Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Teologia Bíblica da Oração indefinível de um arco-íris, essas alturas estão além do nosso alcance. Nossa visão limitada de Deus é a nossa maior desvantagem. A grandeza de Deus pode estar brilhando diante de nós, como se fora um imponente mas distante pico montanhoso, mas dificilmente teremos posto o pé em suas proximidades. Contudo, tanto Deus quanto Paulo nos acenam lá de cima, convidando-nos a escalar o monte. O que é, portanto, essa realidade em quatro dimensões (largura, comprimento, altura e profundidade), que tanto nos atrai? Quase certamente, é algo que está oculto de nossa visão natural. Está muito além da compreensão daquele que não conhece a Deus através de Jesus Cristo, de uma maneira pessoal e real. Alguns têm conjecturado que o amor divino é o incomensurável aspecto de Deus, que o Espírito Santo quer que compreendamos. Sem dúvida, isso faz parte de nossas reflexões sobre o texto e, muito embora a própria declaração que o texto encerra destaque o amor em si mesmo (“e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento”), o contexto dificilmente permite/éssa conclusão. Ainda que não haja dúvidas de que Deus deseja que seus filhos cresçam em amor, já que Deus é amor, erramos quando pensamos que compreendemos a Deus se sabemos algo sobre o amor. “Além do amor de Deus, mas abrangendo-o inclusive, está a sua própria plenitude — a largura, o comprimento, a altura e a profundidade dEle — tudo quanto Ele mesmo é” (ibidem, p. 59)- Foi isso o que Paulo tinha descoberto ao orar. E essa era a sua grande preocupação em suas orações pela família de Deus. Nesta oração de Paulo, deparamos com a sua quarta e última petição na segunda metade de Efésios 3-19: “Para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”. Aí está o cume da montanha! Depois que o nosso homem interior foi fortalecido com o seu poder por meio do Espírito Santo, depois que Cristo fixou residência em nossos corações e depois de termos começado a possuir a gloriosa plenitude de Deus, somente então é que o mais elevado pico na experiência cristã torna-se nossa propriedade. As planícies com sua tênue inclinação, agora estão distantes. Mais um e último passo e alcançaremos o cobiçado alvo: sermos cheios com a plenitude de Deus. Isso é algo sem limites. Esse é o brilhante cume montanhoso, que está acima das nuvens — a mais elevada altura de todas. Ninguém pode buscar um tesouro mais precioso do que esse. Em comparação com isso, quão completamente insignificantes são os tesouros terrestres. Entretanto, note que tal como no caso da luz de Deus que brilha em nossos corações, “temos... este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós” (2 Co 4.7). 278
Paulo na Oração - 2 e Parte Em que consiste essa plenitude, na qual devemos fixar a nossa visão e orientar nossas mais fervorosas orações? Consiste na conformidade com a imagem do Filho de Deus. Pois acerca dEle está escrito: “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele [em Cristo] habitasse” (Cl 1.19). E também: “Porque nele [em Cristo] habita corpo- ralmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade” (Cl 2.9,10). Nada mais da plenitude e da natureza de Deus poderia ter tomado a forma humana e nem poderia haver outra maneira de Deus se revelar mais plenamente às suas criaturas, porquanto Jesus é “a expressa imagem da sua [de Deus] pessoa” (Hb 1.3), a própria expressão da substância divina. Orando por um Amor mais Profundo Tão certamente quanto as marés oceânicas são influenciadas pela lua, assim também nosso comportamento e nossos hábitos são influenciados pelas nossas orações. A oração é muito mais do que uma forma de terapia espiritual. Seu propósito é muito mais elevado do que um mero senso de bem-estar. Em sua forma mais pura, é a vontade de uma pessoa elevando-se ao nível da vontade de Deus. É nessa união que podemos realizar a vontade dEle. A vontade de Deus para com todos os crentes não poderia ter sido estabelecida com maior clareza do que o foi nesta oração. E peço isto: que a vossa caridade abunde mais e mais em ciência e em todo o conhecimento. Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus (Fp 1.9-11). A vontade de Deus para com os crentes filipenses e para conosco é o amor a g a p e — o amor em sua forma mais pura e elevada, embora ainda em sua infância e, consequentemente, imperfeito. Diferente do amor philos (“afeição” ou “apego” e, às vezes, “que tem pouca profundidade”), o amor ag ap e é derramado “em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5.5) e somente dEle obtém sua nutrição. A verdade é o seu tutor; a sabedoria, o seu guia. As tentações lançadas por Satanás não podem destruí-lo e nem as atrativas palavras de um amante falso podem fazê-lo hesitar. Esse amor tem um potencial que nem podemos imaginar. Foi o amor agap e que impulsionou a oração de Paulo, tal como deveria motivar as nossas orações. O apaixonado coração de Paulo desejava seu superabundante e contínuo crescimento, sabendo que onde abunda o amor, aí predominam todas as boas obras. 279
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Paulo na Oração - 2 e Parte<br />
Em que consiste essa plenitu<strong>de</strong>, na qual <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os fixar a nossa<br />
visão e orientar nossas mais fervorosas orações? Consiste na conformida<strong>de</strong><br />
com a imag<strong>em</strong> do Filho <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Pois acerca dEle está escrito:<br />
“Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitu<strong>de</strong> nele [<strong>em</strong> Cristo]<br />
habitasse” (Cl 1.19). E também: “Porque nele [<strong>em</strong> Cristo] habita corpo-<br />
ralmente toda a plenitu<strong>de</strong> da divinda<strong>de</strong>; e estais perfeitos nele, que é a<br />
cabeça <strong>de</strong> todo o principado e potesta<strong>de</strong>” (Cl 2.9,10). Nada mais da<br />
plenitu<strong>de</strong> e da natureza <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> po<strong>de</strong>ria ter tomado a forma humana e<br />
n<strong>em</strong> po<strong>de</strong>ria haver outra maneira <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> se revelar mais plenamente<br />
às suas criaturas, porquanto Jesus é “a expressa imag<strong>em</strong> da sua [<strong>de</strong><br />
<strong>Deus</strong>] pessoa” (Hb 1.3), a própria expressão da substância divina.<br />
Orando por um Amor mais Profundo<br />
Tão certamente quanto as marés oceânicas são influenciadas<br />
pela lua, assim também nosso comportamento e nossos hábitos são<br />
influenciados pelas nossas orações. A oração é muito mais do que<br />
uma forma <strong>de</strong> terapia espiritual. Seu propósito é muito mais elevado<br />
do que um mero senso <strong>de</strong> b<strong>em</strong>-estar. Em sua forma mais pura, é a<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma pessoa elevando-se ao nível da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. É<br />
nessa união que po<strong>de</strong>mos realizar a vonta<strong>de</strong> dEle. A vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Deus</strong> para com todos os crentes não po<strong>de</strong>ria ter sido estabelecida<br />
com maior clareza do que o foi nesta oração.<br />
E peço isto: que a vossa carida<strong>de</strong> abun<strong>de</strong> mais e mais <strong>em</strong> ciência<br />
e <strong>em</strong> todo o conhecimento. Para que aproveis as coisas excelentes,<br />
para que sejais sinceros, e s<strong>em</strong> escândalo algum até ao dia <strong>de</strong><br />
Cristo; cheios <strong>de</strong> frutos <strong>de</strong> justiça, que são por Jesus Cristo, para<br />
glória e louvor <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (Fp 1.9-11).<br />
A vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> para com os crentes filipenses e para conosco<br />
é o amor a g a p e — o amor <strong>em</strong> sua forma mais pura e elevada, <strong>em</strong>bora<br />
ainda <strong>em</strong> sua infância e, consequent<strong>em</strong>ente, imperfeito. Diferente do<br />
amor philos (“afeição” ou “apego” e, às vezes, “que t<strong>em</strong> pouca profundida<strong>de</strong>”),<br />
o amor ag ap e é <strong>de</strong>rramado “<strong>em</strong> nossos corações pelo<br />
Espírito Santo” (Rm 5.5) e somente dEle obtém sua nutrição. A verda<strong>de</strong><br />
é o seu tutor; a sabedoria, o seu guia. As tentações lançadas por<br />
Satanás não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>struí-lo e n<strong>em</strong> as atrativas palavras <strong>de</strong> um<br />
amante falso po<strong>de</strong>m fazê-lo hesitar. Esse amor t<strong>em</strong> um potencial que<br />
n<strong>em</strong> po<strong>de</strong>mos imaginar. Foi o amor agap e que impulsionou a oração<br />
<strong>de</strong> Paulo, tal como <strong>de</strong>veria motivar as nossas orações. O apaixonado<br />
coração <strong>de</strong> Paulo <strong>de</strong>sejava seu superabundante e contínuo crescimento,<br />
sabendo que on<strong>de</strong> abunda o amor, aí predominam todas as<br />
boas obras.<br />
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