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Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Teologia Bíblica da Oração<br />

Embora o termo “oração” não seja usado na narrativa <strong>de</strong> Adão e<br />

Eva, a comunicação entre <strong>Deus</strong> e estas duas pessoas, criadas à sua<br />

imag<strong>em</strong>, é clara e evi<strong>de</strong>nte. Dev<strong>em</strong>os observar ainda que estes<br />

primeiros seres humanos se comunicaram não somente com <strong>Deus</strong>,<br />

mas também com o anjo caído, Satanás (cf. Gn 3-2-5; Ap 12.9; 20.2).<br />

Tanto <strong>Deus</strong> quanto Satanás dirig<strong>em</strong> palavras aos seres humanos;<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os apren<strong>de</strong>r a discernir entre os dois. A oração eficaz está<br />

alicerçada sobre aquilo que <strong>Deus</strong> diz, sua Palavra, mas po<strong>de</strong> ser<br />

impedida se escutarmos o que Satanás t<strong>em</strong> a dizer.<br />

Quando ouv<strong>em</strong> Satanás, as pessoas lançam uma barreira <strong>de</strong><br />

comunicação entre elas e o <strong>Deus</strong> que <strong>de</strong>seja abençoá-las. Embora<br />

<strong>Deus</strong> andasse com Adão e Eva — Ele “passeava no jardim pela<br />

viração do dia” (Gn 3-8) — , eles não pu<strong>de</strong>ram tolerar uma comunhão<br />

tão íntima após a queda no pecado. Suas consciências os<br />

levaram a uma tentativa inútil <strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r-se.<br />

A brecha entre <strong>Deus</strong> e os pecadores não terá r<strong>em</strong>édio enquanto<br />

eles, por sua própria confissão, não possibilitar<strong>em</strong> a abertura da<br />

porta da misericórdia: “[Adão] disse: Ouvi a tua voz soar no jardim,<br />

e t<strong>em</strong>i, porque estava nu, e escondi-me. E fez o Senhor <strong>Deus</strong> a Adão<br />

e a sua mulher túnicas <strong>de</strong> peles e os vestiu” (Gn 3-10,21).<br />

Sete<br />

Como a Bíblia é praticamente silenciosa acerca <strong>de</strong> qualquer<br />

oração feita por Adão e Eva, sugere-se que por um período <strong>de</strong><br />

t<strong>em</strong>po, seguindo-se à sua queda e expulsão do É<strong>de</strong>n, tenha cessado<br />

a invocação a <strong>Deus</strong>: “A Sete mesmo também nasceu um filho; e<br />

chamou o seu nome Enos; então, se começou a invocar o nome do<br />

Senhor” (Gn 4.26).<br />

Parece ter havido alguma conexão entre o nome dado por Sete a<br />

seu filho e o fato <strong>de</strong> as pessoas ter<strong>em</strong> começado a invocar o nome do<br />

Senhor, porquanto “Enos” significa “hom<strong>em</strong>” ou “povo”, enfatizando<br />

que as pessoas são mortais e limitadas. Tomara-se óbvio que a morte<br />

era o <strong>de</strong>stino comum da humanida<strong>de</strong>. As pessoas daquela geração já<br />

haviam tomado consciência <strong>de</strong> suas limitações e da fragilida<strong>de</strong> da<br />

natureza humana. E talvez também já tivess<strong>em</strong> se conscientizado <strong>de</strong><br />

que havia <strong>em</strong>pecilhos <strong>em</strong> seu relacionamento com <strong>Deus</strong>. Essa<br />

conscientização é frequent<strong>em</strong>ente a precursora tanto da busca como da<br />

renovação espiritual. Foi exatamente este o caso <strong>de</strong> Sete, quando os<br />

homens começaram a “invocar o nome do Senhor”. T<strong>em</strong>os aqui um<br />

princípio básico da oração: o reconhecimento da necessida<strong>de</strong> que nos<br />

ro<strong>de</strong>ia é o pré-requisito para uma invocação significativa <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />

O original hebraico para o termo “invocar” significa não somente<br />

buscar uma bênção no nome do Senhor, mas chamar-se a si<br />

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