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Ideias nº 20 - incaer

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Ivan Fialho<br />

Para o Jornalista Oliveiros Ferreira, a defesa compete ao Estado,<br />

porque é o único grupo que pode reunir os meios necessários para<br />

a preservação do país que representa; já a segurança compete ao<br />

Estado e à sociedade.<br />

Acrescenta que “é necessário recuperar na sociedade brasileira,<br />

o sentido de ´Segurança Nacional´ ,que se confunde também,<br />

com a segurança dos cidadãos diante do avanço do crime<br />

sob todas as suas formas. Será mais fácil aproveitar a ´insegurança´<br />

total em que vivemos, para mostrar aos cidadãos de boa<br />

vontade que cuidar do fortalecimento de Segurança, antes de<br />

tudo, significa incorporar as grandes massas à civilização, sob<br />

a direção de um pronto suporte, que tenha claro o que deseja<br />

para o País.Falar em defesa, no momento em que as Forças Armadas,<br />

cotidianamente, são postas à margem pelo governo e<br />

incompreendidas em sua missão, é malhar em ferro frio. Ao contrário,<br />

a idéia de segurança nacional permite congregar em torno<br />

dela, como se idéia-força fosse, aqueles que se desiludiram<br />

da política depois de vinte anos em que a palavra Democracia<br />

perdeu seu sentido e o Estado está se desfazendo aos poucos,<br />

induzido pelo próprio governo a que sustenta”.<br />

Não se pode esquecer, por outro lado, que a discussão da criação<br />

de uma mentalidade de defesa não pode ser separada do papel<br />

das Forças Armadas no Brasil e no mundo de hoje, além do consenso<br />

social sobre segurança e defesa.<br />

Em outras palavras, o problema envolve revisões estruturais,<br />

com a definição de preocupações, vulnerabilidades e prioridades – o<br />

que transcende o sistema de defesa e exige a contribuição política e,<br />

até mesmo, o de foros civis capazes de opinar além do aumento dos<br />

recursos orçamentários, provavelmente lento, por muitos anos. De<br />

qualquer forma, é preciso planejar e deslanchar a solução para que<br />

se inicie o resgate da segurança e da defesa do ostracismo que as<br />

vem caracterizando.<br />

Para o bem do País, é preciso interromper a lógica circular<br />

do desinteresse/desconhecimento/baixa prioridade/autonomia<br />

disfuncional/irrelevância/desinteresse/desconhecimento e por aí vai,<br />

num processo que fragiliza o preparo do sistema militar, seu potencial<br />

interno e, principalmente, seu papel de respaldo à inserção<br />

ativa da presença brasileira na ordem internacional (segundo o<br />

84 Id. em Dest., Rio de Janeiro, (<strong>20</strong>) : 82-85, jan./abr. <strong>20</strong>06

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