Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Intervenção A ngelical Os Anjos e a Oração no Novo Testamento As intervenções angelicais não se confinam ao Antigo Testamento. De fato, são notavelmente comuns os relatos de aparição de anjos na época do Novo Testamento. Na maioria das vezes, esses aparecimentos angelicais ocorriam como resultado direto da oração. Mas havia também ocasiões em que os anjos eram enviados em alguma missão especial inteiramente independente de qualquer oração feita pelos santos, como por exemplo, os anjos que apareceram no túmulo vazio de Jesus (Lc 24.4,5). Os anjos jamais se ocupam com coisas triviais. Quando aparecem, é com algum propósito muito importante. “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho” (Gl 4.4). Contudo, havia muito mais no advento do Messias do que uma simples declaração desse evento. Houve profecia e preparação. Um precursor para o Salvador fazia parte do grandioso plano de salvação e um anjo desempenhou um importante papel, ao anunciar o evento. Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel. E eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade. E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso. E toda a multidão do povo estava fora, orando, à hora do incenso; e um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso. E Zacarias, vendoo, turbou-se, e caiu temor sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João; e terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à pmdência dos justos; com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto. Disse então Zacarias ao anjo: Como saberei isto? pois eu já sou velho, e minha mulher avançada em idade. E, respondendo o anjo, disse- lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a . falar-te e dar-te estas alegres novas (Lc 1.5-15,17-19). Não se pode afirmar categoricamente que a oração de Zacarias, ou mesmo a oração do povo, tenha precipitado a aparição angelical, 329

Teologia Bíblica da Oração embora não haja dúvidas de que a oração armou o palco para esse acontecimento sobrenatural. O povo estava orando do lado de fora do Templo (Lc 1.10), enquanto que lá dentro, no Santo Lugar, Zacarias oferecia incenso (uma forma de oração) em cumprimento à sua função sacerdotal no Templo de Jerusalém. O anjo que apareceu a Zacarias era Gabriel (Lc 1.19),. que se identificou sem que se pedisse que o fizesse. Havia sido enviado por Deus com a missão especial de anunciar aquelas “alegres novas” (Lc 1.19). A Zacarias, pois, o anjo revelou: “A tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João” (Lc 1.13). A natureza da oração de Zacarias é incerta. Estaria ele orando por um filho (Lc 1.6,7) ou pela redenção de Israel (Lc 1.16,17)? Seja como for, o nascimento de João Batista foi uma resposta às duas orações. De acordo com a Bíblia, nós, os crentes, vivemos rodeados de anjos, enviados por Deus para nos guardar (Sl 91.11). Contudo, em nosso viver diário, não notamos a presença deles. Zacarias e outros santos que figuram nas Escrituras possuíam esse tipo de sensibilidade e receptividade, que só têm aqueles que vivem engajados em constante oração. Jesus foi ajudado pelo ministério dos anjos. No jardim do Getsêmani, às vésperas de sua morte sacrificial por nossos pecados, nosso Senhor orou a mais intensa e agonizante oração de toda a sua missão terrena. Enfrentava ali a incomensurável agonia de ser feito pecado por nós, uma carga que nenhum ser humano seria capaz de suportar (2 Co 5.21; a palavra “pecado”, no original hebraico, também significa uma oferta pelo pecado, veja Is 53-10). Os crentes contam com a seguinte promessa: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10.13)- Em face do peso quase insuportável que Jesus teve de levar, Ele também foi tentado, mas não acima do seu limite de resistência. Deus providenciou um escape para que Jesus pudesse suportar a tentação, enviando um anjo para fortalecê-lo: “E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálix, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc 22.41-43). Que tremendo encorajamento isso representa para nós, quando nos defrontamos com as impossibilidades da vida. Em tais situações, não há dúvida de que podemos contar com Deus, que enviará os seus anjos “para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). Nos momentos de nossa maior necessidade, a oração gera uma força que está além da capacidade humana, a qual vem por intermédio de um anjo ou através do ministério do bendito Espírito Santo. 330

Intervenção A ngelical<br />

Os Anjos e a Oração no Novo Testamento<br />

As intervenções angelicais não se confinam ao Antigo Testamento.<br />

De fato, são notavelmente comuns os relatos <strong>de</strong> aparição <strong>de</strong> anjos<br />

na época do Novo Testamento. Na maioria das vezes, esses aparecimentos<br />

angelicais ocorriam como resultado direto da oração. Mas<br />

havia também ocasiões <strong>em</strong> que os anjos eram enviados <strong>em</strong> alguma<br />

missão especial inteiramente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> qualquer oração feita<br />

pelos santos, como por ex<strong>em</strong>plo, os anjos que apareceram no túmulo<br />

vazio <strong>de</strong> Jesus (Lc 24.4,5).<br />

Os anjos jamais se ocupam com coisas triviais. Quando aparec<strong>em</strong>,<br />

é com algum propósito muito importante. “Mas, vindo a<br />

plenitu<strong>de</strong> dos t<strong>em</strong>pos, <strong>Deus</strong> enviou seu Filho” (Gl 4.4). Contudo,<br />

havia muito mais no advento do Messias do que uma simples<br />

<strong>de</strong>claração <strong>de</strong>sse evento. Houve profecia e preparação. Um precursor<br />

para o Salvador fazia parte do grandioso plano <strong>de</strong> salvação e um<br />

anjo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhou um importante papel, ao anunciar o evento.<br />

Existiu, no t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Hero<strong>de</strong>s, rei da Judéia, um sacerdote chamado<br />

Zacarias, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Abias, e cuja mulher era das filhas <strong>de</strong><br />

Arão; e o seu nome era Isabel. E eram ambos justos perante <strong>Deus</strong>,<br />

andando s<strong>em</strong> repreensão <strong>em</strong> todos os mandamentos e preceitos<br />

do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos<br />

eram avançados <strong>em</strong> ida<strong>de</strong>. E aconteceu que, exercendo ele o<br />

sacerdócio diante <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, na or<strong>de</strong>m da sua turma, segundo o<br />

costume sacerdotal, coube-lhe <strong>em</strong> sorte entrar no t<strong>em</strong>plo do Senhor<br />

para oferecer o incenso. E toda a multidão do povo estava<br />

fora, orando, à hora do incenso; e um anjo do Senhor lhe apareceu,<br />

posto <strong>em</strong> pé, à direita do altar do incenso. E Zacarias, vendoo,<br />

turbou-se, e caiu t<strong>em</strong>or sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias,<br />

não t<strong>em</strong>as, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher,<br />

dará à luz um filho, e lhe porás o nome <strong>de</strong> João; e terás prazer e<br />

alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será<br />

gran<strong>de</strong> diante do Senhor, e não beberá vinho, n<strong>em</strong> bebida forte, e<br />

será cheio do Espírito Santo, já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ventre <strong>de</strong> sua mãe. E irá<br />

adiante <strong>de</strong>le no espírito e virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Elias, para converter os<br />

corações dos pais aos filhos, e os rebel<strong>de</strong>s à pmdência dos justos;<br />

com o fim <strong>de</strong> preparar ao Senhor um povo b<strong>em</strong> disposto. Disse<br />

então Zacarias ao anjo: Como saberei isto? pois eu já sou velho, e<br />

minha mulher avançada <strong>em</strong> ida<strong>de</strong>. E, respon<strong>de</strong>ndo o anjo, disse-<br />

lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, e fui enviado a .<br />

falar-te e dar-te estas alegres novas (Lc 1.5-15,17-19).<br />

Não se po<strong>de</strong> afirmar categoricamente que a oração <strong>de</strong> Zacarias,<br />

ou mesmo a oração do povo, tenha precipitado a aparição angelical,<br />

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