Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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08.05.2013 Views

A Oraçao em H ebreus e nas Epístolas Gerais tempos para orar nas aflições e também tempos para cantar louvores nas alegrias. Não devemos negligenciar nem uma coisa nem outra. Contudo, visto que a natureza humana parece ter uma maior tendência em manifestar a queixa do que a gratidão, devemos dar especial atenção aos louvores. O livro de Salmos está repleto de exortações para que entoemos louvores (SI 32.11; 33.1-3; 81.1,2; 89-1; 92.1-4; 98.4- 6; 100.1; 101.1; 144.9; 149.1,5; 150.6, só para exemplificar). Precisamos louvar a Deus por suas maravilhosas obras, pelos céus que declaram a glória de Deus, pelos lindos pores-do-sol, pelas belezas da natureza e, acima de tudo, pelas bênçãos da salvação. Também não podemos nos esquecer das bênçãos de todos os dias, como a bênção de amigos fiéis, de uma boa refeição, do término de uma tarefa realizada e de tantas outras coisas que, no mais das vezes, tomamos como assuntos corriqueiros. “Está alguém entre vós doente?” (Tg 5.14) “Doente” (no grego, astheneó) significa, literalmente, “sem força”, “sem resistência”, “sem ação”. Pode incluir a idéia de estar enfermo, debilitado, incapacitado, fraco ou, em alguns contextos, de ser tímido, espiritualmente fraco ou moralmente fraco. Enquanto que o crente que está em aflição deve orar por si mesmo, o doente é instruído a chamar (convidar, apelar para) os presbíteros da igreja para orarem “sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor”. Obviamente, a pessoa enferma precisa do apoio da oração dos outros crentes, pois em tal período de fraqueza, frequentemente tanto física quanto espiritual, pode ser que ela esteja incapacitada de exercer a fé necessária para obter a cura. Os presbíteros (no grego, presbyteroi) que o enfermo devia chamar e que deviam ir à casa da pessoa enferma (ou no hospital), eram indivíduos levantados e qualificados pelo Espírito Santo para ministrarem e ensinarem numa igreja local. O original grego pode incluir a idéia de ir aos presbíteros, embora esse não seja o sentido primário do trecho. Algumas vezes, esse título representava um ofício nomeado. Em outros casos, os presbíteros (pastores ou anciãos) eram os líderes estimados por sua maturidade, experiência espiritual e evidentes demonstrações dos dons do Espírito. Geralmente, havia mais de um presbítero ou pastor numa igreja local (note o plural, Tg 5.14), pelo que o termo não precisa ser limitado ao pastor-presiden- te, embora em tempos de necessidade seja normal que pensemos primeiro no principal líder espiritual da congregação. As instruções dadas a esses presbíteros são breves e nenhum pouco complicadas: Que eles “orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor”. É interessante notar que há um manuscrito antigo que diz: “Ungindo-o com azeite no N om é’ (Manuscrito B, / 307

Teologia Bíblica da Oração Códex Vaticanus. Provavelmente, trata-se de uma omissão do copista. Não há dúvida de que o Nome do Senhor Jesus é o que está em foco aqui). O uso do Nome demonstra que essa unção com azeite certamente não era feito com a expectativa de que o azeite produziria a cura, mas antes, que o azeite, sendo símbolo do Espírito, indicaria que é por meio do Espírito Santo que a cura é administrada. “E, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5.15). Levanta-se aqui a pergunta: Qual o método pelo qual os pecados desse crente são perdoados? Há uma opção que sugere que a enfermidade aqui pode estar relacionada, de alguma maneira, com algum pecado cometido pelo doente. Tiago 5.16 tem estreita ligação com o presente versículo. A conjunção “pois” (no grego, oun, Tg 5.16, ARA), encontrada em muitos manuscritos importantes, dá a entender que os pecados seriam perdoados se as orientações anteriores fossem cumpridas. Aceitando-se isso, compreendemos que os pecados cometidos são perdoados através do método do enfermo confessar seus pecados (desvios do caminho da retidão, quer intencionais ou não) àqueles que oram por ele (não necessariamente alguém que tenha o ofício de presbítero). Os que estiverem com saúde, por sua vez, devem confessar ao doente quaisquer pecados que tenham cometido, para que não haja qualquer empecilho às suas orações. Em seguida, devem todos orar uns pelos outros, a fim de que o enfermo seja curado e restaurado à saúde. Embora as doenças mentais e espirituais também possam estar incluídas na palavra “sareis”, obviamente o seu sentido básico é ser curado de enfermidades físicas. O uso do imperativo presente indica que a confissão de pecados uns aos outros e a oração uns pelos outros deve ser uma prática contínua entre os crentes, mantendo assim uma atmosfera em que as pessoas serão mais prontamente curadas. O perdão dos pecados não resulta automaticamente da confissão, embora a confissão seja o passo inicial necessário ao perdão. “O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Se o pecado continuar mesmo depois de ter sido confessado, a pessoa enferma poderá necessitar mais do que de perdão. Precisará de libertação. Por conseguinte, é necessária a oração que “pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16). A confissão descrita aqui envolve aquela que é feita entre crentes, e não a algum sacerdote. Se uma pessoa tiver magoado alguém, deve confessar e pedir perdão àquele contra quem pecou. Os pecados de natureza pública devem ser publicamente confessados, a fim de que todos os que foram magoados possam ser envolvidos no perdão. Em certas ocasiões, é aconselhável confessarmos os nossos pecados a um ministro ou a algum amigo crente — 308

A Oraçao <strong>em</strong> H ebreus e nas Epístolas Gerais<br />

t<strong>em</strong>pos para orar nas aflições e também t<strong>em</strong>pos para cantar louvores<br />

nas alegrias. Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os negligenciar n<strong>em</strong> uma coisa n<strong>em</strong> outra.<br />

Contudo, visto que a natureza humana parece ter uma maior tendência<br />

<strong>em</strong> manifestar a queixa do que a gratidão, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os dar especial<br />

atenção aos louvores. O livro <strong>de</strong> Salmos está repleto <strong>de</strong> exortações<br />

para que ento<strong>em</strong>os louvores (SI 32.11; 33.1-3; 81.1,2; 89-1; 92.1-4; 98.4-<br />

6; 100.1; 101.1; 144.9; 149.1,5; 150.6, só para ex<strong>em</strong>plificar). Precisamos<br />

louvar a <strong>Deus</strong> por suas maravilhosas obras, pelos céus que <strong>de</strong>claram a<br />

glória <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, pelos lindos pores-do-sol, pelas belezas da natureza e,<br />

acima <strong>de</strong> tudo, pelas bênçãos da salvação. Também não po<strong>de</strong>mos nos<br />

esquecer das bênçãos <strong>de</strong> todos os dias, como a bênção <strong>de</strong> amigos fiéis,<br />

<strong>de</strong> uma boa refeição, do término <strong>de</strong> uma tarefa realizada e <strong>de</strong> tantas<br />

outras coisas que, no mais das vezes, tomamos como assuntos corriqueiros.<br />

“Está alguém entre vós doente?” (Tg 5.14) “Doente” (no grego,<br />

astheneó) significa, literalmente, “s<strong>em</strong> força”, “s<strong>em</strong> resistência”, “s<strong>em</strong><br />

ação”. Po<strong>de</strong> incluir a idéia <strong>de</strong> estar enfermo, <strong>de</strong>bilitado, incapacitado,<br />

fraco ou, <strong>em</strong> alguns contextos, <strong>de</strong> ser tímido, espiritualmente<br />

fraco ou moralmente fraco. Enquanto que o crente que está <strong>em</strong><br />

aflição <strong>de</strong>ve orar por si mesmo, o doente é instruído a chamar<br />

(convidar, apelar para) os presbíteros da igreja para orar<strong>em</strong> “sobre<br />

ele, ungindo-o com azeite <strong>em</strong> nome do Senhor”. Obviamente, a<br />

pessoa enferma precisa do apoio da oração dos outros crentes, pois<br />

<strong>em</strong> tal período <strong>de</strong> fraqueza, frequent<strong>em</strong>ente tanto física quanto<br />

espiritual, po<strong>de</strong> ser que ela esteja incapacitada <strong>de</strong> exercer a fé<br />

necessária para obter a cura.<br />

Os presbíteros (no grego, presbyteroi) que o enfermo <strong>de</strong>via<br />

chamar e que <strong>de</strong>viam ir à casa da pessoa enferma (ou no hospital),<br />

eram indivíduos levantados e qualificados pelo Espírito Santo para<br />

ministrar<strong>em</strong> e ensinar<strong>em</strong> numa igreja local. O original grego po<strong>de</strong><br />

incluir a idéia <strong>de</strong> ir aos presbíteros, <strong>em</strong>bora esse não seja o sentido<br />

primário do trecho. Algumas vezes, esse título representava um<br />

ofício nomeado. Em outros casos, os presbíteros (pastores ou anciãos)<br />

eram os lí<strong>de</strong>res estimados por sua maturida<strong>de</strong>, experiência espiritual<br />

e evi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>monstrações dos dons do Espírito. Geralmente, havia<br />

mais <strong>de</strong> um presbítero ou pastor numa igreja local (note o plural, Tg<br />

5.14), pelo que o termo não precisa ser limitado ao pastor-presi<strong>de</strong>n-<br />

te, <strong>em</strong>bora <strong>em</strong> t<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> seja normal que pens<strong>em</strong>os<br />

primeiro no principal lí<strong>de</strong>r espiritual da congregação.<br />

As instruções dadas a esses presbíteros são breves e nenhum<br />

pouco complicadas: Que eles “or<strong>em</strong> sobre ele, ungindo-o com azeite<br />

<strong>em</strong> nome do Senhor”. É interessante notar que há um manuscrito<br />

antigo que diz: “Ungindo-o com azeite no N om é’ (Manuscrito B,<br />

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