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Sala de Leitura<br />
<strong>Química</strong> <strong>Orgânica</strong><br />
Os alcanos são compostos apolares e estão entre os menos reativos diante dos reagentes mais comuns<br />
de um laboratório de <strong>Química</strong> (lembrem-se que nós já comentamos que a reatividade normalmente<br />
está associada à existência de ligações polares nas moléculas). O próprio nome parafina, outra<br />
designação usada para os alcanos, vem de uma expressão latina que significa “pouca afinidade”.<br />
Mas a gente tem que tomar cuidado quando dizemos “pouco reativos”. Estamos nos referindo<br />
basicamente a reações químicas nas quais misturamos duas ou mais substâncias com o intuito de obter<br />
outras substâncias diferentes. Para isso, realmente, os alcanos não são muito utilizados.<br />
Por outro lado, os alcanos sofrem reações de combustão – queima na presença de oxigênio ––<br />
(Esquema 1), e essa é uma das reações mais praticadas por todos nós. Realizamos reações de<br />
combustão quando acendemos um fogão a gás, ligamos um motor a gasolina, acendemos um isqueiro<br />
Mas, reparem: o “produto” que a gente quer nessas reações é o calor (ou melhor dizendo, a energia) e<br />
não o dióxido de carbono (CO2) e água.<br />
C nH 2n+2 + O 2 CO2 + H 2O + CALOR<br />
Esquema 1: Reação de combustão<br />
Outra reação que a indústria petroquímica (indústria que utiliza as frações do petróleo como matéria-<br />
prima) realiza muito com os alcanos é a chamada pirólise (quebra pela ação do calor) ou<br />
craqueamento. Como a gente já viu, o petróleo dá origem a muitos produtos diferentes, mas a<br />
quantidade em que esses produtos se encontram no petróleo em geral não atendem às necessidades<br />
do mundo atual. Assim, as indústrias pegam as frações do refino que têm hidrocarbonetos mais<br />
pesados (frações que destilam com P.E. maior que o da gasolina) e quebram esses hidrocarbonetos em<br />
moléculas menores (mais leves), isto é, fazem o craqueamento para obter mais gasolina e outros<br />
hidrocarbonetos menores e assim atender à demanda do sistema de consumo atual.<br />
Bem, agora, antes da gente começar a ver as outras funções orgânicas, precisamos aprender a dar<br />
nomes aos compostos orgânicos. Por quê?<br />
Vamos imaginar como nós nos comunicaríamos se as coisas não tivessem nomes. Seria impossível<br />
transmitir nossas ideias ou dúvidas ou esclarecimentos! E lógico, os nomes têm que ser palavras. Mas a<br />
gente podia pensar: já que as fórmulas estruturais constituem uma perfeita identificação para cada<br />
substância, por que os químicos não dispensam os nomes formados por palavras e utilizam as fórmulas