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C-O<br />
O-H<br />
LIGAÇÕES POLARES<br />
O H<br />
. 37 .<br />
δ +<br />
O H δ +<br />
δ −<br />
ÁLCOOL ETÍLICO : MOLÉCULA POLAR<br />
Figura 53<br />
Sala de Leitura<br />
<strong>Química</strong> <strong>Orgânica</strong><br />
Observe que nós não consideramos a ligação C-H como um dipolo interno. A diferença de<br />
eletronegatividade dos dois é tão pequena que praticamente não se cria esse dipolo. Na linguagem<br />
química, a gente diz que a ligação C-H é apolar.<br />
Entretanto, nem toda molécula que tem ligação polar é uma molécula polar. Nesse caso, nós temos que<br />
avaliar dois aspectos: o arranjo espacial e o tamanho da molécula.<br />
Arranjo espacial: vamos ver o que acontece com a molécula de CO2:<br />
O sentido de um dos dipolos é oposto ao do outro. Assim, os dipolos se anulam e a molécula, apesar de<br />
ter ligações polares, é apolar. Lembre-se que no CO2 o carbono faz duas ligações π (uma com cada<br />
oxigênio) e, então, é hibridizado sp, logo, linear.<br />
Na molécula CCl4 (tetracloreto de carbono) acontece uma coisa parecida. O arranjo da molécula é<br />
tetraédrico e, lembrando-se da forma com que somamos vetores, os dois vetores resultantes estão em<br />
sentido oposto, e assim se anulam. Então, embora ela tenha quatro ligações polares, é uma molécula<br />
apolar:<br />
Cl<br />
Cl<br />
Cl<br />
Cl<br />
Os vetores resultantes das duas somas<br />
vetoriais se anulam<br />
Figura 55<br />
O C O<br />
Figura 54<br />
Outro fator que devemos analisar é o tamanho da molécula. Às vezes, uma molécula tem ligações<br />
polares, mas a cadeia carbônica é tão grande que a molécula acaba se comportando como uma