Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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Teologia Bíblica da Oração Revelação pessoal ao in tercessor Somente pela maravilhosa graça de Deus Moisés obteve a segurança de que Deus, afinal, estaria presente (Êx 33.14). Mas a graça, quando manifestada, tende a aguçar o apetite pelas coisas espirituais. Assim sendo, seguiu-se o ousado apelo de Moisés: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êx 33-18). É como se ele estivesse dizendo: “Recebi um pouco; mostra-me mais” — pode haver oração maior que esta? Sem dúvida, a oração de Moisés é apropriada a todo filho de Deus, visto que todos os crentes precisam de uma compreensão mais ampla da glória e majestade de Deus. Ainda que Moisés ignorasse todas as implicações de sua oração, Deus estava pronto para adequá-la (Êx 33-19-23). A resposta divina deu-se nos seguintes termos: “Está bem, Moisés, farei como me pedes, mas fica sabendo que não poderás suportar a plena manifestação da minha glória. Permitirei que a vislumbres parcialmente, o suficiente à tua função de liderança sobre meu povo, ampliando-te a visão e a fé”. E como nos encoraja essa resposta à oração de Moisés! A palavra “glória” tem um sentido que geralmente nos escapa, finitos que somos, talvez porque represente a pessoa do próprio Deus. É quase um sinónimo de Deus. Veja, no versículo 22, “quando a minha glória passar” e “até que eu haja passado”. Deus e sua glória são inseparáveis. Onde Ele está, ela também se manifesta. Por conseguinte, Moisés viu mais que um brilho ofuscante. Ele contemplou a essência gloriosa da Divindade — a misericórdia, a verdade, a santidade, o amor, a paciência e a bondade. Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares, que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente, que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração (Êx 34.6,7). Quando atendeu ao apelo angustiado de Moisés, Deus o estava preparando para conduzir o povo pelo deserto da peregrinação — a viagem que Moisés tinha diante de si não era pequena. A nova revelação que Moisés obteve de Deus renovou-lhe a confiança na oração de intercessão. Moisés jamais poderia ter feito uma oração tão sublime se não houvesse experimentado a especial e pessoal revelação de Jeová. A resposta de Deus ao novo modo como Moisés intercedeu foi imediata, mudando inclusive sua determinação de destruir os teimosos israelitas: 62
As Orações de Moisés E disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá agora o Senhor no meio de nós; porque este é povo obstinado; porém perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado e toma-nos pela tua herança. Então disse: Eis que eu faço um concerto; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem entre gente alguma; de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do Senhor; porque coisa terrível é o que faço contigo (Êx 34.9,10). Tratando co m a fragilidade hum ana Uma característica essencial da boa liderança é sua capacidade de lidar com as crises, e Moisés teve múltiplas oportunidades de demonstrar sua habilidade nessa área. Na sua jornada do Sinai a Cades-Barnéia, uma vez mais ele se defrontou com uma crise: “E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial” (Nm 11.1). O pecado e a presença de Deus são incompatíveis; não podem coexistir — jamais! Moisés rogara insistentemente a Deus que permanecesse no meio do seu povo, mas agora, como um fogo abrasador e de forma irónica, a própria presença do Senhor estava consumindo as pessoas. O pecado serve de combustível para “o fogo consumidor” (Hb 12.29). Israel estava aprendendo, por experiência própria, que não há escapatória para quem ofende a Deus. Começavam a descobrir, também, que somente a intercessão pode efetivamente mudar as circunstâncias, quando feita por alguém que tem acesso a Deus: “Então, o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou” (Nm 11.2). Com toda razão, Moisés poderia exortá-los: “Basta! Vocês nunca aprendem. Já que fizeram por merecê-lo, aguentem as consequências”. Mas ele deve ter-se lembrado da revelação recebida no monte Sinai: Deus é misericordioso, gracioso, longânimo. Surgiu em seu coração a coragem de fazer outra oração de intercessão —- e o fogo cessou de arder no arraial! Nós também temos um Intercessor assim. Mas suportar a carga de um povo que insiste em hesitar entre dois caminhos pode turvar a percepção de qualquer líder piedoso, levan- do-o a dar vazão às suas frustrações, em vez de confiar em Deus: E disse Moisés ao Senhor: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, que pusesses sobre mim a carga de todo este povo? Eu sozinho não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. E, se assim fazes comigo, mata-me, eu to peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal (Nm 11.11,14,15). 63
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Teologia Bíblica da Oração<br />
Revelação pessoal ao in tercessor<br />
Somente pela maravilhosa graça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> Moisés obteve a<br />
segurança <strong>de</strong> que <strong>Deus</strong>, afinal, estaria presente (Êx 33.14). Mas a<br />
graça, quando manifestada, ten<strong>de</strong> a aguçar o apetite pelas coisas<br />
espirituais. Assim sendo, seguiu-se o ousado apelo <strong>de</strong> Moisés:<br />
“Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êx 33-18). É como se ele<br />
estivesse dizendo: “Recebi um pouco; mostra-me mais” — po<strong>de</strong><br />
haver oração maior que esta? S<strong>em</strong> dúvida, a oração <strong>de</strong> Moisés é<br />
apropriada a todo filho <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, visto que todos os crentes precisam<br />
<strong>de</strong> uma compreensão mais ampla da glória e majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Deus</strong>.<br />
Ainda que Moisés ignorasse todas as implicações <strong>de</strong> sua oração,<br />
<strong>Deus</strong> estava pronto para a<strong>de</strong>quá-la (Êx 33-19-23). A resposta divina<br />
<strong>de</strong>u-se nos seguintes termos: “Está b<strong>em</strong>, Moisés, farei como me<br />
pe<strong>de</strong>s, mas fica sabendo que não po<strong>de</strong>rás suportar a plena manifestação<br />
da minha glória. Permitirei que a vislumbres parcialmente, o<br />
suficiente à tua função <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança sobre meu povo, ampliando-te a<br />
visão e a fé”. E como nos encoraja essa resposta à oração <strong>de</strong> Moisés!<br />
A palavra “glória” t<strong>em</strong> um sentido que geralmente nos escapa,<br />
finitos que somos, talvez porque represente a pessoa do próprio<br />
<strong>Deus</strong>. É quase um sinónimo <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Veja, no versículo 22, “quando<br />
a minha glória passar” e “até que eu haja passado”. <strong>Deus</strong> e sua<br />
glória são inseparáveis. On<strong>de</strong> Ele está, ela também se manifesta. Por<br />
conseguinte, Moisés viu mais que um brilho ofuscante. Ele cont<strong>em</strong>plou<br />
a essência gloriosa da Divinda<strong>de</strong> — a misericórdia, a verda<strong>de</strong>,<br />
a santida<strong>de</strong>, o amor, a paciência e a bonda<strong>de</strong>.<br />
Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o<br />
Senhor, <strong>Deus</strong> misericordioso e piedoso, tardio <strong>em</strong> iras e gran<strong>de</strong><br />
<strong>em</strong> beneficência e verda<strong>de</strong>; que guarda a beneficência <strong>em</strong> milhares,<br />
que perdoa a iniquida<strong>de</strong>, e a transgressão, e o pecado; que<br />
ao culpado não t<strong>em</strong> por inocente, que visita a iniquida<strong>de</strong> dos<br />
pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e<br />
quarta geração (Êx 34.6,7).<br />
Quando aten<strong>de</strong>u ao apelo angustiado <strong>de</strong> Moisés, <strong>Deus</strong> o estava<br />
preparando para conduzir o povo pelo <strong>de</strong>serto da peregrinação — a<br />
viag<strong>em</strong> que Moisés tinha diante <strong>de</strong> si não era pequena. A nova<br />
revelação que Moisés obteve <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> renovou-lhe a confiança na<br />
oração <strong>de</strong> intercessão. Moisés jamais po<strong>de</strong>ria ter feito uma oração<br />
tão sublime se não houvesse experimentado a especial e pessoal<br />
revelação <strong>de</strong> Jeová. A resposta <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> ao novo modo como Moisés<br />
interce<strong>de</strong>u foi imediata, mudando inclusive sua <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>struir os teimosos israelitas:<br />
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