Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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Teologia Bíblica da Oração nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor, assim, a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel. A resposta divina à oração de Josué mostra até onde Deus está disposto a deixar-se envolver na batalha contra o mal. Se necessário for, Ele pode até sustar o movimento permanente do Universo a fim de assegurar a derrota do inimigo. Quanto encorajamento e ânimo na fé para todos os que, pela oração, engajam-se na guerra espiritual! Débora As mulheres desempenharam um papel significativo na história de Israel. E ninguém foi mais proeminente do que Débora, cujo nome, devidamente traduzido, significa “abelha”. Como tal, era dotada de “um ferrão para seus inimigos, porém cheia de mel para os amigos” (cf. Herbert Lockyer, All the Prayers, p. 54). A oração pode assumir qualquer forma, desde petições bem articuladas até “gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26). A oração registrada de Débora não se ajusta bem à definição de oração, sendo antes uma canção de louvor que recorda os poderosos feitos de Deus. No entanto, considerada como oração, ela fornece uma fórmula que inspira tremendamente a fé. Toda pessoa que ora obtém grande proveito quando se lembra das muitas coisas que Deus tem realizado — pelo seu Reino e pelo seu povo. E cantou Débora e Baraque, filho de Abinoão, naquele mesmo dia, dizendo: Porquanto os chefes se puseram à frente em Israel, porquanto o povo se ofereceu voluntariamente, louvai ao Senhor. Ouvi, reis; dai ouvidos, príncipes; eu, eu cantarei ao Senhor; salmodiarei ao Senhor, Deus de Israel (Jz 5.1-3)- Gideão Durante o período dos juizes, os israelitas não estavam servindo ao Senhor de uma maneira consistente. Podemos ver na história desse período um ciclo se repetindo onde, por algum tempo, eles o serviam fervorosa e fielmente, até obter as bênçãos do Senhor — prosperidade e triunfo sobre o inimigo — , então retrocediam. A bonança não permanecia muito tempo, pois logo se afastavam dos mandamentos do Senhor, dando-se inclusive à prática da idolatria e de outras malignida- des. Em consequência, vinha o castigo de Deus, e eles tinham de suportar derrotas e jugos servis (veja, por exemplo, Jz 6.1) até que novamente se arrependessem e implorassem do Senhor a libertação. O trato de Deus com Gideão foi uma resposta direta ao clamor desesperado de Israel durante um período de servidão estrangeira. 76
O Período de Josué ao Rei Saul A palavra do anjo a Gideão — “O Senhor é contigo, varão valoroso” (Jz 6.12) — não fazia sentido para o jovem agricultor que, timidamente, malhava o trigo na segurança de um lagar. Mas Gideão lhe respondeu: Ai, senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou, e nos deu na mão dos midianitas. Então, o Senhor olhou para ele e disse: Vai nesta tua força e livrarás a Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu? E ele lhe disse: Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal de que és o que comigo falas. Então, viu Gideão que era o Anjo do Senhor; e disse Gideão: Ah! Senhor Jeová, que eu vi o Anjo do Senhor face a face (Jz 6.13,14,17,22). A oração de Gideão foi resultado da lembrança que herdara de seus pais e do anelo pelo retorno à condição privilegiada de antes. Igualmente, incluía um senso de incapacidade e indignidade (cf. Jz 6.15). Ele exprimiu todo seu desconcerto a Deus, de modo franco e aberto. A humildade e a honestidade de Gideão eram como uma luz brilhando nas trevas de Israel. Percebendo estar ele consciente da sua própria condição humilhante, Deus o selecionou para uma grande missão. A autoconfiança pode ser o maior inimigo de quem precisa aprender a depender de Deus. O pedido de Gideão — “Dá-me um sinal” (Jz 6.17) — pode parecer, à primeira vista, um tanto indigno. A insistência de Gideão para que Deus lhe desse um sinal, todavia, era mais o resultado de um caráter desconfiado do que uma consequência da falta de fé. Ele precisava estar certo de que o Senhor é quem realmente o estava dirigindo e que não era vítima de alguma ilusão ou alucinação. Imagine só o terror que tomou conta de Gideão quando percebeu que se confrontara, verdadeiramente, com Deus (cf. Jz 6.22). Ainda assim, Deus não se revela além do que possamos suportar. Por isso, o Senhor lhe disse: “Paz seja contigo; não temas, não morrerás” (Jz 6.23). A magnitude dessa revelação era em si própria uma avaliação a que Deus estava submetendo Gideão. No ato, ele construiu um altar ao Senhor, chamando-o de Jeovã-Shalom (“O Senhor é paz”), apregoando que Deus estava em paz com ele. Não há dúvida de que ele obteve uma percepção mais ampla de Deus depois de ouvi-lo bradar: “Paz!” Logo aquela sensação de que Deus abandonara Israel caiu por terra. O altar era uma evidência da nova relação que passou a desfrutar com o Senhor, o Deus de quem até então só conhecia de ouvir falar. 77
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O Período <strong>de</strong> Josué ao Rei Saul<br />
A palavra do anjo a Gi<strong>de</strong>ão — “O Senhor é contigo, varão valoroso”<br />
(Jz 6.12) — não fazia sentido para o jov<strong>em</strong> agricultor que, timidamente,<br />
malhava o trigo na segurança <strong>de</strong> um lagar.<br />
Mas Gi<strong>de</strong>ão lhe respon<strong>de</strong>u: Ai, senhor meu, se o Senhor é<br />
conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito <strong>de</strong><br />
todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo:<br />
Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o<br />
Senhor nos <strong>de</strong>samparou, e nos <strong>de</strong>u na mão dos midianitas.<br />
Então, o Senhor olhou para ele e disse: Vai nesta tua força e<br />
livrarás a Israel da mão dos midianitas; porventura, não te<br />
enviei eu? E ele lhe disse: Se agora tenho achado graça aos teus<br />
olhos, dá-me um sinal <strong>de</strong> que és o que comigo falas. Então, viu<br />
Gi<strong>de</strong>ão que era o Anjo do Senhor; e disse Gi<strong>de</strong>ão: Ah! Senhor<br />
Jeová, que eu vi o Anjo do Senhor face a face (Jz 6.13,14,17,22).<br />
A oração <strong>de</strong> Gi<strong>de</strong>ão foi resultado da l<strong>em</strong>brança que herdara <strong>de</strong><br />
seus pais e do anelo pelo retorno à condição privilegiada <strong>de</strong> antes.<br />
Igualmente, incluía um senso <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> e indignida<strong>de</strong> (cf. Jz<br />
6.15). Ele exprimiu todo seu <strong>de</strong>sconcerto a <strong>Deus</strong>, <strong>de</strong> modo franco e<br />
aberto. A humilda<strong>de</strong> e a honestida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gi<strong>de</strong>ão eram como uma luz<br />
brilhando nas trevas <strong>de</strong> Israel. Percebendo estar ele consciente da<br />
sua própria condição humilhante, <strong>Deus</strong> o selecionou para uma<br />
gran<strong>de</strong> missão. A autoconfiança po<strong>de</strong> ser o maior inimigo <strong>de</strong> qu<strong>em</strong><br />
precisa apren<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />
O pedido <strong>de</strong> Gi<strong>de</strong>ão — “Dá-me um sinal” (Jz 6.17) — po<strong>de</strong><br />
parecer, à primeira vista, um tanto indigno. A insistência <strong>de</strong> Gi<strong>de</strong>ão<br />
para que <strong>Deus</strong> lhe <strong>de</strong>sse um sinal, todavia, era mais o resultado <strong>de</strong><br />
um caráter <strong>de</strong>sconfiado do que uma consequência da falta <strong>de</strong> fé. Ele<br />
precisava estar certo <strong>de</strong> que o Senhor é qu<strong>em</strong> realmente o estava<br />
dirigindo e que não era vítima <strong>de</strong> alguma ilusão ou alucinação.<br />
Imagine só o terror que tomou conta <strong>de</strong> Gi<strong>de</strong>ão quando percebeu<br />
que se confrontara, verda<strong>de</strong>iramente, com <strong>Deus</strong> (cf. Jz 6.22).<br />
Ainda assim, <strong>Deus</strong> não se revela além do que possamos suportar.<br />
Por isso, o Senhor lhe disse: “Paz seja contigo; não t<strong>em</strong>as, não<br />
morrerás” (Jz 6.23). A magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa revelação era <strong>em</strong> si própria<br />
uma avaliação a que <strong>Deus</strong> estava submetendo Gi<strong>de</strong>ão. No ato, ele<br />
construiu um altar ao Senhor, chamando-o <strong>de</strong> Jeovã-Shalom (“O<br />
Senhor é paz”), apregoando que <strong>Deus</strong> estava <strong>em</strong> paz com ele.<br />
Não há dúvida <strong>de</strong> que ele obteve uma percepção mais ampla <strong>de</strong><br />
<strong>Deus</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ouvi-lo bradar: “Paz!” Logo aquela sensação <strong>de</strong> que<br />
<strong>Deus</strong> abandonara Israel caiu por terra. O altar era uma evidência da<br />
nova relação que passou a <strong>de</strong>sfrutar com o Senhor, o <strong>Deus</strong> <strong>de</strong> qu<strong>em</strong><br />
até então só conhecia <strong>de</strong> ouvir falar.<br />
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