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VOLTAR AO SUMÁRIO<br />
AVALIAÇÃO DA CASUÍSTICA DE RAIVA COM CONFIRMAÇÃO<br />
DIAGNÓSTICA LABORATORIAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL<br />
NO PERÍODO DE jANEIRO DE 2008 A jUNHO DE 2009.<br />
Samuel Paulo Cibulski 1 ; Helton Fernandes dos Santos 1 ; Hiran C<strong>as</strong>tagnino Kunert Filho 1 ; Ana Paula Muterle Varela 1 ;<br />
Thais Fumaco Teixeira 1 ; Diogenes Dezen 1 ; Helena Beatriz de Carvalho Ruthner Batista 1 ; José Carlos Ferreira 1 ; Júlio<br />
II Congresso Internacional de Bioanálises<br />
V Congresso Sul-Br<strong>as</strong>ileiro & IX Semana Gaúcha de Biomedicina<br />
Ano 2 | Volume 2 | Agosto de 2009<br />
César de Almeida Rosa 1 ; Paulo Michel Roehe 1 .<br />
Introdução: O vírus da raiva é um importante problema de saúde pública na maioria dos<br />
países do mundo. Anualmente, cerca de 10 milhões de pesso<strong>as</strong> são submetid<strong>as</strong> a tratamento pósexposição<br />
em decorrência de agressões sofrid<strong>as</strong> pelo contato com animais suspeitos. Os estados<br />
da região Sul Br<strong>as</strong>il se mantém livres de raiva urbana (transmitida por cães) há mais de 20 anos.<br />
Não obstante, o vírus tem sido mantido em morcegos hematófagos - especialmente no meio<br />
rural – e em morcegos não-hematófagos em ambientes urbanos, o que salienta a importância<br />
da manutenção de uma vigilância epidemiológica constante. Objetivos: Reportar a c<strong>as</strong>uística<br />
da raiva no estado do Rio Grande do Sul, durante o período de janeiro de 2008 a junho de 2009.<br />
Metodologia: Foram computados os resultados dos exames diagnósticos para raiva realizados no<br />
IPVDF, correspondendo a aproximadamente 95% dos exames laboratoriais para raiva realizados<br />
no Estado. A metodologia diagnóstica empregada envolveu prov<strong>as</strong> padronizad<strong>as</strong>, quais sejam a<br />
imunofluorescência direta e a inoculação em camundongos lactentes. A caracterização antigênica<br />
d<strong>as</strong> amostr<strong>as</strong> positiv<strong>as</strong> foi realizada frente a um painel de anticorpos monoclonais anti-lissavírus<br />
em testes de imunofluorescência indireta sobre tecido nervoso de camundongos infectados.<br />
Resultados: Neste período, 5305 amostr<strong>as</strong> foram encaminhad<strong>as</strong> para análise, originári<strong>as</strong> de<br />
caninos, felinos, bovinos, equinos, quirópteros e outros animais silvestres. Dest<strong>as</strong>, 97/5305<br />
(1,83%) foram positiv<strong>as</strong>. D<strong>as</strong> 97 amostr<strong>as</strong> positiv<strong>as</strong>, 75 (77,3%) foram de origem bovina, 16<br />
(16,5%) de quirópteros, 4 (4,1%) de eqüinos e 2 (2%) de bubalinos. As amostr<strong>as</strong> foram recebid<strong>as</strong><br />
de 405 municípios do Estado e 23 destes municípios (5,7%) apresentaram pelo menos um c<strong>as</strong>o<br />
positivo da doença, sendo que quatro deles apresentaram c<strong>as</strong>os em mais de uma espécie. A<br />
caracterização antigênica revelou que os vírus isolados de herbívoros apresentam característic<strong>as</strong><br />
de variantes de origem de morcegos hematófagos. As variantes de morcegos não hematófagos<br />
se apresentaram antigenicamente distint<strong>as</strong> daquel<strong>as</strong> encontrad<strong>as</strong> em morcegos hematófagos.<br />
conclusão: Os dados aqui reportados indicam que o vírus da raiva se mantém circulando<br />
particularmente em morcegos hematófagos no Estado, causando predominantemente a raiva<br />
em herbívoros. Oc<strong>as</strong>ionalmente, variantes adaptad<strong>as</strong> a morcegos não hematófagos tem sido<br />
detectad<strong>as</strong>, geralmente em colôni<strong>as</strong> estabelecid<strong>as</strong> em áre<strong>as</strong> urban<strong>as</strong>.<br />
Palavr<strong>as</strong>-chave: Raiva; Diagnóstico; Rio Grande do Sul.<br />
1 Fepagro Saúde Animal – Instituto de Pesquis<strong>as</strong> Veterinári<strong>as</strong> Desidério Finamor (IPVDF), Eldorado do Sul, RS.<br />
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