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Química Orgânica - CCEAD PUC-Rio

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6.1. Aldeídos<br />

. 97 .<br />

Sala de Leitura<br />

<strong>Química</strong> <strong>Orgânica</strong><br />

Os aldeídos, assim como as cetonas, são, em termos de quantidade e variedades estruturais, uma das<br />

classes de produtos naturais mais abundantes. Muitos deles vaporizam com facilidade e por causa disso<br />

são muito utilizados em indústrias de perfumaria. Alguns exemplos de aldeídos naturais são mostrados<br />

abaixo:<br />

O<br />

Cinamaldeído<br />

H<br />

Figura 142<br />

O cinamaldeído é encontrado na casca da canela. Sua principal<br />

aplicação é na indústria alimentícia como flavorizante (substância que<br />

se adiciona aos alimentos e medicamentos para lhes conferir odor e/ou<br />

sabor) de sorvetes, balas, chicletes, doces e bebidas. Tem propriedades<br />

antifúngicas e por isso também era uma especiaria muito valorizada na<br />

época dos grandes descobrimentos.<br />

Como aromatizante, é adicionado a perfumes com aromas doces ou frutado e em cosméticos,<br />

especialmente em cremes, sabonetes e loções. É muito usado também em velas e incensos.<br />

O citral, um dos constituintes mais comuns de perfumes com toques<br />

cítricos, é, na verdade, uma mistura de dois aldeídos isoméricos: o<br />

geranil e o neral. Repare que a diferença entre os dois está na<br />

estereoquímica da ligação dupla: o geranial é Z, enquanto o neural é<br />

E. Essa pequena diferença estrutural confere às duas moléculas<br />

propriedades olfativas diferentes, já que o geranial possui um forte<br />

odor cítrico, que remete ao limão, e o neral tem um odor menos<br />

acentuado, porém mais adocicado. Além de seu uso na indústria de<br />

perfumaria, essa mistura de aldeídos também é empregada na<br />

indústria alimentícia para reforçar o sabor de limão de balas e outros<br />

comestíveis.<br />

Um aldeído extremamente importante para nós é o cis-retinal (Figura 36). Quando a luz entra no olho,<br />

ela interage com uma substância chamada rodopsina. A rodopsina é uma mistura de uma proteína<br />

(escotopsina) e cis-retinal. Essa interação (luz + rodopsina) transforma o cis-retinal em trans-retinal. Essa<br />

reação leva apenas alguns trilionésimos de segundo e faz com que a rodopsina se converta em<br />

metarodopsina II (“rodopsina ativada”). Esse composto produz impulsos elétricos que são transmitidos<br />

ao cérebro e interpretados como luz. Esse é o mecanismo que faz com que a gente enxergue. O cis-<br />

O<br />

H<br />

Geranial<br />

O<br />

Neral<br />

H<br />

Figura 143

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