Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

adpaudalho.com.br
from adpaudalho.com.br More from this publisher
08.05.2013 Views

Intervenção Angelical Bíblia em que um anjo é identificado por nome). Conforme acontecia comumente nas aparições angelicais no Antigo Testamento, Daniel sentiu um apavorante medo, e não sem razão, porquanto estava defronte de um ser apenas um pouco inferior a Deus. Ele sabia que nenhum ser humano podia ver a Deus e viver. Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me à hora do sacrifício da tarde. E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; toma pois bem sentido na palavra, e entende a visão (Dn 9.21-23). Mais uma vez, Gabriel apareceu como um “homem” ou como uma “pessoa”, conforme o termo hebraico ’ish pode significar. Exatamente como em sua primeira aparição, sua missão era fazer Daniel “entender o sentido”. Embora o anjo que veio a Daniel tenha trazido uma revelação divina e novas verdades, as aparições angelicais hoje em dia visam outros propósitos. Portanto, quer se trate do anjo Moroni, do Mormonismo, ou de qualquer outro anjo que afirme acrescentar ou tirar alguma revelação da Bíblia, tal ser deve ser denunciado e rejeitado. O apóstolo Paulo afirmou com ousadia: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (G11.8). Satanás, o qual se “transfigura em anjo de luz” (2 Co 11.14), continua empregando seus anjos maus para impedir e destruir a obra de Deus. Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas completas. E levantei os meus olhos, e olhei, e vi um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz; e o seu corpo era como turquesa, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés como cor de bronze açacalado; e a voz das suas palavras como a voz duma multidão. Só eu, Daniel, vi aquela visão; os homens que estavam comigo não a viram; não obstante, caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se. Fiquei pois eu só, e vi esta grande visão, e não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma. Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo a voz das suas palavras, eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido. E eis que uma mão me tocou, e fez que me movesse sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos. E me disse: Daniel, homem mui desejado, está atento às palavras que te vou dizér, e levanta-te sobre os teus pés; porque eis que te sou 327

Teologia Bíblica da Oração enviado. E, falando ele comigo esta palavra, eu estava tremendo. Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. Agora vim, para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias” (Dn 10.2,5-14). Essa última aparição angelical a Daniel, como em cada uma das vezes anteriores, seguiu-se a um prolongado e intenso período de jejum e oração. A descrição que Daniel fez do ser celestial tem paralelos com o “filho do homem” que o apóstolo João viu (Ap 1.13-15). Qualquer que seja a identidade do mensageiro enviado a Daniel — quer tenha sido o próprio Senhor, ou, mais provavelmente, Gabriel, que já lhe aparecera duas vezes — era um emissário que lhe trazia notícias do outro mundo (Hb 1.14). Esta experiência do visitante angelical a Daniel, em resposta à sua oração por entendimento, tem um profundo significado. Quando oramos com fervor, Deus pode imediatamente enviar um anjo para nos trazer a resposta. No entanto, até mesmo anjos poderosos poderão ter de guerrear contra forças invisíveis que combatem e resistem aos mensageiros da misericórdia divina. A existência de seres malignos extremamente poderosos é real. Neste caso que estamos analisando, havia um ser maligno chamado de “o príncipe do reino da Pérsia” (Dn 10.13). Tão poderoso era ele que retardou a resposta da oração de Daniel por vinte e um dias. Durante esse tempo, um segundo anjo, de nome Miguel, foi despachado com a missão de ajudar a levar a resposta a Daniel. (Miguel, cujo nome significa “Quem é como Deus?”, é o outro anjo identificado por nome na Bíblia. Judas 9 chama-o de “arcanjo” ou “anjo-chefe”.) Com Miguel tomando conta do conflito, Gabriel viu-se livre para cumprir as ordens de Deus para com Daniel. Os seres humanos fazem pouca ou nenhuma idéia da batalha que ocorre nas regiões celestes em relação aos acontecimentos e às pessoas aqui na terra. É provável que Paulo estivesse se referindo a tal conflito, quando escreveu: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). 328

Intervenção Angelical<br />

Bíblia <strong>em</strong> que um anjo é i<strong>de</strong>ntificado por nome). Conforme acontecia<br />

comumente nas aparições angelicais no Antigo Testamento, Daniel<br />

sentiu um apavorante medo, e não s<strong>em</strong> razão, porquanto estava<br />

<strong>de</strong>fronte <strong>de</strong> um ser apenas um pouco inferior a <strong>Deus</strong>. Ele sabia que<br />

nenhum ser humano podia ver a <strong>Deus</strong> e viver.<br />

Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que<br />

eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente,<br />

e tocou-me à hora do sacrifício da tar<strong>de</strong>. E me instruiu, e<br />

falou comigo, e disse: Daniel, agora saí para fazer-te enten<strong>de</strong>r o<br />

sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a or<strong>de</strong>m, e eu vim,<br />

para to <strong>de</strong>clarar, porque és mui amado; toma pois b<strong>em</strong> sentido na<br />

palavra, e enten<strong>de</strong> a visão (Dn 9.21-23).<br />

Mais uma vez, Gabriel apareceu como um “hom<strong>em</strong>” ou como uma<br />

“pessoa”, conforme o termo hebraico ’ish po<strong>de</strong> significar. Exatamente<br />

como <strong>em</strong> sua primeira aparição, sua missão era fazer Daniel “enten<strong>de</strong>r<br />

o sentido”. Embora o anjo que veio a Daniel tenha trazido uma<br />

revelação divina e novas verda<strong>de</strong>s, as aparições angelicais hoje <strong>em</strong> dia<br />

visam outros propósitos. Portanto, quer se trate do anjo Moroni, do<br />

Mormonismo, ou <strong>de</strong> qualquer outro anjo que afirme acrescentar ou<br />

tirar alguma revelação da Bíblia, tal ser <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>nunciado e rejeitado.<br />

O apóstolo Paulo afirmou com ousadia: “Mas, ainda que nós mesmos<br />

ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos<br />

tenho anunciado, seja anát<strong>em</strong>a” (G11.8). Satanás, o qual se “transfigura<br />

<strong>em</strong> anjo <strong>de</strong> luz” (2 Co 11.14), continua <strong>em</strong>pregando seus anjos maus<br />

para impedir e <strong>de</strong>struir a obra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />

Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três s<strong>em</strong>anas completas.<br />

E levantei os meus olhos, e olhei, e vi um hom<strong>em</strong> vestido <strong>de</strong> linho,<br />

e os seus lombos cingidos com ouro fino <strong>de</strong> Ufaz; e o seu corpo<br />

era como turquesa, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus<br />

olhos como tochas <strong>de</strong> fogo, e os seus braços e os seus pés como<br />

cor <strong>de</strong> bronze açacalado; e a voz das suas palavras como a voz<br />

duma multidão. Só eu, Daniel, vi aquela visão; os homens que<br />

estavam comigo não a viram; não obstante, caiu sobre eles um<br />

gran<strong>de</strong> t<strong>em</strong>or, e fugiram, escon<strong>de</strong>ndo-se. Fiquei pois eu só, e vi<br />

esta gran<strong>de</strong> visão, e não ficou força <strong>em</strong> mim; e transmudou-se <strong>em</strong><br />

mim a minha formosura <strong>em</strong> <strong>de</strong>smaio, e não retive força alguma.<br />

Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo a voz das suas<br />

palavras, eu caí com o meu rosto <strong>em</strong> terra, profundamente adormecido.<br />

E eis que uma mão me tocou, e fez que me movesse<br />

sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos. E me<br />

disse: Daniel, hom<strong>em</strong> mui <strong>de</strong>sejado, está atento às palavras que te<br />

vou dizér, e levanta-te sobre os teus pés; porque eis que te sou<br />

327

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!