Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

adpaudalho.com.br
from adpaudalho.com.br More from this publisher
08.05.2013 Views

Teologia Bíblica da Oração lhe jazia à frente, não somente se dispunha a caminhar pela mesma vereda, mas também fazia disso a sua principal busca. A ressurreição, considerada sob o ponto de vista do desejo de Paulo, dificilmente pode limitar-se à ressurreição final dos mortos justos. Diversas traduções, inclusive a ARC usada aqui, fazem eco à versão inglesa A m plified New Testament-, “Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição [espiritual e moral, que me eleva] dos mortos [enquanto estou no corpo]” (Fp 3-11). Quantos ápices de esplendor espiritual e de revelação temos perdido, devido ao nosso fracasso em reconhecer os atuais aspectos disponíveis da ressurreição? Que existam tais aspectos da ressurreição, embora disponhamos de apenas alguns poucos e leves indícios, deveria provocar, de nossa parte, a mais vigorosa investigação. Nossa incapacidade de conceber a existência desses aspectos, não deveria nos deter. Nossa falta de conhecimento é apenas uma indicação de que Deus os tem posto na obscuridade, para que os descubramos somente quando realmente quisermos fazê-lo. Contudo, não queremos ser como o inquiridor no poema de Robert Service, “O Encanto do Yukon”, preferindo a emoção da busca do objeto do que o objeto da busca: Há ouro, e é persistente e persistente; Está me encantando como antigamente. Contudo, o que estou querendo não é o ouro, Mas sim, apenas encontrar o ouro. (Robert Service, Collected Poems o f Robert Service, Nova Iorque: Dodd, Mead & Co., 1940, p. 5). “A glória de Deus é encobrir o negócio”, escreveu o mais sábio dos homens, e acrescentou: “Mas a glória dos reis é tudo investigar” (Pv 25.2). E nós, na qualidade de “reis e sacerdotes” espirituais, investigaremos melhor quando, através da oração persistente, dissermos juntamente com o apóstolo Paulo: “Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação das suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dos mortos” (Fp 310,11). Orando para Entender a Vontade de Deus Conforme temos observado, a oração, para ser eficaz, deve estar em consonância com a vontade de Deus. Enquanto a vontade divina não estiver determinada, pouca expectação poderá haver de que receberemos respostas positivas às nossas orações. Os filhos de Deus ficam 288

Paulo na Oração - 2 a Parte se debatendo, quando não compreendem bem esse ponto. Para eles, o conhecimento da vontade de Deus é um verdadeiro enigma, cuja solução é tão difícil, que perdem toda a esperança de descobri-la. Contudo, não ousemos acusar Deus de tornar sua vontade algo além da possibilidade de nossa descoberta. Por que Deus, que deseja que realizemos a sua vontade, subitamente a ocultaria de nós? Porventura já não nos ocorreu que, ao mesmo tempo que o descobrir a vontade de Deus é frequentemente um quebra-cabeças para nós, apreender a nossa vontade é a principal intenção de Deus? Uma vez que comecemos a perceber isso, estaremos prontos para um desenlace que mudará toda a nossa vida. Paulo sabia quão importante é compreender a vontade de Deus e as suas obras neste mundo. Paulo elogiou os crentes colossenses pelo fruto do evangelho que estava sendo produzido entre eles, desde o dia em que tinham ouvido falar de Jesus. Também observou o amor que eles tinham no Espírito, o qual é um requisito básico para se conhecer a vontade de Deus. “Por esta razão” (Cl 1.9), desde o dia em que Paulo tinha ouvido falar sobre eles, não cessara de orar em favor deles. Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus; corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo; dando graças ao Pai que nos fez idóneos para participar da herança dos santos na luz (Cl 1.9-12). O amor é uma atividade da vontade. Foi o que o Mestre ensinou: “Aquele que tem os meu§ mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele” (Jo 14.21). Assim como a fé sem obras está morta, assim o amor desacompanhado de obras também está morto. A evidência do amor no Espírito é a completa dedicação da nossa vontade. O amor a Deus desconhece maior demonstração do que o abandono à sua vontade. Quando nos dedicamos à plena realização da vontade de Deus, sem reservas em defesa própria ou sem um conhecimento específico dessa vontade, estamos preparados para receber uma revelação dessa vontade divina. Exigir que saibamos antes de decidir agir, é admitir a desconfiança; e a desconfiança obstrui a revelação. De acordo com o desígnio e método divinos, há uma ordem estabelecida: querer, saber, fazer. “Se alguém quiser fazer a vontade 289

Paulo na Oração - 2 a Parte<br />

se <strong>de</strong>batendo, quando não compreen<strong>de</strong>m b<strong>em</strong> esse ponto. Para eles,<br />

o conhecimento da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> é um verda<strong>de</strong>iro enigma, cuja<br />

solução é tão difícil, que per<strong>de</strong>m toda a esperança <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobri-la.<br />

Contudo, não ous<strong>em</strong>os acusar <strong>Deus</strong> <strong>de</strong> tornar sua vonta<strong>de</strong> algo além<br />

da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa <strong>de</strong>scoberta. Por que <strong>Deus</strong>, que <strong>de</strong>seja que<br />

realiz<strong>em</strong>os a sua vonta<strong>de</strong>, subitamente a ocultaria <strong>de</strong> nós? Porventura<br />

já não nos ocorreu que, ao mesmo t<strong>em</strong>po que o <strong>de</strong>scobrir a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Deus</strong> é frequent<strong>em</strong>ente um quebra-cabeças para nós, apreen<strong>de</strong>r a<br />

nossa vonta<strong>de</strong> é a principal intenção <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>? Uma vez que comec<strong>em</strong>os<br />

a perceber isso, estar<strong>em</strong>os prontos para um <strong>de</strong>senlace que mudará<br />

toda a nossa vida.<br />

Paulo sabia quão importante é compreen<strong>de</strong>r a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> e<br />

as suas obras neste mundo. Paulo elogiou os crentes colossenses<br />

pelo fruto do evangelho que estava sendo produzido entre eles,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia <strong>em</strong> que tinham ouvido falar <strong>de</strong> Jesus. Também observou<br />

o amor que eles tinham no Espírito, o qual é um requisito básico<br />

para se conhecer a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. “Por esta razão” (Cl 1.9),<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia <strong>em</strong> que Paulo tinha ouvido falar sobre eles, não cessara<br />

<strong>de</strong> orar <strong>em</strong> favor <strong>de</strong>les.<br />

Por esta razão, nós também, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia <strong>em</strong> que o ouvimos, não<br />

cessamos <strong>de</strong> orar por vós, e <strong>de</strong> pedir que sejais cheios do conhecimento<br />

da sua vonta<strong>de</strong>, <strong>em</strong> toda a sabedoria e inteligência espiritual;<br />

para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe<br />

<strong>em</strong> tudo, frutificando <strong>em</strong> toda a boa obra, e crescendo<br />

no conhecimento <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>; corroborados <strong>em</strong> toda a fortaleza,<br />

segundo a força da sua glória, <strong>em</strong> toda a paciência, e longanimida<strong>de</strong><br />

com gozo; dando graças ao Pai que nos fez idóneos para participar<br />

da herança dos santos na luz (Cl 1.9-12).<br />

O amor é uma ativida<strong>de</strong> da vonta<strong>de</strong>. Foi o que o Mestre ensinou:<br />

“Aquele que t<strong>em</strong> os meu§ mandamentos e os guarda esse é o que me<br />

ama; e aquele que me ama será amado <strong>de</strong> meu Pai, e eu o amarei, e me<br />

manifestarei a ele” (Jo 14.21). Assim como a fé s<strong>em</strong> obras está morta,<br />

assim o amor <strong>de</strong>sacompanhado <strong>de</strong> obras também está morto. A evidência<br />

do amor no Espírito é a completa <strong>de</strong>dicação da nossa vonta<strong>de</strong>.<br />

O amor a <strong>Deus</strong> <strong>de</strong>sconhece maior <strong>de</strong>monstração do que o abandono à<br />

sua vonta<strong>de</strong>. Quando nos <strong>de</strong>dicamos à plena realização da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Deus</strong>, s<strong>em</strong> reservas <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa própria ou s<strong>em</strong> um conhecimento<br />

específico <strong>de</strong>ssa vonta<strong>de</strong>, estamos preparados para receber uma revelação<br />

<strong>de</strong>ssa vonta<strong>de</strong> divina. Exigir que saibamos antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir agir,<br />

é admitir a <strong>de</strong>sconfiança; e a <strong>de</strong>sconfiança obstrui a revelação.<br />

De acordo com o <strong>de</strong>sígnio e método divinos, há uma or<strong>de</strong>m<br />

estabelecida: querer, saber, fazer. “Se alguém quiser fazer a vonta<strong>de</strong><br />

289

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!