08.05.2013 Views

Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Teologia Bíblica da Oração<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> que tiveste com teu servo”. Finalmente, ele i<strong>de</strong>ntificou sua<br />

petição e o motivo <strong>de</strong> seu t<strong>em</strong>or: “Livra-me da mão <strong>de</strong> meu irmão,<br />

da mão <strong>de</strong> Esaú, porque o t<strong>em</strong>o”.<br />

Jacó, porém, não se contentou apenas <strong>em</strong> orar. Ele fez tudo isso<br />

com o propósito <strong>de</strong> tapar a brecha existente entre ele e seu irmão. Mas,<br />

tendo feito tudo quanto podia para estabelecer a paz com Esaú, ainda<br />

assim sentia uma profunda incerteza e uma crescente consciência <strong>de</strong><br />

que seu maior probl<strong>em</strong>a não era o irmão, mas ele próprio. Que<br />

agonizante experiência, quando t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> admitir a nossa própria<br />

condição! Tal percepção e a agonia só po<strong>de</strong>m ser consertadas por<br />

<strong>Deus</strong>: “Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva<br />

subia” (Gn 32.24).<br />

Qu<strong>em</strong> era o hom<strong>em</strong> contra qu<strong>em</strong> Jacó lutou? Jacó <strong>em</strong> breve o<br />

reconheceu: “E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia:<br />

Tenho visto a <strong>Deus</strong> face a face, e a minha alma foi salva” (Gn 32.30).<br />

Rel<strong>em</strong>brando a experiência <strong>de</strong> Jacó, anos mais tar<strong>de</strong>, Oséias chega à<br />

mesma conclusão: “Como príncipe lutou com o anjo e prevaleceu;<br />

chorou, e lhe suplicou; <strong>em</strong> Betei o achou, e ali falou conosco; sim, com<br />

o Senhor, o <strong>Deus</strong> dos Exércitos; o Senhor é o seu m<strong>em</strong>orial” (Os 12.4,5).<br />

O fato simples foi que Jacó lutou com <strong>Deus</strong>. Não é difícil<br />

<strong>de</strong>terminar a razão <strong>de</strong>ssa luta. Jacó queria a bênção <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, mas ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po Jacó era a razão pela qual <strong>Deus</strong> não podia honrar<br />

seus apelos <strong>de</strong>sesperados. A luta perdurou a noite inteira. A noite<br />

toda Jacó clamou: “Abençoa-me!” E durante todo esse t<strong>em</strong>po <strong>Deus</strong><br />

respon<strong>de</strong>u: “Qual é o teu nome?” A carne é, ao mesmo t<strong>em</strong>po, fraca<br />

e forte. É fraca porque não po<strong>de</strong> prostrar-se diante <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> e<br />

morrer, e forte porque insiste <strong>em</strong> viver. Nunca é fácil morrer,<br />

mormente para o próprio “eu” pecaminoso e carnal.<br />

“Qual é o teu nome?” Por que <strong>Deus</strong> seria tão insistente? Por que<br />

a luta se prolongou pela noite inteira? Porventura <strong>Deus</strong> não sabia o<br />

nome <strong>de</strong>le? De fato, sabia. Mas admitir o nome era expor o probl<strong>em</strong>a<br />

inteiro; significava <strong>de</strong>snudar o próprio Jacó: o mentiroso, o<br />

suplantador, o enganador — era este o significado do seu nome.<br />

Jacó podia admitir indignida<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong> (cf. Gn 32.10), mas<br />

quão humilhante era aparecer <strong>de</strong>spido diante do <strong>Deus</strong> Todo-po<strong>de</strong>-<br />

roso, s<strong>em</strong> qualquer cobertura autofabricada, como as folhas <strong>de</strong><br />

figueira do primeiro Adão.<br />

Somente <strong>de</strong>pois que <strong>Deus</strong> tocou na resistência da carne (cf. Gn<br />

32.25) é que ela se ren<strong>de</strong>u, e surgiu a confissão. Finalmente, o<br />

teimoso lutador admitiu: “Eu sou Jacó”. Isso era tudo quanto <strong>Deus</strong><br />

requeria, e escancarou a porta da bênção divina. A confissão final <strong>de</strong><br />

Jacó era a chave para ele tornar-se a pessoa que <strong>Deus</strong> <strong>de</strong>sejava que<br />

fosse. Por isso, <strong>Deus</strong> disse: “Não se chamará mais o teu nome Jacó,<br />

44

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!