Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Teologia Bíblica da Oração nomeação de Deus sobre os líderes espirituais por Ele empossados e condenando os que tentaram usurpar a autoridade divinamente constituída (cf. Nm 16.31-35). Quão inconstantes podem ser as pessoas! Embora o juízo divino tivesse devorado literalmente os rebeldes, no dia seguinte “toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: Vós matastes o povo do Senhor” (Nm 16.41). Certamente a ira de Deus arde contra esse tipo de precipitação da língua. Paulo descreve tais pessoas, frívolas e inconsequentes, como aquelas que, embora “conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Rm 1.32). Testemunhar o julgamento divino contra os rebeldes era uma coisa; defendê-los era algo inteiramente diferente. A atitude deles invariavelmente levava Deus a destruí-los (cf. Nm 16.45). Mas Arão e Moisés eram homens de oração e intercessão constantes; e, uma vez mais, “se prostraram sobre os seus rostos” (Nm 16.45). A persistência deles é um exemplo para todos os líderes, no que se refere às coisas espirituais. Atento à necessidade do povo, Moisés disse a Arão: “Toma o teu incensário, e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação, e faze expiação por eles...” (Nm 16.46) E Arão “estava em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga” (Nm 16.48). Em outra ocasião, o povo (constituído na sua quase totalidade por uma nova geração de israelitas) suportou a praga das serpentes venenosas por causa de seus queixumes. “Pelo que o povo veio a Moisés e disse: Havemos pecado, porquanto temos falado contra o Senhor e contra ti; ora ao Senhor que tire de nós estas serpentes. Então Moisés orou pelo povo” (Nm 21.7). O apelo angustiado do povo é digno de nota. Este é o único incidente registrado no qual o povo pediu diretamente que Moisés intercedesse — antes eles pediam que Moisés fizesse alguma coisa, mas não a especificavam. Agora, em face duma emergência das mais angustiantes, eles expressam completa confiança na intercessão de Moisés. A presença dessa confiança era fruto de uma reiterada experiência — não surgiu por acaso. Mas a oração de Moisés não foi respondida como o povo supunha que fosse. Eles queriam a remoção das serpentes. Mas Deus queria que aqueles que fossem picados pelas serpentes participassem na obtenção da resposta. “E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela” (Nm 21.8). A oração terá pouco valor se não estiver acompanhada de fé, e a fé não está presente onde as obras estão ausentes (cf. Tg 2.14-18). 66
As Orações de Moisés Nomeação Divina dos Líderes Embora o livro de Números registre o fim da vida e da liderança de Moisés, o livro de Deuteronômio provê mais alguns detalhes relacionados ao seu ministério de oração. No terceiro capítulo de Deuteronômio, Moisés pleiteia com Deus: “Senhor Jeová, já começaste a mostrar ao teu servo a tua grandeza e a tua forte mão; porque, que deus há nos céu e na terra, que possa fazer segundo as tuas obras e segundo a tua fortaleza? Rogo-te que me deixes passar, para que eu veja esta boa terra que está dalém do Jordão...”(Dt 3-24,25) Dirigir-se a Deus como “Senhor Jeová” é muito significativo. “Senhor” sugere direitos de propriedade e poder. A escolha do nome “Jeová”, o nome daquEle que observa o seu pacto, fala do relacionamento íntimo entre Deus e Israel — há em torno desse nome uma atmosfera de graça. O apaixonado apelo era para que Deus reconsiderasse sua decisão. Moisés tinha desonrado e desobedecido de forma flagrante a Deus. Dominado pela insegurança e instigado pelos israelitas rebeldes, ele fracassou em declarar crença e confiança em Deus. Por isso bateu irado na rocha em vez de apenas pronunciar a palavra que Deus lhe ordenara (cf. Nm 20.1-13)- Em consequência, a reação divina não foi nada amistosa: “Porquanto não me crestes a mim, para me santificar diante dos filhos de Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado” (Nm 20.12). A resposta de Deus ao pedido de Moisés, para que reconsiderasse sua decisão, foi um “não”. “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3-26). Nossa tendência, numa hora dessas, é dizer: “Deus, tu foste severo demais. Por que não honraste o pedido do teu servo?” Talvez não compreendamos plenamente a recusa de Deus, mas consola-nos saber que o Soberano faz o melhor, não somente pela pessoa que o serve numa condição de liderança, mas também por todo o povo que lhe pertence. Talvez, se a súplica de Moisés fosse atendida, a rebelião daqueles que o tinham provocado em sua iracunda reação até aumentasse. Mas ainda que não entendamos as razões de Deus, continua sendo melhor orar e ter a petição negada do que não orar de forma alguma. “Aos homens está ordenado morrerem uma vez...” (Hb 9-27) Excetuando-se os cristãos que vierem a participar do arrebatamento (cf. 1 Ts 4.17), todos morrerão. Poucos, entretanto, receberão da parte de Deus alguma revelação sobre o lugar e a hora de sua morte, como aconteceu a Moisés (cf. Nm 27.12,13). No entanto, mesmo diante da iminência da morte, a grandeza e a piedade de Moisés foram novamente evidenciadas. Embora ele ansiasse por entrar na Terra Prometida, essa alegria lhe foi negada por causa da incredulidade. Mas, apesar de não obter uma resposta favorável à sua petição individual por clemência, ele transpôs seus interesses pessoais e orou pelo povo. 67
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As Orações <strong>de</strong> Moisés<br />
Nomeação Divina dos Lí<strong>de</strong>res<br />
Embora o livro <strong>de</strong> Números registre o fim da vida e da li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong><br />
Moisés, o livro <strong>de</strong> Deuteronômio provê mais alguns <strong>de</strong>talhes relacionados<br />
ao seu ministério <strong>de</strong> oração. No terceiro capítulo <strong>de</strong> Deuteronômio,<br />
Moisés pleiteia com <strong>Deus</strong>: “Senhor Jeová, já começaste a mostrar ao<br />
teu servo a tua gran<strong>de</strong>za e a tua forte mão; porque, que <strong>de</strong>us há nos<br />
céu e na terra, que possa fazer segundo as tuas obras e segundo a tua<br />
fortaleza? Rogo-te que me <strong>de</strong>ixes passar, para que eu veja esta boa<br />
terra que está dalém do Jordão...”(Dt 3-24,25) Dirigir-se a <strong>Deus</strong> como<br />
“Senhor Jeová” é muito significativo. “Senhor” sugere direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />
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observa o seu pacto, fala do relacionamento íntimo entre <strong>Deus</strong> e Israel<br />
— há <strong>em</strong> torno <strong>de</strong>sse nome uma atmosfera <strong>de</strong> graça.<br />
O apaixonado apelo era para que <strong>Deus</strong> reconsi<strong>de</strong>rasse sua <strong>de</strong>cisão.<br />
Moisés tinha <strong>de</strong>sonrado e <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cido <strong>de</strong> forma flagrante a<br />
<strong>Deus</strong>. Dominado pela insegurança e instigado pelos israelitas rebel<strong>de</strong>s,<br />
ele fracassou <strong>em</strong> <strong>de</strong>clarar crença e confiança <strong>em</strong> <strong>Deus</strong>. Por isso<br />
bateu irado na rocha <strong>em</strong> vez <strong>de</strong> apenas pronunciar a palavra que<br />
<strong>Deus</strong> lhe or<strong>de</strong>nara (cf. Nm 20.1-13)- Em consequência, a reação<br />
divina não foi nada amistosa: “Porquanto não me crestes a mim, para<br />
me santificar diante dos filhos <strong>de</strong> Israel, por isso não metereis esta<br />
congregação na terra que lhes tenho dado” (Nm 20.12).<br />
A resposta <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> ao pedido <strong>de</strong> Moisés, para que reconsi<strong>de</strong>rasse sua<br />
<strong>de</strong>cisão, foi um “não”. “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3-26).<br />
Nossa tendência, numa hora <strong>de</strong>ssas, é dizer: “<strong>Deus</strong>, tu foste severo <strong>de</strong>mais.<br />
Por que não honraste o pedido do teu servo?” Talvez não compreendamos<br />
plenamente a recusa <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, mas consola-nos saber que o Soberano faz<br />
o melhor, não somente pela pessoa que o serve numa condição <strong>de</strong><br />
li<strong>de</strong>rança, mas também por todo o povo que lhe pertence. Talvez, se a<br />
súplica <strong>de</strong> Moisés fosse atendida, a rebelião daqueles que o tinham<br />
provocado <strong>em</strong> sua iracunda reação até aumentasse. Mas ainda que não<br />
entendamos as razões <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, continua sendo melhor orar e ter a petição<br />
negada do que não orar <strong>de</strong> forma alguma.<br />
“Aos homens está or<strong>de</strong>nado morrer<strong>em</strong> uma vez...” (Hb 9-27)<br />
Excetuando-se os cristãos que vier<strong>em</strong> a participar do arrebatamento<br />
(cf. 1 Ts 4.17), todos morrerão. Poucos, entretanto, receberão da parte<br />
<strong>de</strong> <strong>Deus</strong> alguma revelação sobre o lugar e a hora <strong>de</strong> sua morte, como<br />
aconteceu a Moisés (cf. Nm 27.12,13). No entanto, mesmo diante da<br />
iminência da morte, a gran<strong>de</strong>za e a pieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Moisés foram novamente<br />
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<strong>de</strong> não obter uma resposta favorável à sua petição individual por<br />
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