Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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08.05.2013 Views

f As Orações dos Patriarcas e seus Contemporâneas Ouvir a palavra do Senhor, adorar num altar e mostrar fé no Deus Todo-poderoso são elementos inseparáveis nos relatos do Antigo Testamento. Pode haver altares físicos sem uma fé correspondente no sobrenatural, mas é duvidoso que haja fé genuína onde não se ouve a Palavra do Senhor (cf. Rm 10.17) nem se reserva um local de encontro com Deus. Abraão foi identificado por Deus como “meu amigo” (Is 41.8). A amizade indica relação e comunhão íntimas. Estudando a vida desse notabilíssimo patriarca, ficamos admirados diante das evidências de uma contínua intimidade com Deus. Veja a interação entre Deus e Abraão, nesta passagem: Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão, em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Então, disse Abrão: Senhor Jeová, que me hás de dar? Pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer. Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado semente, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro. E eis que veio a palavra do Senhor a ele, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de ti será gerado, esse será o teu herdeiro (Gn 15.1-4). Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito. E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente. Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e faiou Deus com eJe, dizendo: Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é... (Gn 17.1-4) Atente para os sinais de comunhão entre Abraão e Deus, em alguns versículos do capítulo 17 de Génesis: “Disse Deus mais a Abraão...” (v. 15) “E disse Abraão a Deus...” (v. 18) “E disse Deus...” (v. 19) “E acabou de falar com ele e subiu Deus de Abraão” (v. 22) Foi por causa de sua intimidade com Deus que Abraão fez aquela apaixonada intercessão em favor de Sodoma e Gomorra. Ele mantinha uma relação tão vital com Deus, que este compartilhou com Abraão seu próprio coração no tocante àquelas duas cidades: “E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço?” (Gn 18.17) E por causa dessa intimidade, Abraão tornou-se um poderoso intercessor (cf. Gn 18.23-33). Eis como foi lançada a prática da intercessão, posteriormente reforçada pelas instruções do Novo Testamento. Tais raízes tornam esse ministério uma responsabilidade dos servos (e amigos) de Deus até os dias de hoje. 37

Teologia Bíblica da Oração As intercessões de Abraão, embora não tenham impedido que a ira de Deus caísse sobre aquelas cidades extremamente ímpias, serviram para livrar Ló e seus familiares: “E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da campina, Deus se lembrou de Abraão e tirou a Ló do meio da destruição, derribando aquelas cidades em que Ló habitara” (Gn 19-29). Para nós, a lição é a seguinte: toda intercessão significativa só pode se originar de um coração que esteja em perfeita intimidade com os sentimentos e propósitos do coração de Deus. Quando Abraão não orou Embora Abraão tenha sido o paradigma de uma pessoa cheia de fé, ainda assim trazia a carga de sua própria humanidade. Não obstante ter sido elevado a grandes alturas em seu relacionamento com Deus, ainda assim mostrou-se vulnerável ao fracasso, quando não orava. Mais de uma vez Abraão falhou porque presumiu e dependeu de seus próprios recursos. Com sua esposa, ele tentou cumprir a promessa de Deus através de meios humanos: “E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva, porventura, terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai” (Gn 16.2). O resultado desse episódio não foi apenas o nascimento de um filho, Ismael, mas a instauração de uma linhagem que, com frequência, seria um espinho nas ilhargas de Israel (cf. G1 4.22-29). Novamente, em seu encontro com Abimeleque, rei de Gerar (Gn 20), Abraão agiu de acordo com seu próprio conselho; pensou, mas não orou. Temendo por sua vida, ele resolveu dizer que Sara era sua irmã. Quando o logro se tornou conhecido, Abraão racionalizou suas ações. Tentou se explicar, mas nada justifica o agir à parte de Deus-. “Porque eu dizia comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por amor da minha mulher” (Gn 20.11). Por sua insensatez e fracasso, tão contrários ao caráter de um campeão da fé, Abraão criou uma perigosa circunstância para Abimeleque: “Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite e disse-lhe: Eis que morto és por causa da mulher que tomaste; porque ela está casada com marido” (Gn 20.3)- Não podemos sondar a mente de Deus e nem compreender por que tratou tão duramente o rei que, sem querer, tornara-se vítima do logro de Abraão. Mas pelo menos deveríamos aprender que a falta de oração pode nos levar a uma escolha errada, introduzindo-nos num curso de ação que infligirá perdas e danos, não somente a nós, mas também a pessoas inocentes à nossa volta. Apesar de Abraão ter fracassado por sua própria negligência quanto à oração, ele não permitiu que o fracasso desencorajasse outras orações. Pelo contrário, aproveitou-se da oportunidade para 38

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As Orações dos Patriarcas e seus Cont<strong>em</strong>porâneas<br />

Ouvir a palavra do Senhor, adorar num altar e mostrar fé no<br />

<strong>Deus</strong> Todo-po<strong>de</strong>roso são el<strong>em</strong>entos inseparáveis nos relatos do<br />

Antigo Testamento. Po<strong>de</strong> haver altares físicos s<strong>em</strong> uma fé correspon<strong>de</strong>nte<br />

no sobrenatural, mas é duvidoso que haja fé genuína<br />

on<strong>de</strong> não se ouve a Palavra do Senhor (cf. Rm 10.17) n<strong>em</strong> se reserva<br />

um local <strong>de</strong> encontro com <strong>Deus</strong>.<br />

Abraão foi i<strong>de</strong>ntificado por <strong>Deus</strong> como “meu amigo” (Is 41.8). A<br />

amiza<strong>de</strong> indica relação e comunhão íntimas. Estudando a vida <strong>de</strong>sse<br />

notabilíssimo patriarca, ficamos admirados diante das evidências <strong>de</strong><br />

uma contínua intimida<strong>de</strong> com <strong>Deus</strong>. Veja a interação entre <strong>Deus</strong> e<br />

Abraão, nesta passag<strong>em</strong>:<br />

Depois <strong>de</strong>stas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão, <strong>em</strong> visão,<br />

dizendo: Não t<strong>em</strong>as, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo<br />

galardão. Então, disse Abrão: Senhor Jeová, que me hás <strong>de</strong> dar? Pois<br />

ando s<strong>em</strong> filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer.<br />

Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado s<strong>em</strong>ente, e eis que um<br />

nascido na minha casa será o meu her<strong>de</strong>iro. E eis que veio a palavra<br />

do Senhor a ele, dizendo: Este não será o teu her<strong>de</strong>iro; mas aquele<br />

que <strong>de</strong> ti será gerado, esse será o teu her<strong>de</strong>iro (Gn 15.1-4).<br />

Sendo, pois, Abrão da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> noventa e nove anos, apareceu o<br />

Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o <strong>Deus</strong> Todo-po<strong>de</strong>roso; anda <strong>em</strong><br />

minha presença e sê perfeito. E porei o meu concerto entre mim e<br />

ti e te multiplicarei grandissimamente. Então, caiu Abrão sobre o seu<br />

rosto, e faiou <strong>Deus</strong> com eJe, dizendo: Quanto a mim, eis o meu<br />

concerto contigo é... (Gn 17.1-4)<br />

Atente para os sinais <strong>de</strong> comunhão entre Abraão e <strong>Deus</strong>, <strong>em</strong><br />

alguns versículos do capítulo 17 <strong>de</strong> Génesis:<br />

“Disse <strong>Deus</strong> mais a Abraão...” (v. 15)<br />

“E disse Abraão a <strong>Deus</strong>...” (v. 18)<br />

“E disse <strong>Deus</strong>...” (v. 19)<br />

“E acabou <strong>de</strong> falar com ele e subiu <strong>Deus</strong> <strong>de</strong> Abraão”<br />

(v. 22)<br />

Foi por causa <strong>de</strong> sua intimida<strong>de</strong> com <strong>Deus</strong> que Abraão fez aquela<br />

apaixonada intercessão <strong>em</strong> favor <strong>de</strong> Sodoma e Gomorra. Ele mantinha<br />

uma relação tão vital com <strong>Deus</strong>, que este compartilhou com<br />

Abraão seu próprio coração no tocante àquelas duas cida<strong>de</strong>s: “E disse<br />

o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço?” (Gn 18.17) E por causa<br />

<strong>de</strong>ssa intimida<strong>de</strong>, Abraão tornou-se um po<strong>de</strong>roso intercessor (cf. Gn<br />

18.23-33). Eis como foi lançada a prática da intercessão, posteriormente<br />

reforçada pelas instruções do Novo Testamento. Tais raízes<br />

tornam esse ministério uma responsabilida<strong>de</strong> dos servos (e amigos)<br />

<strong>de</strong> <strong>Deus</strong> até os dias <strong>de</strong> hoje.<br />

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