Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Teologia Bíblica da Oração encontravam o altar de bronze onde, para si mesmos, deveriam fazer um sacrifício de sangue, antes que pudessem ir adiante. 3- O altar de bronze exigia sacrifício. O bronze desse altar (uma liga de cobre e estanho) simbolizava o julgamento divino (veja a serpente de bronze, em Nm 21.9). Antes que a humanidade pecaminosa ousasse aproximar-se do Deus santo, seu pecado tinha de ser devidamente resolvido. A pena imposta pelo pecado era a morte — dos transgressores ou de um substituto aceitável. Esse completo sacrifício na fornia de holocausto... servia como solene proclamação de que todo homem é profundamente culpado diante de Deus e jamais poderá aproximar-se dEle ou obter seu favor, exceto pelo sangue e a obra completa de expiação. Sangue! Sangue! Sangue! É o clamor perpétuo e severo da Lei contra todo violador de seus preceitos; e, enquanto esse grito não for calado e a demanda não for satisfeita, ninguém pode ver a face de Deus e viver (Joseph A. Seiss, Gospel in Leviticus, Filadélfia: Lindsay e Blakiston, 1860; reimpressão, Grand Rapids: Kregel Publications, 1981, pp. 29,30). 4. O lavatório mostra a necessidade de purificação. Depois de passar pelo altar de bronze, antes ainda de chegar ao Lugar Santo, cada sacerdote encontrava o lavatório (também chamado de bacia ou pia), recoberto com bronze polido — extraído dos espelhos das mulheres (cf. Êx 38.8). Com o propósito de refletir qualquer impureza ou contaminação, a pia era um lugar de purificação necessária e perpétua. Todo sacerdote tinha de se lavar antes de entrar no lugar de comunhão, adoração e oração. 5. O Lugar Santo continha três itens: a) a mesa dos pães da proposição (a mesa de ouro onde ficavam os pães que simbolizavam a presença daquEle que é o Pão da Vida), b) o castiçal de ouro, representando aquEle que ilumina nossa vereda na direção de Deus; e c) o altar de ouro para o incenso, na extremidade do Lugar Santo, perto do véu, tipificando as orações que são elevadas a Deus por seu povo, além de nosso acesso à sua presença, por meio das orações e dos louvores. Os sacerdotes levíticos, excetuando o sumo sacerdote, não ousavam ultrapassar esse ponto. Eles podiam oferecer sacrifícios, podiam lavar-se, podiam participar dos pães da proposição, podiam queimar incenso; mas não podiam ir além do véu da separação. 6. O Santo dos Santos era o mais santo de todos os lugares, habitado pelo próprio Deus. Para os israelitas, representava a evidência final da presença de Deus. Os descendentes de Adão — que mesmo depois da queda conservam a imagem de Deus (Gn 9.6) e, portanto, são capazes de ter comunhão com Ele — jamais podem encontrar satisfação completa, nem experimentar plenamente a alegria, sem um efetivo retorno àquela posição onde a presença de Deus enriquecia a 70

^4i' Orações de Moisés relação entre Criador e criatura. No entanto, para os pecadores, o lugar do “fogo consumidor” sempre será um dos mais temidos. O papel do tabernáculo terrestre apontava para a frente, prevendo o futuro acesso do povo escolhido à própria presença de Deus. Isso é descrito na Epístola aos Hebreus: Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo (Hb 9-7,8). Embora Deus tivesse provido, no padrão do Tabernáculo, um profundo esquema sobre como chegar a Ele, seus filhos no deserto nunca desfrutaram do acesso que experimentamos hoje em dia. Eles tinham apenas a sombra; nós, a realidade. Eles tinham o tipo; nós, o cumprimento desse tipo. Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa (Hb 10.19-22). Felizes são os seguidores de um líder acostumado a orar. Quando o Senhor o estiver usando em algum posto de liderança espiritual, tenha sempre a oração como sua prioridade mais alta. Concluindo este capítulo dedicado a esse gigante da oração do Antigo Testamento, medite na oração dele em Deuteronômio, como agradecimento (cap. 26) e na forma de cântico (caps. 32 e 33). Perguntas para Estudo 1. Por que algumas orações de Moisés não foram logo respondidas? 2. O que caracterizava as intercessões de Moisés? 3. Por que algumas orações de Moisés não foram respondidas do jeito que ele queria? 4. Que lições você aprendeu sobre a oração e o acesso a Deus, estudando o Tabernáculo e seus móveis? 5. Em que ocasiões não deveríamos orar? 6. Por que razão os líderes espirituais devem ter a oração como prioridade? 71

Teologia Bíblica da Oração<br />

encontravam o altar <strong>de</strong> bronze on<strong>de</strong>, para si mesmos, <strong>de</strong>veriam fazer<br />

um sacrifício <strong>de</strong> sangue, antes que pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> ir adiante.<br />

3- O altar <strong>de</strong> bronze exigia sacrifício. O bronze <strong>de</strong>sse altar (uma liga<br />

<strong>de</strong> cobre e estanho) simbolizava o julgamento divino (veja a serpente<br />

<strong>de</strong> bronze, <strong>em</strong> Nm 21.9). Antes que a humanida<strong>de</strong> pecaminosa ousasse<br />

aproximar-se do <strong>Deus</strong> santo, seu pecado tinha <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vidamente<br />

resolvido. A pena imposta pelo pecado era a morte — dos transgressores<br />

ou <strong>de</strong> um substituto aceitável.<br />

Esse completo sacrifício na fornia <strong>de</strong> holocausto... servia como solene<br />

proclamação <strong>de</strong> que todo hom<strong>em</strong> é profundamente culpado diante<br />

<strong>de</strong> <strong>Deus</strong> e jamais po<strong>de</strong>rá aproximar-se dEle ou obter seu favor, exceto<br />

pelo sangue e a obra completa <strong>de</strong> expiação. Sangue! Sangue! Sangue!<br />

É o clamor perpétuo e severo da Lei contra todo violador <strong>de</strong> seus<br />

preceitos; e, enquanto esse grito não for calado e a <strong>de</strong>manda não for<br />

satisfeita, ninguém po<strong>de</strong> ver a face <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> e viver (Joseph A. Seiss,<br />

Gospel in Leviticus, Filadélfia: Lindsay e Blakiston, 1860; reimpressão,<br />

Grand Rapids: Kregel Publications, 1981, pp. 29,30).<br />

4. O lavatório mostra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> purificação. Depois <strong>de</strong> passar<br />

pelo altar <strong>de</strong> bronze, antes ainda <strong>de</strong> chegar ao Lugar Santo, cada sacerdote<br />

encontrava o lavatório (também chamado <strong>de</strong> bacia ou pia), recoberto<br />

com bronze polido — extraído dos espelhos das mulheres (cf. Êx 38.8).<br />

Com o propósito <strong>de</strong> refletir qualquer impureza ou contaminação, a pia<br />

era um lugar <strong>de</strong> purificação necessária e perpétua. Todo sacerdote tinha<br />

<strong>de</strong> se lavar antes <strong>de</strong> entrar no lugar <strong>de</strong> comunhão, adoração e oração.<br />

5. O Lugar Santo continha três itens: a) a mesa dos pães da proposição<br />

(a mesa <strong>de</strong> ouro on<strong>de</strong> ficavam os pães que simbolizavam a presença<br />

daquEle que é o Pão da Vida), b) o castiçal <strong>de</strong> ouro, representando aquEle<br />

que ilumina nossa vereda na direção <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>; e c) o altar <strong>de</strong> ouro para o<br />

incenso, na extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong> do Lugar Santo, perto do véu, tipificando as<br />

orações que são elevadas a <strong>Deus</strong> por seu povo, além <strong>de</strong> nosso acesso à<br />

sua presença, por meio das orações e dos louvores.<br />

Os sacerdotes levíticos, excetuando o sumo sacerdote, não ousavam<br />

ultrapassar esse ponto. Eles podiam oferecer sacrifícios, podiam<br />

lavar-se, podiam participar dos pães da proposição, podiam queimar<br />

incenso; mas não podiam ir além do véu da separação.<br />

6. O Santo dos Santos era o mais santo <strong>de</strong> todos os lugares,<br />

habitado pelo próprio <strong>Deus</strong>. Para os israelitas, representava a evidência<br />

final da presença <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Adão — que mesmo<br />

<strong>de</strong>pois da queda conservam a imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (Gn 9.6) e, portanto,<br />

são capazes <strong>de</strong> ter comunhão com Ele — jamais po<strong>de</strong>m encontrar<br />

satisfação completa, n<strong>em</strong> experimentar plenamente a alegria, s<strong>em</strong> um<br />

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