Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Teologia Bíblica da Oração contempla para o seu povo (incluindo Paulo) e o poder disponível para obter esses fins gloriosos. Paulo queria que seus amigos de Éfeso tivessem a mesma experiência, portanto orava para que Deus lhes desse “o espírito de sabedoria e de revelação”, de maneira a virem a conhecer melhor o Pai da glória. Quer a palavra “espírito” se refira ao Espírito Santo quer ao espírito humano “de sabedoria e de revelação” é algo que tem sido motivo para debates. Contudo, qualquer que seja a interpretação a ser seguida, o certo é que o espírito humano, quando posto em movimento pelo Espírito Santo, experimenta a sabedoria e a revelação espirituais. “Sabedoria” significa mais do que o julgamento ou a intuição derivada do processo mental humano, não importando o quão brilhante isso possa parecer. Essa é a sabedoria divina, tal como Isaías previra para a vinda do Messias: “E repousará sobre ele o espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2). Enquanto a sabedoria resulta num julgamento correto, a revelação resulta num conhecimento correto. A revelação tem dois aspectos: o aspecto divino e o aspecto humano./Em relação a Deus, é o desvendar de um conhecimento exclusivamente da competência divina. Em relação aos seres humanos, é a aplicação da faculdade do discernimento a essa verdade espiritual desvendada. O desejo de Paulo, em apresentar os efésios ao Deus de toda a sabedoria, conhecimento e poder, inspirou sua eloquente oração. Do mesmo modo que inspirou a Paulo, Cristo anela por inspirar à sua Igreja o mesmo desejo apaixonado por um conhecimento mais completo de Deus. Não podemos ter mais confiança de que estamos orando conforme a vontade de Deus do que quando, juntamente com Paulo, pedimos para nós e para os nossos companheiros crentes, que tenhamos uma maior compreensão e conhecimento do Deus Todo-poderoso. Esse conhecimento está inteiramente fora da apreensão da natureza humana. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14). No entanto, essa revelação divina pode ser recebida por qualquer um que esteja disposto a reconhecer a existência de um Deus que se comunica com os homens. “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (1 Co 2.12). Somente Deus pode nos dar os olhos de um vidente. “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, 272
Paulo na Oração - 2 - Parte são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Co 2.9,10). Em outras palavras, a obtenção desse conhecimento de Deus não é questão de dura labuta mental. Considere a observação de A. W. Tozer: “Os ensinamentos do Novo Testamento são que Deus e as coisas espirituais só podem ser finalmente conhecidas mediante a direta operação de Deus dentro da alma do crente. Por mais que o conhecimento teológico possa ser ajudado por meio de figuras e analogias, a pura compreensão de Deus somente vem pela consciência espiritual de cada um. O Espírito Santo é indispensável” (A. W. Tozer, That Incredible Christian, Calcutá: Evangelical Literature Depot, 1964, p. 91). Infelizmente, a própria Igreja tem forçado o sentido do termo “revelação”. Por isso o uso dessa palavra, na maioria das vezes, provoca suspeita e desconfiança. Quantas divisões, quantas tristezas, quantas angústias, quantas inquietações, quantas brigas e quantas ruínas têm sido provocadas na Igreja por parte daqueles que abusam desse dom divino! Mas rejeitaremos as revelações divinas somente porque os charlatães empregam uma falsificação para atingir seus próprios objetivos? Certamente que não! Pelo contrário, isso deveria intensificar nossos esforços para conhecer por experiência própria o que o charlatanismo tenta imitar. Sendo assim, como devemos entender a intenção de Paulo ao fazer aquela petição a Deus? Paulo quis dar a entender que devemos dar preferência a um conhecimento obtido mediante revelação do que aquele alcançado por meios comuns. De que devemos chegar a um conhecimento revelado por meio de um ato de Deus, através do seu Espírito. De que temos uma percepção espiritual aguçada pelo Espírito, de modo que possamos reconhecer o verdadeiro do falso. Quão grande é a nossa necessidade por revelações genuínas! Sem elas, vemos apenas o contorno de um corpo nas sombras; com elas, quase conseguimos vê-lo face a face. Sem elas, ficamos sabendo a respeito dEle; com elas, verdadeiramente o conhecemos. Sem elas, Ele parece muito distante; com elas, percebemos que Ele está gloriosamente perto. As revelações traduzem a diferença entre a ortodoxia fria, morta e a espiritualidade viva e calorosa. A frase limitadora “Em seu conhecimento” (Ef 1.17) não abre espaço para o que é estranho ou espúrio. Fronteiras muito bem definidas são demarcadas, dentro das quais o conhecimento revelado torna-se válido: (1) Para que você possa conhecer “a esperança da sua vocação”; (2) “as riquezas da glória da sua herança nos santos”; e (3) “a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos” (Ef 1.18,19). 273
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Teologia Bíblica da Oração<br />
cont<strong>em</strong>pla para o seu povo (incluindo Paulo) e o po<strong>de</strong>r disponível<br />
para obter esses fins gloriosos. Paulo queria que seus amigos <strong>de</strong><br />
Éfeso tivess<strong>em</strong> a mesma experiência, portanto orava para que <strong>Deus</strong><br />
lhes <strong>de</strong>sse “o espírito <strong>de</strong> sabedoria e <strong>de</strong> revelação”, <strong>de</strong> maneira a<br />
vir<strong>em</strong> a conhecer melhor o Pai da glória.<br />
Quer a palavra “espírito” se refira ao Espírito Santo quer ao<br />
espírito humano “<strong>de</strong> sabedoria e <strong>de</strong> revelação” é algo que t<strong>em</strong> sido<br />
motivo para <strong>de</strong>bates. Contudo, qualquer que seja a interpretação a<br />
ser seguida, o certo é que o espírito humano, quando posto <strong>em</strong><br />
movimento pelo Espírito Santo, experimenta a sabedoria e a revelação<br />
espirituais. “Sabedoria” significa mais do que o julgamento ou a<br />
intuição <strong>de</strong>rivada do processo mental humano, não importando o<br />
quão brilhante isso possa parecer. Essa é a sabedoria divina, tal<br />
como Isaías previra para a vinda do Messias: “E repousará sobre ele<br />
o espírito do Senhor, o espírito <strong>de</strong> sabedoria e <strong>de</strong> inteligência, o<br />
espírito <strong>de</strong> conselho e <strong>de</strong> fortaleza, o Espírito <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong><br />
t<strong>em</strong>or do Senhor” (Is 11.2).<br />
Enquanto a sabedoria resulta num julgamento correto, a revelação<br />
resulta num conhecimento correto. A revelação t<strong>em</strong> dois aspectos:<br />
o aspecto divino e o aspecto humano./Em relação a <strong>Deus</strong>, é o<br />
<strong>de</strong>svendar <strong>de</strong> um conhecimento exclusivamente da competência divina.<br />
Em relação aos seres humanos, é a aplicação da faculda<strong>de</strong> do<br />
discernimento a essa verda<strong>de</strong> espiritual <strong>de</strong>svendada. O <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />
Paulo, <strong>em</strong> apresentar os efésios ao <strong>Deus</strong> <strong>de</strong> toda a sabedoria,<br />
conhecimento e po<strong>de</strong>r, inspirou sua eloquente oração.<br />
Do mesmo modo que inspirou a Paulo, Cristo anela por inspirar<br />
à sua Igreja o mesmo <strong>de</strong>sejo apaixonado por um conhecimento<br />
mais completo <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Não po<strong>de</strong>mos ter mais confiança <strong>de</strong> que<br />
estamos orando conforme a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> do que quando,<br />
juntamente com Paulo, pedimos para nós e para os nossos companheiros<br />
crentes, que tenhamos uma maior compreensão e conhecimento<br />
do <strong>Deus</strong> Todo-po<strong>de</strong>roso. Esse conhecimento está inteiramente<br />
fora da apreensão da natureza humana. “Ora, o hom<strong>em</strong><br />
natural não compreen<strong>de</strong> as coisas do Espírito <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, porque lhe<br />
parec<strong>em</strong> loucura; e não po<strong>de</strong> entendê-las, porque elas se discern<strong>em</strong><br />
espiritualmente” (1 Co 2.14). No entanto, essa revelação divina po<strong>de</strong><br />
ser recebida por qualquer um que esteja disposto a reconhecer a<br />
existência <strong>de</strong> um <strong>Deus</strong> que se comunica com os homens. “Mas nós<br />
não receb<strong>em</strong>os o espírito do mundo, mas o Espírito que provém <strong>de</strong><br />
<strong>Deus</strong>, para que pudéss<strong>em</strong>os conhecer o que nos é dado gratuitamente<br />
por <strong>Deus</strong>” (1 Co 2.12). Somente <strong>Deus</strong> po<strong>de</strong> nos dar os olhos<br />
<strong>de</strong> um vi<strong>de</strong>nte. “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não<br />
viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do hom<strong>em</strong>,<br />
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