Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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08.05.2013 Views

Teologia Bíblica da Oração Quase sempre estamos a dizer que, antes de podermos conquistar os perdidos para Cristo, temos de primeiro ter uma renovação da graça de Deus entre os membros e o ministério de nossas igrejas — incluindo os pastores. Por certo nenhuma congregação pode ir muito longe na busca do aprimoramento daqueles cujos nomes aparecem no rol de membros de suas igrejas. Mas a experiência tem provado que são desapontadores os nossos esforços na busca de um reavivamento sem o evangelismo... O povo, tal como seus ministros, chegam mais perto de Deus, quando se mostram mais ativos na oração e no trabalho pela salvação de seus parentes, amigos e vizinhos (Burns, Revivais, p. 334). Perguntas para Estudo 1. Qual o centro da vontade final de Deus, e por quê? 2. Em que consiste um reavivamento e por que eles são necessários? 3. Qual o papel da oração no fazer surgir um verdadeiro reavivamento? 4. Qual a relação entre reavivamento e evangelismo? 5. O que houve de especial em relação ao Grande Despertamento da América do Norte? 6. Em que o reavivamento wesleyano foi diferente daqueles que o antecederam? 7. Cite algumas coisas que Finney experimentou e ensinou a respeito do reavivamento. 8. Em que o reavivamento pentecostal do século XX foi diferente daqueles que imediatamente o antecederam? 9. Qual o segredo de um contínuo reavivamento pentecostal? 352

Problemas Analisados chuva, também deveria arar, plantar, cultivar e colher. O estudante que ora para que Deus o ajude em seus exames, também deveria estudar (John Elliot Wishart, The Fact o f Prayer: Its Problem s a n d Possibilities, Nova Iorque: Fleming H. Revell Co., 1927, p. 221). Portanto, visto que Deus vê as coisas muito além do que podemos ver, algumas vezes Ele não responderá nossas petições, porquanto aquilo que pedimos pode, na verdade, nos impedir de receber uma resposta melhor para as nossas necessidades ou desejos. Agostinho, quando jovem, era seguidor do maniqueísmo, seita religiosa sincretista originária da Pérsia. Além disso, vivia uma vida bastante imoral. Quando planejava ir a Roma, sua mãe, a piedosa Mônica, temeu que ali seu filho caísse diante de tentações piores e orou para que Deus não o deixasse ir. Mas, mesmo assim, ele foi. Havendo chegado a Milão, foi influenciado por Ambrósio (bispo de Milão, entre 374 e 397 d.C., eloquente pregador e compositor de hinos, que tinha grande influência política e procurou fazer com que a igreja dominasse sobre o falido Império Romano Ocidental). Foi num jardim dessa cidade que Agostinho ouviu uma voz, dizendo: “Toma e lê”. Imediatamente compreendeu que se tratava da Bíblia. O resultado foi sua conversão a Cristo. Desse modo, foi atendido o real desejo de Mônica, embora não da maneira como ela tinha orado (Wishart, Fact o f Prayer, p. 222; ver também Lindsell, When You Pray, p. 87). Somos gratos, porque Deus pode ver e saber muito além daquilo que podemos ver e saber. Tem também todo o poder e nada lhe é impossível (Gn 18.14; Jr 32.17; Mt 19-26; Lc 18.27). Ele é soberano. Mas não devemos estender a idéia de sua soberania além dos limites estabelecidos pelos ensinamentos da Bíblia. Com base em sua visão da soberania de Deus, os filósofos muçulmanos determinaram que todo o pensamento, ação ou acontecimento é um ato direto de Deus. Não reconhecem a lei da causa e efeito, visto que acreditam que cada evento é causado em separado por Deus. Agostinho e Calvino não chegaram até esse extremo, mas através do seu raciocínio puramente humano, propuseram que, visto que Deus é soberano, Ele tem tudo sob controle e, visto que Ele sabe de tudo, tudo já deve ter sido predestinado com antecedência. Isso levou-os à idéia de que aqueles que estão predestinados à perdição não podem ser salvos e aqueles predestinados à salvação não podem se perder. Essa argumentação tornou sem qualquer sentido algumas advertências das Escrituras (Jo 15.6; Hb 2.1,3; 6.4-6; 10.26-29). Então, alguns levaram mais adiante a idéia da soberania de Deus e começaram a duvidar da validade das orações. Raciocinaram que se Deus 369

Probl<strong>em</strong>as Analisados<br />

chuva, também <strong>de</strong>veria arar, plantar, cultivar e colher. O estudante<br />

que ora para que <strong>Deus</strong> o aju<strong>de</strong> <strong>em</strong> seus exames, também <strong>de</strong>veria<br />

estudar (John Elliot Wishart, The Fact o f Prayer: Its Probl<strong>em</strong> s a n d<br />

Possibilities, Nova Iorque: Fl<strong>em</strong>ing H. Revell Co., 1927, p. 221).<br />

Portanto, visto que <strong>Deus</strong> vê as coisas muito além do que<br />

po<strong>de</strong>mos ver, algumas vezes Ele não respon<strong>de</strong>rá nossas petições,<br />

porquanto aquilo que pedimos po<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong>, nos impedir <strong>de</strong><br />

receber uma resposta melhor para as nossas necessida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong>sejos.<br />

Agostinho, quando jov<strong>em</strong>, era seguidor do maniqueísmo, seita<br />

religiosa sincretista originária da Pérsia. Além disso, vivia uma vida<br />

bastante imoral. Quando planejava ir a Roma, sua mãe, a piedosa<br />

Mônica, t<strong>em</strong>eu que ali seu filho caísse diante <strong>de</strong> tentações piores e<br />

orou para que <strong>Deus</strong> não o <strong>de</strong>ixasse ir. Mas, mesmo assim, ele foi.<br />

Havendo chegado a Milão, foi influenciado por Ambrósio (bispo <strong>de</strong><br />

Milão, entre 374 e 397 d.C., eloquente pregador e compositor <strong>de</strong><br />

hinos, que tinha gran<strong>de</strong> influência política e procurou fazer com<br />

que a igreja dominasse sobre o falido Império Romano Oci<strong>de</strong>ntal).<br />

Foi num jardim <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> que Agostinho ouviu uma voz, dizendo:<br />

“Toma e lê”. Imediatamente compreen<strong>de</strong>u que se tratava da<br />

Bíblia. O resultado foi sua conversão a Cristo. Desse modo, foi<br />

atendido o real <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Mônica, <strong>em</strong>bora não da maneira como ela<br />

tinha orado (Wishart, Fact o f Prayer, p. 222; ver também Lindsell,<br />

When You Pray, p. 87).<br />

Somos gratos, porque <strong>Deus</strong> po<strong>de</strong> ver e saber muito além<br />

daquilo que po<strong>de</strong>mos ver e saber. T<strong>em</strong> também todo o po<strong>de</strong>r e<br />

nada lhe é impossível (Gn 18.14; Jr 32.17; Mt 19-26; Lc 18.27). Ele<br />

é soberano. Mas não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os esten<strong>de</strong>r a idéia <strong>de</strong> sua soberania<br />

além dos limites estabelecidos pelos ensinamentos da Bíblia. Com<br />

base <strong>em</strong> sua visão da soberania <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, os filósofos muçulmanos<br />

<strong>de</strong>terminaram que todo o pensamento, ação ou acontecimento é<br />

um ato direto <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Não reconhec<strong>em</strong> a lei da causa e efeito,<br />

visto que acreditam que cada evento é causado <strong>em</strong> separado por<br />

<strong>Deus</strong>.<br />

Agostinho e Calvino não chegaram até esse extr<strong>em</strong>o, mas através<br />

do seu raciocínio puramente humano, propuseram que, visto que<br />

<strong>Deus</strong> é soberano, Ele t<strong>em</strong> tudo sob controle e, visto que Ele sabe <strong>de</strong><br />

tudo, tudo já <strong>de</strong>ve ter sido pre<strong>de</strong>stinado com antecedência. Isso<br />

levou-os à idéia <strong>de</strong> que aqueles que estão pre<strong>de</strong>stinados à perdição<br />

não po<strong>de</strong>m ser salvos e aqueles pre<strong>de</strong>stinados à salvação não po<strong>de</strong>m<br />

se per<strong>de</strong>r. Essa argumentação tornou s<strong>em</strong> qualquer sentido algumas<br />

advertências das Escrituras (Jo 15.6; Hb 2.1,3; 6.4-6; 10.26-29). Então,<br />

alguns levaram mais adiante a idéia da soberania <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> e começaram<br />

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