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Ideias nº 20 - incaer

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Severino Cabral<br />

O Brasil sustenta com a Coréia do Sul a terceira balança comercial<br />

na região da Ásia-Pacífico. Uma primeira e rápida avaliação<br />

demonstra o fato de que a busca de uma balança comercial<br />

mais favorável ao Brasil tem marcado a ascensão recente de nossas<br />

exportações com destino à Coréia do Sul. Enquanto no campo<br />

político-diplomático, o Presidente Roh Moo-Hyun, eleito em <strong>20</strong>03,<br />

recebeu apoio brasileiro para dar continuidade à política de mãos<br />

estendidas, inaugurada pela histórica realização da cúpula<br />

intercoreana de junho de <strong>20</strong>00, em Pyongyang.<br />

Dentre as oportunidades que ora se apresentam ao relacionamento<br />

coreano-brasileiro, encontra-se o da ampliação do comércio<br />

bilateral, que pode elevar-se, por seu potencial, a níveis bem mais<br />

altos do que os atuais 2.300 bilhões de dólares. Estima-se que, em<br />

muito pouco tempo, poderá ser duplicado e vir a atingir um patamar<br />

de trocas em torno dos 10 bilhões de dólares. Mas não se restringe à<br />

pauta comercial a importância desse relacionamento, pois os dois<br />

estados têm interesses comuns e convergentes no plano maior da<br />

viabilização do projeto nacional de ambos, pela convicção de que sua<br />

própria segurança como nação soberana e independente deve apoiar-se<br />

na estabilidade, na paz e na prosperidade da região e do mundo.<br />

O Brasil e a Coréia, embora distantes geograficamente, devem<br />

assegurar em grau máximo a cooperação bilateral, nos campos político,<br />

cultural, cientifico e técnico. E, assim, sustentarem um verdadeiro<br />

campo de força capaz de estabilizar as pressões e garantir os<br />

interesses dos países em seu conjunto, integrados numa ordem internacional<br />

harmônica, pacífica e próspera. Essa cooperação deverá<br />

consagrar a idéia de que o relacionamento coreano-brasileiro é uma<br />

instância muito importante para o diálogo entre as nações e entre as<br />

civilizações contemporâneas. Ambos os países partem do entendimento<br />

de que culturas e sociedades diversas devem alimentar-se de<br />

sua própria diferença, para enriquecer-se mutuamente, contribuindo,<br />

assim, para a elevação do padrão civilizacional do mundo.<br />

O autor é membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra e<br />

Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Estudos de China<br />

e Ásia-Pacífico (IBECAP).<br />

Id. em Dest., Rio de Janeiro, (<strong>20</strong>) : 37-41, jan./abr. <strong>20</strong>06<br />

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