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Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Teologia Bíblica da Oração<br />

O velo <strong>de</strong> lã que Gi<strong>de</strong>ão pôs na eira não era um artifício para<br />

<strong>de</strong>scobrir a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Ele já a conhecia; simplesmente,<br />

queria mais segurança. Embora o pedido <strong>de</strong> Gi<strong>de</strong>ão tenha sido<br />

honrado por <strong>Deus</strong>, o “velo t<strong>em</strong> sido aplicado s<strong>em</strong> sabedoria por<br />

cristãos b<strong>em</strong> intencionados, porém mal orientados, que o usam <strong>em</strong><br />

substituição à inequívoca Palavra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>”.<br />

Eis que eu porei um velo <strong>de</strong> lã na eira; se o orvalho estiver<br />

somente no velo, e secura sobre toda a terra, então, conhecerei<br />

que hás <strong>de</strong> livrar Israel por minha mão, como tens dito. E assim<br />

suce<strong>de</strong>u; porque, ao outro dia, se levantou <strong>de</strong> madrugada, e<br />

apertou o velo, e do orvalho do velo espr<strong>em</strong>eu uma taça cheia<br />

<strong>de</strong> água. E disse Gi<strong>de</strong>ão a <strong>Deus</strong>: Não se acenda contra mim a tua<br />

ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta vez faça a prova<br />

com o velo; rogo-te que só no velo haja secura, e <strong>em</strong> toda a terra<br />

haja o orvalho. E <strong>Deus</strong> assim o fez naquela noite, pois só no velo<br />

havia secura, e sobre toda a terra havia orvalho (Jz 6.37-40).<br />

Para Gi<strong>de</strong>ão aquele era um pedido justo, e <strong>Deus</strong> o honrou. Para<br />

nós, uma petição similar po<strong>de</strong>ria trazer perigo e <strong>de</strong>sencaminhar muita<br />

gente. Imagine o dil<strong>em</strong>a que Gi<strong>de</strong>ão estava enfrentando! Ele estava<br />

sendo solicitado a li<strong>de</strong>rar uma revolta contra a autorida<strong>de</strong> dos governantes<br />

midianitas. A princípio, parece muito natural <strong>Deus</strong> querer libertá-los<br />

daquela opressão estrangeira. Mas Israel pecara, e a invasão do inimigo<br />

nada mais era que a pena prevista. Durante sete anos, Israel suportara<br />

o julgamento divino (cf. Jz 6.1-6). Como Gi<strong>de</strong>ão po<strong>de</strong>ria ter certeza <strong>de</strong><br />

que era <strong>Deus</strong> qu<strong>em</strong> o estava encorajando a uma atitu<strong>de</strong> que, <strong>de</strong> outra<br />

forma, po<strong>de</strong>ria ser interpretada como resistência à autorida<strong>de</strong> do<br />

próprio <strong>Deus</strong>? Afinal, não fora Ele que impusera sobre seu povo a paga<br />

pela <strong>de</strong>sobediência? Nestes casos, quando sentimos que <strong>Deus</strong> está nos<br />

guiando numa direção pouco comum, ou quando Ele pe<strong>de</strong> que<br />

façamos algo contrário ao bom senso ou que foge ao seu modo usual<br />

<strong>de</strong> agir, um ato como o <strong>de</strong> Gi<strong>de</strong>ão é cabível e justificável.<br />

Em outras palavras, quando Gi<strong>de</strong>ão <strong>de</strong>positou no chão o seu velo<br />

<strong>de</strong> lã, ele já sabia o que <strong>Deus</strong> lhe pedira para fazer (cf. Jz 6.14). Mas<br />

foi-lhe difícil crer naquilo que acabara <strong>de</strong> ouvir. Será que <strong>Deus</strong> estava<br />

realmente falando com ele? Não seria sua imaginação? Afinal, aquilo<br />

era exatamente o que muitos jovens hebreus sonhavam <strong>em</strong> fazer —<br />

livrar Israel do domínio dos midianitas. Será que <strong>Deus</strong>, que <strong>de</strong>ra<br />

autorida<strong>de</strong> tanto aos gentios como aos lí<strong>de</strong>res hebreus, estava mesmo<br />

lhe pedindo para se opor à autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>legada? <strong>Deus</strong> usaria uma<br />

pessoa tão fraca e s<strong>em</strong> importância como ele? Com todas essas razões<br />

para questionar a valida<strong>de</strong> das instruções divinas que recebeu, o uso<br />

do velo <strong>de</strong> lã atendia a um propósito legítimo. Embora possam existir<br />

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