Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Teologia Bíblica da Oração<br />
po<strong>de</strong>m refletir a indistinta imag<strong>em</strong> do <strong>Deus</strong> benévolo e compassivo.<br />
Mas dificilmente são dignos da <strong>de</strong>signação “boa obra”, conforme<br />
aparece nesta oração. O B<strong>em</strong>, no seu sentido absoluto, é <strong>Deus</strong>.<br />
Jesus disse: “Não há bom senão um só que é <strong>Deus</strong>” (Mt 19.17). Isso<br />
posto, as boas obras <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar <strong>em</strong> harmonia com a natureza <strong>de</strong><br />
<strong>Deus</strong> e com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />
Consi<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os a obra daquEle que “andou fazendo b<strong>em</strong>, e<br />
curando a todos os oprimidos do diabo, porque <strong>Deus</strong> era com<br />
ele” (At 10.38). Não po<strong>de</strong>mos negar, n<strong>em</strong> <strong>de</strong>veríamos negligenciar,<br />
que Jesus aten<strong>de</strong>u a várias necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta vida. Ele curou<br />
os enfermos por toda a parte. Quando as multidões que o<br />
seguiam ficavam famintas, Ele as alimentava, pois percebia que<br />
po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>sfalecer pelo caminho (Mt 15.32). Mas quando queriam<br />
fazer dEle o seu rei, porquanto Jesus parecia ser a solução<br />
para as suas necessida<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>porais, Ele se voltou com compaixão<br />
para as multidões e disse: “Na verda<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong> vos digo<br />
que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes<br />
do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece,<br />
mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o<br />
Filho do hom<strong>em</strong> vos dará” (Jo 6.26,27). A obra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> t<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
vista um fim eterno. Preocupa-se mais com o Pão da Vida,<br />
<strong>em</strong>bora não negligencie o pão para os famintos. Preocupa-se<br />
mais com a Água da Vida, <strong>em</strong>bora não negue água potável para<br />
os se<strong>de</strong>ntos. Preocupa-se mais com a cida<strong>de</strong> cujo Edificador e<br />
Construtor é <strong>Deus</strong>, <strong>em</strong>bora não negligencie o abrigo para os<br />
<strong>de</strong>sabrigados. Preocupa-se mais com as vestes da justiça, <strong>em</strong>bora<br />
não se esqueça das roupas para os <strong>de</strong>spidos. E n<strong>em</strong> nós, <strong>em</strong><br />
nosso zelo <strong>de</strong> levar Cristo às vidas humanas, <strong>de</strong>veríamos negligenciar<br />
essas realida<strong>de</strong>s (Mt 25.34-46).<br />
Mas existe uma vasta diferença entre as boas obras da fé e as boas<br />
obras s<strong>em</strong> fé. Não obstante, essa diferença é raramente discernida. As<br />
boas obras da fé são s<strong>em</strong>pre agradáveis a <strong>Deus</strong>, porquanto nasc<strong>em</strong><br />
da vida <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> que se move <strong>em</strong> nosso interior. As boas obras s<strong>em</strong> fé<br />
po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>rivar-se somente das aspirações humanas. As boas obras da<br />
fé surg<strong>em</strong> do conhecimento da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. As boas obras para<br />
a eternida<strong>de</strong> são s<strong>em</strong>pre realizadas no Senhor, <strong>em</strong>bora possa enriquecer<br />
as vidas das pessoas. Trata-se <strong>de</strong> um labor do mais alto nível.<br />
É a <strong>de</strong>voção <strong>de</strong> Maria <strong>em</strong> contraste com a <strong>de</strong>voção <strong>de</strong> Marta. É como<br />
o sacrifício <strong>de</strong> Abel, <strong>em</strong> oposição ao sacrifício <strong>de</strong> Caim. É como uma<br />
oração do Salvador <strong>em</strong> comparação com a oração dos fariseus. É<br />
como a sabedoria que Paulo pregou, <strong>em</strong> contraposição à sabedoria<br />
<strong>de</strong>ste mundo.<br />
294