Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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A Oração em H ebreus e nas Epístolas Gerais “Converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza” (Tg 4.9). O tema continua sendo o arrependimento e a contrição sincera. Há nessas palavras um característico eco de Mateus 5-4 (“Bem-aventurados os que choram”) e de Lucas 6.25 (“Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis”). “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10). Há esperança. Não importa quão má a situação possa parecer, se alguém seguir as instruções acerca de um puro relacionamento com Deus, as orações respondidas o levarão à vitória. A prescrição é válida para todas as pessoas de todos os tempos e de todos os lugares. Cada uma das sete diretrizes é uma faceta de vital importância para a oração, pois todas levam ao fim desejado: “Ele vos exaltará”. Essas instruções se ajustam como um cartão num envelope. A primeira instrução “Sujeitai-vos [submetei-vos] pois a Deus” é equilibrada pela sétima “Humilhai-vos perante o Senhor”. Inseridas nesse envelope há duas instruções relacionadas, respectivamente, com duas promessas. “Resisti ao diabo” e “Chegai-vos a Deus”. E então, seguem-se as promessas: “O diabo fugirá de vós” e “Deus se chegará a vós”. Entretanto, resistir ao diabo e chegar-se a Deus sempre deve honrar o envelope da submissão e da humildade. Por semelhante modo, o alimpar as mãos (desfazer-se dos pecados externos) deve ser equilibrado por um coração purificado (atitudes interiores), ainda dentro do envelope da submissão e da humildade. Finalmente, há uma alegria em nos submetermos e nos humilharmos diante de Deus. Trata-se da alegria de sabermos que nossos pecados foram perdoados e que temos um relacionamento correto com Deus. A humildade e o arrependimento nos alegram, à medida que nos submetemos a Deus em todas as coisas. Oração Poderosa e Eficaz A Epístola de Tiago contém muitos conselhos práticos sobre o modo como devemos orar. As instruções sobre a oração para sermos curados são especialmente significativas para os pentecostais. Acreditamos que Deus continua curando. Para aqueles que não acreditam, esta passagem é meramente histórica, cuja aplicação somente se refere aos crentes do primeiro século. Mas nós consideramos as promessas de Deus quanto à cura de enfermidades, doenças e aflições, como o compromisso de Deus fazer hoje o que Ele já fazia no passado — contanto que satisfaçamos aos seus requisitos. Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a 305

Teologia Bíblica da Oraçao oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis: a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto (Tg 5.13-18). Ninguém pode negar que orações para curas de vários tipos de enfermidades são ensinadas na Bíblia. Entretanto, pouca atenção é dada ao ensino específico sobre como sermos curados. É possível que um número maior de curas poderia ser obtido, se mais atenção fosse dada à ordem bíblica que diz: “Está alguém entre vós aflito? Ore” (Tg 5.13). “Aflito” (no grego, kakopatheo') significa “sofrer infortúnio”, “suportar as dificuldades com paciência”. À vista do versículo que vem em seguida “Está alguém entre vós doente?”, o uso de kakopatheo parece não incluir a idéia de doenças e enfermidades físicas, antes trata-se de uma alusão aos sofrimentos fora do corpo. O crente nessa situação é instruído a orar pelo seu próprio infortúnio. Deus pode remover a dificuldade ou providenciar sua graça para que o crente a possa suportar. Naturalmente, os outros crentes são encorajados a apoiar o crente que esteja sofrendo: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6.2). Mas o crente sofredor deveria pôr-se em contato com Deus em favor de suas próprias necessidades. C. Jerdan descreveu muito bem o sentido e o intuito dessa instrução: O crente não deve permitir que suas provações o irritem. Em lugar de maldizê-las, ele deveria orar por causa delas. É o coração que perdeu a graça de Deus, que, quando sob punição, ou desafia a soberania de Deus, ou contesta a sua justiça, ou desconfia da sua bondade, ou põe em dúvida a sua sabedoria. O filho de Deus sempre ora, porque ama a oração — especialmente quando sob tribulação, porquanto é nessa ocasião que ele tem um motivo especial para orar... Até mesmo o próprio ato de falarmos com Deus a respeito de nossas tribulações, já nos ajuda a aliviá-las. A oração faz a alma aproximar-se de Deus, o qual leva em seu coração de amor o peso das tristezas do seu povo” (H. D. M. Spence e Joseph S. Exell, editores, The Pulpit Commentary, Grand Rapids: T m . B. Eerdmans Pub. Co., 1950, vol. 21, James, por E. C. S. Gibson, p. 80). A boa saúde e o contentamento diante das circunstâncias da vida são razões suficientes para uma disposição feliz. “Está alguém contente? Cante louvores” (Tg 5.13). Na vida de todo o crente haverá 306

Teologia Bíblica da Oraçao<br />

oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver<br />

cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas<br />

uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis: a oração feita<br />

por um justo po<strong>de</strong> muito <strong>em</strong> seus efeitos. Elias era hom<strong>em</strong> sujeito às<br />

mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por<br />

três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e<br />

o céu <strong>de</strong>u chuva, e a terra produziu o seu fruto (Tg 5.13-18).<br />

Ninguém po<strong>de</strong> negar que orações para curas <strong>de</strong> vários tipos <strong>de</strong><br />

enfermida<strong>de</strong>s são ensinadas na Bíblia. Entretanto, pouca atenção é<br />

dada ao ensino específico sobre como sermos curados. É possível<br />

que um número maior <strong>de</strong> curas po<strong>de</strong>ria ser obtido, se mais atenção<br />

fosse dada à or<strong>de</strong>m bíblica que diz: “Está alguém entre vós aflito?<br />

Ore” (Tg 5.13).<br />

“Aflito” (no grego, kakopatheo') significa “sofrer infortúnio”,<br />

“suportar as dificulda<strong>de</strong>s com paciência”. À vista do versículo que<br />

v<strong>em</strong> <strong>em</strong> seguida “Está alguém entre vós doente?”, o uso <strong>de</strong> kakopatheo<br />

parece não incluir a idéia <strong>de</strong> doenças e enfermida<strong>de</strong>s físicas, antes<br />

trata-se <strong>de</strong> uma alusão aos sofrimentos fora do corpo. O crente<br />

nessa situação é instruído a orar pelo seu próprio infortúnio. <strong>Deus</strong><br />

po<strong>de</strong> r<strong>em</strong>over a dificulda<strong>de</strong> ou provi<strong>de</strong>nciar sua graça para que o<br />

crente a possa suportar. Naturalmente, os outros crentes são encorajados<br />

a apoiar o crente que esteja sofrendo: “Levai as cargas uns dos<br />

outros, e assim cumprireis a lei <strong>de</strong> Cristo” (Gl 6.2). Mas o crente<br />

sofredor <strong>de</strong>veria pôr-se <strong>em</strong> contato com <strong>Deus</strong> <strong>em</strong> favor <strong>de</strong> suas<br />

próprias necessida<strong>de</strong>s. C. Jerdan <strong>de</strong>screveu muito b<strong>em</strong> o sentido e o<br />

intuito <strong>de</strong>ssa instrução:<br />

O crente não <strong>de</strong>ve permitir que suas provações o irrit<strong>em</strong>. Em lugar<br />

<strong>de</strong> maldizê-las, ele <strong>de</strong>veria orar por causa <strong>de</strong>las. É o coração que<br />

per<strong>de</strong>u a graça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, que, quando sob punição, ou <strong>de</strong>safia a<br />

soberania <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, ou contesta a sua justiça, ou <strong>de</strong>sconfia da sua<br />

bonda<strong>de</strong>, ou põe <strong>em</strong> dúvida a sua sabedoria. O filho <strong>de</strong> <strong>Deus</strong><br />

s<strong>em</strong>pre ora, porque ama a oração — especialmente quando sob<br />

tribulação, porquanto é nessa ocasião que ele t<strong>em</strong> um motivo<br />

especial para orar... Até mesmo o próprio ato <strong>de</strong> falarmos com <strong>Deus</strong><br />

a respeito <strong>de</strong> nossas tribulações, já nos ajuda a aliviá-las. A oração<br />

faz a alma aproximar-se <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, o qual leva <strong>em</strong> seu coração <strong>de</strong><br />

amor o peso das tristezas do seu povo” (H. D. M. Spence e Joseph S.<br />

Exell, editores, The Pulpit Commentary, Grand Rapids: T m . B.<br />

Eerdmans Pub. Co., 1950, vol. 21, James, por E. C. S. Gibson, p. 80).<br />

A boa saú<strong>de</strong> e o contentamento diante das circunstâncias da vida<br />

são razões suficientes para uma disposição feliz. “Está alguém contente?<br />

Cante louvores” (Tg 5.13). Na vida <strong>de</strong> todo o crente haverá<br />

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