu papel<br />

juntamente com as outras religiões que contribuíram para o surgimento <strong>de</strong>sta religião.<br />

Conhecendo, portanto, a história e o processo <strong>de</strong> formação da Umbanda, tendo<br />

discutido os principais teóricos que a analisaram, partimos para uma análise <strong>de</strong> sua<br />

origem e formação em nossa cida<strong>de</strong>. Escolhemos a capital <strong>de</strong> Goiás como foco <strong>de</strong> nossa<br />

pesquisa pois vemos que a Umbanda, mesmo se fazendo presente nesta cida<strong>de</strong>, ainda é<br />

muito pouco conhecida tanto da socieda<strong>de</strong> em geral quanto da aca<strong>de</strong>mia. São<br />

pouquíssimas as obras que a analisam, e vemos neste ponto uma lacuna e uma<br />

importante fonte <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong>ntro do campo da história das religiões hoje.<br />

Assim, nos voltamos para o ano <strong>de</strong> 1948, quando começam a surgir os primeiros<br />

terreiros <strong>de</strong> Umbanda em nossa capital. A escolha <strong>de</strong> nosso marco cronológico obe<strong>de</strong>ce<br />

aos primeiros relatos do surgimento <strong>de</strong> práticas umbandistas em Goiânia, no referido<br />

ano, e vai até o chamado “episódio Vaca-Brava”, a ser analisado em nosso último<br />

capítulo, e que <strong>de</strong>monstrou como a Umbanda recentemente tem sido alvo do<br />

preconceito e intolerância por parte <strong>de</strong> outras <strong>de</strong>nominações religiosas.<br />

Em meio a esta história, focalizaremos a Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Umbanda e Candomblé<br />

<strong>de</strong> Goiás (FUEGO), e analisaremos como esta Fe<strong>de</strong>ração lida com os terreiros em nossa<br />

capital, quais os principais problemas, conflitos e tensões vividos entre a Fe<strong>de</strong>ração,<br />

órgãos policiais e os terreiros. A escolha da Fe<strong>de</strong>ração como objeto da pesquisa foi<br />

conseqüência das fontes a que tivemos acesso. A dificulda<strong>de</strong> em obter fontes que nos<br />

permitissem reconstituir a história da Umbanda como um todo em nossa cida<strong>de</strong> foi um<br />

empecilho à realização <strong>de</strong> uma pesquisa mais <strong>de</strong>talhada sobre o assunto. Nos voltamos<br />

assim para a única instituição que teve como se<strong>de</strong> a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia, e que mantinha<br />

alguns arquivos sobre as ativida<strong>de</strong>s que estavam sendo realizadas no movimento<br />

umbandista <strong>de</strong> nossa cida<strong>de</strong>.<br />

Esclarecido isto, <strong>de</strong> antemão pedimos <strong>de</strong>sculpas pelas <strong>de</strong>ficiências que sabemos<br />

existir em nosso trabalho. De qualquer forma, acreditamos ser este um trabalho<br />

pioneiro, uma tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sbravar a história <strong>de</strong>sta religião em nossa cida<strong>de</strong>, campo<br />

muito pouco estudado, e que vem ganhando <strong>de</strong>staque em todo o país com trabalhos cada<br />

vez melhores. Por fim, <strong>de</strong>ixamos claro que nosso objetivo não é o <strong>de</strong> esgotar a<br />

discussão. Muito pelo contrário, queremos apenas iniciar o <strong>de</strong>bate, dar o pontapé inicial,<br />

para que outros pesquisadores possam continuar este árduo e importante trabalho.<br />

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