Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Teologia Bíblica da Oração Não é para aqueles que se põem de pé, Ou para os que se prostram de joelhos. É para aqueles que inclinam o coração Que o Senhor há de mostrar sua graça. É a postura da alma que agrada ou ofende. Sem uma postura correta aos olhos de Deus, N ada que possa ser feito lograrã êxito! (Lockyer, All the Prayers, p. 82). Dentre as muitas lições extraídas dessa oração de Davi, pelo menos as seguintes devem ser destacadas: 1. A atitude de coração de quem ora deve caracterizar-se por uma profunda humildade (w . 18,19). 2. Aquele que ora precisa reconhecer que Deus sabe tudo sobre seus servos, devendo aproximar-se de Deus com essa consciência (v. 20). 3. Deus revela seus planos aos seus servos, àqueles “segundo o seu coração”. A plenitude de sua revelação se dá no seu particular campo de atuação — o coração de quem lhe é sujeito (v. 21). 4. Entre os benefícios de quem ora está o significativo estímulo à fé, quando se contempla e declara a grandeza de Deus (v. 22). 5. Dar o devido valor ao povo remido de Deus, aqueles que lhe pertencem para sempre, é igualmente importante (w . 23,24). 6. Nossas orações devem abranger tanto a casa de Deus como a casa dos servos de Deus (w . 25-29). Oração em Tempos de Fracasso Insensatez e temeridade são a sorte comum dos seres humanos. E, num certo sentido, ninguém está imune a elas, nem mesmo o devoto e poderoso rei Davi. Mas o coração de Davi, “homem conforme o meu coração” (At 13-22), era sua maior vantagem espiritual. Vindo o que quer que fosse à sua vida — fracasso, julgamento faltoso, pecado, tolice — seu coração, como uma bússola, sempre apontava para a saída porque, lá no fundo, o que ele realmente queria fazer era a vontade de Deus. Essa disposição interior sempre o levava à confissão, ao arrependimento e à dádiva do perdão. Não devemos pensar, entretanto, que seu coração fosse um meio de escape, pelo qual pudesse evitar as consequências de seus atos insensatos. A narrativa do seu relacionamento ilícito com Bate- Seba demonstra isso claramente. O bebê que nasceu do adultério adoeceu gravemente, impulsionando Davi a pôr-se de joelhos: “E buscou Davi a Deus pela criança; e jejuou Davi, e entrou, e passou a noite prostrado sobre a terra” (2 Sm 12.16). 94
As Orações de Davi e de outros Salmistas Mesmo diante de um fracasso total e devastador, os piedosos oram. Davi tinha estado literalmente “no lazer em Sião” (cf. 2 Sm 11.1,2), enquanto os exércitos de Israel guerreavam. É possível que suas vastas conquistas o tivessem levado, por algum tempo, a negligenciar sua relação com Deus no que era mais vital. Não sendo este o caso, fica- nos a lição de que, embora as pessoas orem, elas permanecem susce- tíveis às paixões e devem sempre manter-se em guarda contra momentos inesperados de tentação. Antes, porém, de orar pela questão específica — a vida do menino — Davi procurou tapar suas brechas espirituais, confessando seu terrível pecado (cf. 2 Sm 12.13). Recebeu, assim, a certeza de ter alcançado misericórdia e graça da parte de Deus. Sem essa contrição, sua própria oração teria sido um presunçoso pecado. Mas apesar da confissão prévia, Deus recusou o pedido, determinando que a criança deveria morrer (cf. 2 Sm 12.14). A oração de Davi não pôde apagar todo o dano causado por uma atitude carnal e egoísta; certas consequências precisavam ser suportadas, a despeito do completo perdão. Em outra oportunidade, depois que tola e orgulhosamente resolveu numerar o povo de Israel e Judá (cf. 2 Sm 24.1-15), atraindo contra si a ira divina, ele de imediato confessou seu pecado: “E, vendo Davi ao Anjo que feria o povo, falou ao Senhor e disse: Eis que eu sou o que iniquamente procedi; porém estas ovelhas que fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai” (2 Sm 24.17). Raramente quem peca afeta somente a si mesmo. Quando mais destacada a posição e maior a responsabilidade da pessoa, maior e mais amplo será o impacto causado pelo pecado. Há angústia em reconhecermos os nossos próprios pecados, mas dificilmente isso se compara à angústia de vermos seus efeitos sobre outras pessoas. Foi esse tipo de angústia que levou Davi a orar daquele jeito, o que lhe trouxe certa medida de alívio. O cronista (provavelmente Esdras) registra a comunhão restaurada: Então, Davi edificou ali um altar ao Senhor, e ofereceu nele holocaus- tos e sacrifícios pacíficos, e invocou o Senhor, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto (1 Cr 21.26). O fogo de Deus que consumiu as oferendas tornou-se a certeza e a evidência, para Davi, da aprovação e aceitação divinas. (O fogo, no Antigo Testamento, era um meio pelo qual Deus demonstrava sua aprovação — cf. Lv 9-24 e 2 Cr 7.1 — e foi, mui provavelmente, a maneira pela qual Deus demonstrou ter aceito a oferta de Abel, enquanto a de Caim foi rejeitada e permaneceu sem ser consumida — cf. Gn 4.4,5). Embora as chamas literais não sejam mais o meio usado por Deus para demonstrar sua aceitação, confirmando-a àquele que 95
- Page 41 and 42: Teologia Bíblica da Oração um ap
- Page 43 and 44: Teologia Bíblica da Oração fidel
- Page 45 and 46: Teologia Bíblica da Oração Como,
- Page 47 and 48: Teologia Bíblica da Oração circu
- Page 49 and 50: Capítulo Dois As Orações de Mois
- Page 51 and 52: As Orações de Moisés Deus então
- Page 53 and 54: ^4s Orações de Moisés Como é di
- Page 55 and 56: As Orações de Moisés e serviu de
- Page 57 and 58: As Orações de Moisés permaneceu
- Page 59 and 60: As Orações de Moisés A intensida
- Page 61 and 62: As Orações de Moisés E disse: Se
- Page 63 and 64: As Orações d e Moisés aflição.
- Page 65 and 66: As Orações de Moisés Nomeação
- Page 67 and 68: As Orações de Moisés exceto a de
- Page 69 and 70: ^4i' Orações de Moisés relação
- Page 71 and 72: Capítulo Três 0 Período de Josu
- Page 73 and 74: f O Período de Josué ao Rei Saul
- Page 75 and 76: O Período de Josué ao Rei Saul A
- Page 77 and 78: O Período de Josué ao Rei Saul ex
- Page 79 and 80: O Período de Josué ao Rei Saul hu
- Page 81 and 82: O Período de Josué ao Rei Saul An
- Page 83 and 84: O Período de Josué ao Rei Saul qu
- Page 85 and 86: O Período de Josué ao Rei Saul Qu
- Page 87 and 88: O Período de Josué ao Rei Saul Po
- Page 89 and 90: Capítulo Quatro As Orações de Da
- Page 91: ^4s Orações de Davi e de outros S
- Page 95 and 96: As Orações de Davi e de outros Sa
- Page 97 and 98: As Orações de Davi e de outros Sa
- Page 99 and 100: y4s Orações de Davi e de outros S
- Page 101 and 102: As Orações de Davi e de outros Sa
- Page 103 and 104: Capítulo Cinco As Orações de Sal
- Page 105 and 106: 1 As Orações de Salomão e dos L
- Page 107 and 108: As Orações de Salomão e áos Lí
- Page 109 and 110: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 111 and 112: y4s Orações de Salomão e dos Lí
- Page 113 and 114: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 115 and 116: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 117 and 118: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 119 and 120: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 121 and 122: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 123 and 124: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 125 and 126: As Orações de Salomão e dos Líd
- Page 127 and 128: ^4s Orações de Salomão e dos Lí
- Page 129 and 130: /Is Orações de Salomão e dos Lí
- Page 131 and 132: Teologia Bíblica da Oração Entã
- Page 133 and 134: Teologia Bíblica da Oração e Isr
- Page 135 and 136: Teologia Bíblica da Oração ramen
- Page 137 and 138: Teologia Bíblica da Oração Plant
- Page 139 and 140: Teologia Bíblica da Oração com D
- Page 141 and 142: Teologia Bíblica da Oração Para
Teologia Bíblica da Oração<br />
Não é para aqueles que se põ<strong>em</strong> <strong>de</strong> pé,<br />
Ou para os que se prostram <strong>de</strong> joelhos.<br />
É para aqueles que inclinam o coração<br />
Que o Senhor há <strong>de</strong> mostrar sua graça.<br />
É a postura da alma que agrada ou ofen<strong>de</strong>.<br />
S<strong>em</strong> uma postura correta aos olhos <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>,<br />
N ada que possa ser feito lograrã êxito!<br />
(Lockyer, All the Prayers, p. 82).<br />
Dentre as muitas lições extraídas <strong>de</strong>ssa oração <strong>de</strong> Davi, pelo<br />
menos as seguintes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>stacadas:<br />
1. A atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> coração <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> ora <strong>de</strong>ve caracterizar-se por<br />
uma profunda humilda<strong>de</strong> (w . 18,19).<br />
2. Aquele que ora precisa reconhecer que <strong>Deus</strong> sabe tudo sobre seus<br />
servos, <strong>de</strong>vendo aproximar-se <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> com essa consciência (v. 20).<br />
3. <strong>Deus</strong> revela seus planos aos seus servos, àqueles “segundo o<br />
seu coração”. A plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua revelação se dá no seu particular<br />
campo <strong>de</strong> atuação — o coração <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> lhe é sujeito (v. 21).<br />
4. Entre os benefícios <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> ora está o significativo estímulo<br />
à fé, quando se cont<strong>em</strong>pla e <strong>de</strong>clara a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (v. 22).<br />
5. Dar o <strong>de</strong>vido valor ao povo r<strong>em</strong>ido <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, aqueles que lhe<br />
pertenc<strong>em</strong> para s<strong>em</strong>pre, é igualmente importante (w . 23,24).<br />
6. Nossas orações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> abranger tanto a casa <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> como a<br />
casa dos servos <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (w . 25-29).<br />
Oração <strong>em</strong> T<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> Fracasso<br />
Insensatez e t<strong>em</strong>erida<strong>de</strong> são a sorte comum dos seres humanos.<br />
E, num certo sentido, ninguém está imune a elas, n<strong>em</strong> mesmo o<br />
<strong>de</strong>voto e po<strong>de</strong>roso rei Davi. Mas o coração <strong>de</strong> Davi, “hom<strong>em</strong><br />
conforme o meu coração” (At 13-22), era sua maior vantag<strong>em</strong><br />
espiritual. Vindo o que quer que fosse à sua vida — fracasso,<br />
julgamento faltoso, pecado, tolice — seu coração, como uma bússola,<br />
s<strong>em</strong>pre apontava para a saída porque, lá no fundo, o que ele<br />
realmente queria fazer era a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Essa disposição<br />
interior s<strong>em</strong>pre o levava à confissão, ao arrependimento e à dádiva<br />
do perdão.<br />
Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os pensar, entretanto, que seu coração fosse um<br />
meio <strong>de</strong> escape, pelo qual pu<strong>de</strong>sse evitar as consequências <strong>de</strong> seus<br />
atos insensatos. A narrativa do seu relacionamento ilícito com Bate-<br />
Seba <strong>de</strong>monstra isso claramente. O bebê que nasceu do adultério<br />
adoeceu grav<strong>em</strong>ente, impulsionando Davi a pôr-se <strong>de</strong> joelhos: “E<br />
buscou Davi a <strong>Deus</strong> pela criança; e jejuou Davi, e entrou, e passou<br />
a noite prostrado sobre a terra” (2 Sm 12.16).<br />
94