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UMBANDA EM GOIÂNIA - Faculdade de História - UFG

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não era gran<strong>de</strong>, diminuiu ainda mais. De 0,57% da população brasileira que se diziam<br />

a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong>stas religiões em 1980, este número caiu para 0,44% em 1991 e apenas<br />

0,34% no último censo em 2000. Em Goiás estes números são ainda menores, apenas<br />

0,1% da população goiana se <strong>de</strong>clarou como umbandista no último censo, ou seja,<br />

abaixo da média nacional, enquanto que a média <strong>de</strong> evangélicos em nosso estado é<br />

maior do que a média nacional: 20,85% em Goiás contra 15,45% em todo o Brasil,<br />

conforme a tabela a seguir:<br />

Tabela 2: Quadro das Religiões - 2000<br />

Em Goiás % N.º No Brasil % N.º<br />

Católica 66,52% 3,323,676 Católica 73,77% 124,976,912<br />

Evangélica 20,85% 1,041,980 Evangélica 15,45% 26,166,930<br />

Espírita 2,81% 140,584 Espírita 1,38% 2,337,432<br />

Umbanda e 0,10% 4,946 Umbanda e 0,34% 571,329<br />

Candomblé<br />

Candomblé<br />

Judaica - - Judaica 0,06% 101,062<br />

Orientais 0,07% 3,616 Orientais 0,25% 427,449<br />

Outras 1,45% 72,307 Outras 1,25% 2,118,055<br />

Sem Religião 7,87% 393,355 Sem Religião 7,28% 12,330,101<br />

N.E. 0,33% 16,258 N.E. 0,23% 382,489<br />

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.<br />

Não sabemos até que ponto o crescimento das religiões evangélicas pô<strong>de</strong><br />

influenciar na diminuição dos a<strong>de</strong>ptos dos cultos afro-brasileiros. O mais importante,<br />

porém, é que com o crescimento das igrejas neo-pentecostais que adotam uma postura<br />

mais combativa em relação às religiões afro-brasileiras, cresceram os casos <strong>de</strong> conflitos<br />

entre estas duas religiões. Segundo Lísias Negrão, em São Paulo estes conflitos se<br />

intensificam a partir da década <strong>de</strong> 80, principalmente <strong>de</strong>vido ao crescimento da IURD,<br />

quando a Umbanda volta<br />

a ser objeto <strong>de</strong> perseguição religiosa, agora por parte <strong>de</strong> grupos pentecostais,<br />

especialmente da Igreja Universal do Reino <strong>de</strong> Deus, que hostilizavam<br />

umbandistas, chegando a mantê-los em cárcere privado para que se<br />

convertessem a Cristo, invadiam terreiros e os acusavam <strong>de</strong> pertencerem ao<br />

<strong>de</strong>mônio através <strong>de</strong> seus programas radiofônicos (NEGRÃO, 1996, p. 141).<br />

Em Goiás tais perseguições ainda estão na memória dos mais velhos praticantes<br />

da Umbanda e do Candomblé, como cita o Sr. Luís Salles em entrevista:<br />

Vou dar um exemplo. Uma Casa que nós tínhamos hoje, na nova esperança, do<br />

Caboclo Ubirajara, na década <strong>de</strong> noventa e dois, eles tiveram a petulância <strong>de</strong><br />

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