Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
1 A Oração em Hebreus e nas Epístolas Gerais Entretanto, como consequência disso, as orações da esposa também são impedidas ou bloqueadas por causa de conflitos, abusos ou falta de amor por parte dela. Como companheiros em sua peregrinação espiritual, marido e mulher devem fazer todo o possível para encorajarem-se um ao outro e ajudarem-se mutuamente. Juntos, os dois devem resguardar-se contra desacordos e confrontos domésticos que se estendem indefinidamente (Ef 4.26). Ambos precisam estar alertas, a fim de que coisa alguma que aconteça entre eles prejudique suas orações particulares, suas orações domésticas e, especialmente, as orações um pelo outro (1 Co 7.5). Quando as relações familiares estão em harmonia e são edificantes, as orações do líder espiritual do lar, bem como as de qualquer outro membro da família, são eficazes. Pedro adiciona ainda outro empecilho às nossas orações: o orgulho. Duvida-se que haja outro obstáculo maior do que este. O orgulho é inimigo de toda a oração. Ele coloca a pessoa à frente de Deus. Enevoa a visão das pessoas e perverte os seus valores. Promove a divisão e atrai o desprazer divino — pois Deus faz oposição ao orgulhoso. Em lugar do orgulho, a humildade é a veste dos crentes sinceros. Semelhantemente vós, mancebos, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (1 Pe 5.5-7). A humildade é vital às nossas orações. Não ousemos, pois, negligenciá-la. A verdadeira humildade é mais do que proferir palavras. É uma gentileza que geralmente se reflete quando o mais jovem se submete ao mais velho e os crentes se submetem uns aos outros. É uma vestimenta exterior que anuncia uma virtude interior. No tempo do Novo Testamento, os escravos amarravam um pano branco ou um avental sobre suas vestes, para que todos soubessem que eles eram escravos (Charles Bigg, A C riticai a n d Exegetical Com m entary on theEpistles o f St. P etera n d St.fude, The International Criticai Commentary, Edimburgo, T. & T. Clarke, 1902, p. 191; J. N. D. Kelly, A C om m entary on the Epistles o f P eter a n d Ju d e, Nova Iorque: Harper & Row, 1969, p. 206). Os crentes que usam o pano da humildade estão enfaticamente anunciando: “Somos servos de Cristo Jesus”, seguindo-o no espírito de João 13-4,5. A humildade é tão alienígena à auto-exaltada natureza humana, que o crente deve se esforçar constantemente por manter essa virtude cristã. O orgulho advoga a independência e a auto-suficiência, e 311
Teologia Bíblica da Oração reluta em reconhecer a necessidade da intervenção divina nos assun- tos pessoais. Nos mais jovens e inexperientes, o orgulho encoraja a insubordinação e a rebeldia; nos líderes, encoraja o despotismo. Mas a humildade, originária da auto-negação (Mc 8.34), reconhece a total dependência de Deus, sem importar qual seja a esfera de atividades que alguém ocupe nesta vida. Uma boa maneira do crente humilhar-se a si mesmo aparece no versículo 7, de 1 Pedro 5: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. A pessoa orgulhosa, auto- suficiente, nunca pede a ajuda de ninguém, nem mesmo de Deus. Por conseguinte, o próprio ato de lançarmos a nossa ansiedade sobre Deus exprime a nóssa dependência e necessidade da ajuda dEle. O máximo em termos de submissão e humildade é a outorga a Deus a partir das perplexidades, dos problemas e das dificuldades da vida, pois Ele verdadeiramente cuida e pode transformar todas essas coisas para o nosso benefício e crescimento espiritual. “Ansiedade” (no grego, merimnd) fala de uma preocupação exagerada. A ansiedade puxa os nossos pensamentos e emoções em diversas direções ao mesmo tempo, resultando em excessiva preocupação, desassossego, apreensão, tensão e aflição. Isso mostra uma ausência de confiança em Deus e é frequentemente o resultado de buscas ambiciosas pelas coisas materiais, pelo poder mundano ou por status. Portanto, humilhamo-nos indo a Deus em oração, lançando sobre Ele toda a nossa carga de ansiedades, preocupações, tristezas e perplexidades. E o fazemos por um bom motivo — porquanto Ele cuida de nós. “Cuidar”, como verbo impessoal (no grego, melei), significa “ter uma preocupação genuína que se agrada em fazer algo com carinho”. Deus se importa conosco. Por essa razão, entendemos que Ele se interessa pelas ansiedades que nos sobrecarregam, indo ao ponto de, quando as apresentamos a Ele, Ele se junta a nós para levá-las ou Ele mesmo as leva em si (Mt 8.17; 11.28-30). Outro evidente empecilho à oração é o pecado. Toda e qualquer oração eficaz feita por crentes é governada pela comunhão e pelo relacionamento, primeiramente com Deus e depois com os irmãos na fé. Pecado, iniquidade, maldade são arquiinimigos dessa comunhão, pelo que temos de lidar com eles de forma adequada. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos 312
- Page 251 and 252: Teologia Bíblica da Oração Visto
- Page 253 and 254: Teologia Bíblica da Oração neces
- Page 255 and 256: Teologia Bíblica da Oração crent
- Page 257 and 258: Teologia Bíblica da Oração ; Ora
- Page 259 and 260: Teologia Bíblica da Oração atmos
- Page 261 and 262: Capítulo Doze Paulo na Oração 2-
- Page 263 and 264: Paulo na Oração - 2 a Parte Os cr
- Page 265 and 266: Paulo na Oração - 2 - Parte são
- Page 267 and 268: Paulo na Oração - 2 B Parte conce
- Page 269 and 270: Paulo na Oração - 2 - Parte A seg
- Page 271 and 272: Paulo na Oração - 2 e Parte Em qu
- Page 273 and 274: Paulo na Oração - 2 a Parte (Rm 2
- Page 275 and 276: Paulo na Oração - 2 a Parte dade
- Page 277 and 278: Paulo na Oração - 2- Parte Ganhar
- Page 279 and 280: Paulo na Oração - 2 a Parte Ousar
- Page 281 and 282: Paulo na Oração - 2 a Parte se de
- Page 283 and 284: Paulo na Oração - 2 3 Parte chego
- Page 285 and 286: Paulo na Oração - 2 3 Parte A ora
- Page 287 and 288: Paulo na Oração - 2 a Parte Há u
- Page 289 and 290: Paulo na Oração - 2 B Parte maior
- Page 291 and 292: Teologia Bíblica da Oração graç
- Page 293 and 294: Teologia Bíblica da Oração no en
- Page 295 and 296: Teologia Bíblica da Oração açã
- Page 297 and 298: Teologia Bíblica da Oraçao oraç
- Page 299 and 300: Teologia Bíblica da Oração Códe
- Page 301: Teologia Bíblica da Oração Em se
- Page 305 and 306: Teologia Bíblica da Oração diant
- Page 307 and 308: Teologia Bíblica da Oração impl
- Page 309 and 310: PARTE 3: A ORAÇÃO NA PRÁTICA CON
- Page 311 and 312: Teologia Bíblica da Oração respo
- Page 313 and 314: Teologia Bíblica da Oração para
- Page 315 and 316: Teologia Bíblica da Oração Apesa
- Page 317 and 318: Teologia Bíblica da Oração hebra
- Page 319 and 320: Teologia Bíblica da Oração envia
- Page 321 and 322: Teologia Bíblica da Oração embor
- Page 323 and 324: Teologia Bíblica da Oração para
- Page 325 and 326: Teologia Bíblica da Oração E, ha
- Page 327 and 328: Capítulo Quinze Oração e Reaviva
- Page 329 and 330: Oração e Reavivamento ria por nó
- Page 331 and 332: Oração e Reavivamento pre pudesse
- Page 333 and 334: Oração e Reavivamento o Grande De
- Page 335 and 336: Oração e Reavivamento na violênc
- Page 337 and 338: Oração e Reavivamento Williams. A
- Page 339 and 340: Oração e Reavivamento desvio, tem
- Page 341 and 342: Oração e Reavivamento quer que lh
- Page 343 and 344: Problemas Analisados chuva, também
- Page 345 and 346: Problemas Analisados Elect in the S
- Page 347 and 348: Problemas Analisados pessoa faça i
- Page 349 and 350: Apêndice Um A Importância da Ora
- Page 351 and 352: A pêndice Um Daquele dia em diante
Teologia Bíblica da Oração<br />
reluta <strong>em</strong> reconhecer a necessida<strong>de</strong> da intervenção divina nos assun-<br />
tos pessoais. Nos mais jovens e inexperientes, o orgulho encoraja a<br />
insubordinação e a rebeldia; nos lí<strong>de</strong>res, encoraja o <strong>de</strong>spotismo. Mas<br />
a humilda<strong>de</strong>, originária da auto-negação (Mc 8.34), reconhece a total<br />
<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, s<strong>em</strong> importar qual seja a esfera <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />
que alguém ocupe nesta vida.<br />
Uma boa maneira do crente humilhar-se a si mesmo aparece no<br />
versículo 7, <strong>de</strong> 1 Pedro 5: “Lançando sobre ele toda a vossa ansieda<strong>de</strong>,<br />
porque ele t<strong>em</strong> cuidado <strong>de</strong> vós”. A pessoa orgulhosa, auto-<br />
suficiente, nunca pe<strong>de</strong> a ajuda <strong>de</strong> ninguém, n<strong>em</strong> mesmo <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />
Por conseguinte, o próprio ato <strong>de</strong> lançarmos a nossa ansieda<strong>de</strong> sobre<br />
<strong>Deus</strong> exprime a nóssa <strong>de</strong>pendência e necessida<strong>de</strong> da ajuda dEle. O<br />
máximo <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> submissão e humilda<strong>de</strong> é a outorga a <strong>Deus</strong> a<br />
partir das perplexida<strong>de</strong>s, dos probl<strong>em</strong>as e das dificulda<strong>de</strong>s da vida,<br />
pois Ele verda<strong>de</strong>iramente cuida e po<strong>de</strong> transformar todas essas coisas<br />
para o nosso benefício e crescimento espiritual.<br />
“Ansieda<strong>de</strong>” (no grego, merimnd) fala <strong>de</strong> uma preocupação exagerada.<br />
A ansieda<strong>de</strong> puxa os nossos pensamentos e <strong>em</strong>oções <strong>em</strong> diversas<br />
direções ao mesmo t<strong>em</strong>po, resultando <strong>em</strong> excessiva preocupação, <strong>de</strong>sassossego,<br />
apreensão, tensão e aflição. Isso mostra uma ausência <strong>de</strong><br />
confiança <strong>em</strong> <strong>Deus</strong> e é frequent<strong>em</strong>ente o resultado <strong>de</strong> buscas ambiciosas<br />
pelas coisas materiais, pelo po<strong>de</strong>r mundano ou por status. Portanto,<br />
humilhamo-nos indo a <strong>Deus</strong> <strong>em</strong> oração, lançando sobre Ele toda a nossa<br />
carga <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>s, preocupações, tristezas e perplexida<strong>de</strong>s. E o faz<strong>em</strong>os<br />
por um bom motivo — porquanto Ele cuida <strong>de</strong> nós.<br />
“Cuidar”, como verbo impessoal (no grego, melei), significa “ter<br />
uma preocupação genuína que se agrada <strong>em</strong> fazer algo com carinho”.<br />
<strong>Deus</strong> se importa conosco. Por essa razão, enten<strong>de</strong>mos que Ele<br />
se interessa pelas ansieda<strong>de</strong>s que nos sobrecarregam, indo ao ponto<br />
<strong>de</strong>, quando as apresentamos a Ele, Ele se junta a nós para levá-las<br />
ou Ele mesmo as leva <strong>em</strong> si (Mt 8.17; 11.28-30).<br />
Outro evi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong>pecilho à oração é o pecado. Toda e qualquer<br />
oração eficaz feita por crentes é governada pela comunhão e<br />
pelo relacionamento, primeiramente com <strong>Deus</strong> e <strong>de</strong>pois com os<br />
irmãos na fé. Pecado, iniquida<strong>de</strong>, malda<strong>de</strong> são arquiinimigos <strong>de</strong>ssa<br />
comunhão, pelo que t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> lidar com eles <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada.<br />
Se dissermos que t<strong>em</strong>os comunhão com ele, e andarmos <strong>em</strong><br />
trevas, mentimos, e não praticamos a verda<strong>de</strong>. Mas, se andarmos<br />
na luz, como ele na luz está, t<strong>em</strong>os comunhão uns com os outros,<br />
e o sangue <strong>de</strong> Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica <strong>de</strong> todo o<br />
pecado. Se dissermos que não t<strong>em</strong>os pecado, enganamo-nos a<br />
nós mesmos, e não há verda<strong>de</strong> <strong>em</strong> nós. Se confessarmos os nossos<br />
312