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VOLTAR AO SUMÁRIO FARMACOGENÉTICA E CANAIS DE POTÁSSIO ATP-SENSÍVEIS: IMPLICAÇÃO NA TERAPIA COM SULFONILURÉIAS. Diego Luiz Rovaris 1 , Jéssica Knevitz Muller 2 , Samuel Selbach Dries 2 , Magda Susana Perassolo 3 , Fabiana Michelsen de Andrade 3 . Introdução: na célula β-pancreática a secreção de insulina é regulada pelos canais de K + ATPsensíveis (K ATP ), os quais controlam o fluxo de íons potássio através da membrana e desse modo conectam o metabolismo com a atividade elétrica celular. O canal K ATP da célula β é formado por duas subunidades protéicas, denominadas Kir6.2 e SUR1. A primeira é codificada pelo gene KCNJ11, já a segunda pelo gene ABCC8. Fármacos da classe denominada de “sulfoniluréias” regulam esses canais e, a partir disso, aumentam a secreção de insulina. Estes compostos se ligam à subunidade SUR1 produzindo uma mudança conformacional que resulta no fechamento do poro formado pelas subunidades Kir6.2. Como o K ATP é essencial para a secreção da insulina, e é um dos alvos da terapia hipoglicemiante, não é estranho o fato de que mutações nos genes que codificam suas subunidades poderiam resultar em diferentes respostas terapêuticas durante o tratamento da diabetes mellitus tipo 2 com sulfoniluréias. Objetivo: o objetivo dessa revisão é sumarizar, através de uma busca de artigos na literatura, o que já se conhece em relação à influência de polimorfismos nos genes KCNJ11 e ABCC8 na resposta ao tratamento de diabetes tipo 2 com sulfoniluréias. Metodologia: este é um estudo de revisão bibliográfica. Foi realizada uma busca de artigos científicos indexados no MEDLINE entre janeiro de 2000 e junho de 2009 através das palavras-chave: ABCC8, KCNJ11, SUR1, Kir6.2 combinadas com sulphonylurea, type 2 diabetes e polymorphism. Resultados: foram encontrados somente 6 trabalhos. Em relação ao gene KCNJ11, a variante E23K foi a única estudada. Os resultados obtidos foram diferentes nos dois trabalhos encontrados. O primeiro não associou esse polimorfismo com diferentes respostas terapêuticas, já o segundo mostrou que a presença do alelo 23K pode prejudicar a secreção de insulina estimulada pela glibenclamida. Em relação ao gene ABCC8, dois trabalhos não demonstraram evidências sobre o impacto do polimorfismo no intron 15 (exon 16 -3càt) na efetividade em longo prazo da terapia com sulfoniluréias. Já o polimorfismo Ser1369Ala, em dois estudos, foi associado com diferentes respostas durante o tratamento com gliclazida em chineses diabéticos. conclusões: a partir desses dados, pode-se implicar que diferenças genéticas influenciam na efetividade das sulfoniluréias, e que mais estudos, em diferentes populações, são necessários para avaliar melhor o impacto de variações nos genes ABCC8 e KCNJ11 na resposta desses agentes. Palavras-chave: Diabetes Mellitus Tipo 2; farmacogenética; insulina. 1 Acadêmico do curso de Biomedicina – Centro Universitário Feevale. 2 Acadêmico (a) do curso de Ciências Farmacêuticas – Centro Universitário Feevale. 3 Docentes do Centro Universitário Feevale. II Congresso Internacional de Bioanálises V Congresso Sul-Brasileiro & IX Semana Gaúcha de Biomedicina Ano 2 | Volume 2 | Agosto de 2009 24

VOLTAR AO SUMÁRIO INFLUÊNcIA DO POLIMORFISMO TAQ 1B NO geNe ceTP NA ReSPOSTA AO FITOTeRÁPIcO GArCiniA CAmboGiA eM INDIVÍDUOS cOM eXceSSO De PeSO. Diego Luiz Rovaris 1 , Tuany Di Domênico 1 , Luiz Carlos Klein Júnior 1 , Tiago Antonio Pollo 1 , Ricardo Schneider Junior 1 , Simone Rossetto 1 , Carlos Augusto Ronconi Vasques 1 , Fabiana Michelsen de Andrade 1 . Introdução: Um dos grandes problemas da saúde pública é a alta prevalência da obesidade e suas complicações, dentre elas as dislipidemias. O fitoterápico Garcinia cambogia é amplamente utilizado para o tratamento destas complicações, no entanto existe uma escassez de estudos científicos que descrevam possíveis variações interindividuais na resposta ao tratamento. A proteína transferidora de ésteres de colesterol (CETP) está relacionada com a passagem de lipídios entre as lipoproteínas, e polimorfismos no seu gene podem ter grande influência na resposta de fármacos. No entanto, não existe investigação que relacione a variabilidade no gene CETP com a resposta a Garcinia cambogia, embora existam estudos farmacogenéticos para fármacos hipolipemiantes tradicionais. Objetivo: avaliar se o polimorfismo Taq 1B do gene CETP influencia na resposta do perfil lipídico, ao tratamento com o fitoterápico Garcinia cambogia. Metodologia: Até o momento, 39 pacientes com IMC >25 participaram deste estudo com desenho duplo cego. Estes foram estratificados aleatoriamente em grupo tratado (n=29) e placebo (n=10), recebendo, respectivamente, dose diária de 2,4g do extrato de G. cambogia ou placebo (3x/dia) durante 8 semanas. O perfil lipídico foi analisado através de colorimetria enzimática, exceto LDL-c que foi estimado pela equação de Friedwald. O DNA destes voluntários foi extraído a partir de sangue total, e o polimorfismo Taq 1B foi avaliado por PCR-RFLP. As diferenças entre as médias de variação no perfil lipídico, de acordo com cada genótipo, foram comparadas por teste t, através do programa SPSS 15.0. Resultados: No grupo tratado 09 voluntários tiveram o genótipo B1B1, e 20 foram portadores do alelo B2. Já no grupo placebo 05 voluntários tiveram o genótipo B1B1, e 05 foram portadores do alelo B2. Pôde-se observar que, em média, os indivíduos portadores do alelo B2 tiveram maior redução de triglicerídeos (portadores do alelo B2 = -30,7 mg/dl; B1B1 = -15,2 mg/dl), colesterol total (portadores do alelo B2 = -16,89 mg/dl; B1B1 = -11,1 mg/dl) e LDL-c (portadores do alelo B2 = -8,175 mg/dl; B1B1 = -3,525 mg/dl). De qualquer forma, essas diferenças entre as médias de variação do perfil lipídico não foram estatisticamente significativas. Contudo, esse estudo continua em andamento, com intuito de aumentar o número de pacientes para obter resultados mais consistentes. Palavras-chave: Dislipidemias; farmacogenética; Garcinia. 1 Instituto de Ciências da Saúde – Centro Universitário Feevale II Congresso Internacional de Bioanálises V Congresso Sul-Brasileiro & IX Semana Gaúcha de Biomedicina Ano 2 | Volume 2 | Agosto de 2009 25

VOLTAR AO SUMÁRIO<br />

FARMACOGENÉTICA E CANAIS DE POTÁSSIO ATP-SENSÍVEIS:<br />

IMPLICAÇÃO NA TERAPIA COM SULFONILURÉIAS.<br />

Diego Luiz Rovaris 1 , Jéssica Knevitz Muller 2 , Samuel Selbach Dries 2 ,<br />

Magda Susana Per<strong>as</strong>solo 3 , Fabiana Michelsen de Andrade 3 .<br />

Introdução: na célula β-pancreática a secreção de insulina é regulada pelos canais de K + ATPsensíveis<br />

(K ATP ), os quais controlam o fluxo de íons potássio através da membrana e desse modo<br />

conectam o metabolismo com a atividade elétrica celular. O canal K ATP da célula β é formado<br />

por du<strong>as</strong> subunidades protéic<strong>as</strong>, denominad<strong>as</strong> Kir6.2 e SUR1. A primeira é codificada pelo gene<br />

KCNJ11, já a segunda pelo gene ABCC8. Fármacos da cl<strong>as</strong>se denominada de “sulfoniluréi<strong>as</strong>”<br />

regulam esses canais e, a partir disso, aumentam a secreção de insulina. Estes compostos se ligam<br />

à subunidade SUR1 produzindo uma mudança conformacional que resulta no fechamento do<br />

poro formado pel<strong>as</strong> subunidades Kir6.2. Como o K ATP é essencial para a secreção da insulina,<br />

e é um dos alvos da terapia hipoglicemiante, não é estranho o fato de que mutações nos genes<br />

que codificam su<strong>as</strong> subunidades poderiam resultar em diferentes respost<strong>as</strong> terapêutic<strong>as</strong> durante<br />

o tratamento da diabetes mellitus tipo 2 com sulfoniluréi<strong>as</strong>. Objetivo: o objetivo dessa revisão<br />

é sumarizar, através de uma busca de artigos na literatura, o que já se conhece em relação à<br />

influência de polimorfismos nos genes KCNJ11 e ABCC8 na resposta ao tratamento de diabetes<br />

tipo 2 com sulfoniluréi<strong>as</strong>. Metodologia: este é um estudo de revisão bibliográfica. Foi realizada<br />

uma busca de artigos científicos indexados no MEDLINE entre janeiro de 2000 e junho de 2009<br />

através d<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>-chave: ABCC8, KCNJ11, SUR1, Kir6.2 combinad<strong>as</strong> com sulphonylurea, type<br />

2 diabetes e polymorphism. Resultados: foram encontrados somente 6 trabalhos. Em relação<br />

ao gene KCNJ11, a variante E23K foi a única estudada. Os resultados obtidos foram diferentes<br />

nos dois trabalhos encontrados. O primeiro não <strong>as</strong>sociou esse polimorfismo com diferentes<br />

respost<strong>as</strong> terapêutic<strong>as</strong>, já o segundo mostrou que a presença do alelo 23K pode prejudicar a<br />

secreção de insulina estimulada pela glibenclamida. Em relação ao gene ABCC8, dois trabalhos<br />

não demonstraram evidênci<strong>as</strong> sobre o impacto do polimorfismo no intron 15 (exon 16 -3càt)<br />

na efetividade em longo prazo da terapia com sulfoniluréi<strong>as</strong>. Já o polimorfismo Ser1369Ala, em<br />

dois estudos, foi <strong>as</strong>sociado com diferentes respost<strong>as</strong> durante o tratamento com gliclazida em<br />

chineses diabéticos. conclusões: a partir desses dados, pode-se implicar que diferenç<strong>as</strong> genétic<strong>as</strong><br />

influenciam na efetividade d<strong>as</strong> sulfoniluréi<strong>as</strong>, e que mais estudos, em diferentes populações, são<br />

necessários para avaliar melhor o impacto de variações nos genes ABCC8 e KCNJ11 na resposta<br />

desses agentes.<br />

Palavr<strong>as</strong>-chave: Diabetes Mellitus Tipo 2; farmacogenética; insulina.<br />

1 Acadêmico do curso de Biomedicina – Centro Universitário <strong>Feevale</strong>.<br />

2 Acadêmico (a) do curso de Ciênci<strong>as</strong> Farmacêutic<strong>as</strong> – Centro Universitário <strong>Feevale</strong>.<br />

3 Docentes do Centro Universitário <strong>Feevale</strong>.<br />

II Congresso Internacional de Bioanálises<br />

V Congresso Sul-Br<strong>as</strong>ileiro & IX Semana Gaúcha de Biomedicina<br />

Ano 2 | Volume 2 | Agosto de 2009<br />

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