Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Paulo na Oração - I aParte Deus, ou pelo temor, para que se acovardem, ou mediante a dúvida, hesitem em falar com autoridade, ou, por pensamentos confusos, não possam falar com clareza. Oração em Lugar de Preocupação Os cristãos de Roma foram admoestados da seguinte maneira: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem ” (Rm 12.21). Mas, para os crentes de Filipos, o conselho tornou-sè mais específico. Diante de circunstâncias difíceis, foi-lhes dito o modo como poderiam mostrar-se à altura das circunstâncias: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7). A alegria é o tom geral que prevalece em toda a epístola à igreja em Filipos. Havia uma necessidade genuína para esse encorajamento. Paulo estava na prisão. Os crentes de Filipos estavam sofrendo nas mãos de um mundo hostil. Havia falsos mestres que procuravam instigar os filipenses a que seguissem um evangelho falso. Não obstante, Paulo pôde dizer: “Não estejais inquietos por coisa alguma”. “Inquietos” é tradução do vocábulo grego m erim n ao, que significa “ficar ansioso a respeito de”, “estar indevidamente preocupado” ou “ter um cuidado perturbador sobre algo”. “Não... por coisa alguma” é a ênfase principal da admoestação, pois m eden é a primeira palavra da sentença: “Sobre nada estejais inquietos”. Nada! É claro que não podemos deixar de ter cuidados ou preocupações — emprego, saúde, entes queridos, colegas crentes. Mas não devemos permitir que esses cuidados nos dominem, como se nós mesmos tivéssemos de levar toda a carga sozinhos. Contudo, é inadequado exortar uma pessoa para que não se preocupe. Fazer isso pode apenas impor-lhe uma ansiedade ainda maior. Um antídoto deve ser providenciado. Por essa razão, Paulo prescreve o meio para vencermos a preocupação: “Antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6). A ação de graças deveria ser um elemento essencial em todas as nossas orações. Esse é o meio de manifestarmos apreciação por aquilo que Deus já fez em nosso favor e a fé por aquilo que Ele fará em resposta às nossas orações. O fato de que Deus, o “vosso Pai, sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes” (Mt 6.8), é outra razão para lhe darmos graças, porquanto Ele responderá às nossas orações de tal maneira que sempre satisfará nossas verdadeiras 259

Teologia Bíblica da Oração necessidades. Não é propósito de nossas petições dar novas informações a Deus, antes fazemo-las para exercitar a nossa fé em obter de suas mãos aquilo que precisamos. Orar dessa maneira não somente obtém respostas para as preocupações, que geram nossas ansiedades, mas também resultam num estado mental que todo o filho de Deus deveria experimentar: “a paz de Deus”. Essa paz é aquele profundo e interior repouso da alma, identificado como “a paz de Deus”, porque é comunicada e sustentada por Ele. É desenvolvida a partir de uma certa atitude mental, porquanto “a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm 8.6). A paz é o fruto resultante da substituição da ansiedade pela oração e súplica: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Is 26.3). A oração é galardoada com a paz de Deus, uma paz que “excede todo o entendimento” (Fp 4.7). Os ímpios não podem percebê-la, pois está acima da compreensão deles. E também está acima da compreensão dos crentes, pois até mesrço os homens piedosos, que desfrutam desta gloriosa experiência, não podem compreender inteiramente a luz que irrompeu em suas trevas, de maneira misteriosa mas real, trazendo com ela uma tranquilidade que desafia toda e qualquer explicação: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.7). O verbo grego phrou reo (“guardar”) é um termo militar usado para a vigilância desempenhada por uma guarnição inteira de soldados. Descreve o senso de segurança que o crente experimenta quando deixa suas preocupações nas mãos de Deus. É mais do que mera proteção. O Espírito Santo mantém uma guarda vigilante e uma custódia benévola sobre nossos corações e nossas mentes, de modo que nenhuma influência perturbadora possa transpor esse bloqueio e perturbar nossa serenidade interior. R. Finlayson mantém o conselho dado por outro escritor: Se a sua mente estiver sobrecarregada por aflições e ansiedades, vá à presença de Deus. Derrame o seu caso perante Ele. Embora conheça os desejos do seu coração, mesmo assim Ele quer ser buscado, quer que você lhe peça para satisfazer seus anseios, como Ele mesmo o disse. Por conseguinte, entre na presença desse Deus que imediatamente tranquilizará o seu espírito, dar-lhe-á aquilo que você deseja ou fará você mais feliz sem isso, porquanto Ele será a sua eterna consolação, contanto que você confie nEle. Ele soprará paz para o interior de sua alma e ordenará a tranquilidade em meio às piores tempestades de sua vida (H. D. M. Spence e Joseph S. Exceli, editores, The Pulpit Commentary, Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Pub. Co., 1950, vol. 20, Phitíppians, por R. Finlayson, p. 177). 260

Paulo na Oração - I aParte<br />

<strong>Deus</strong>, ou pelo t<strong>em</strong>or, para que se acovar<strong>de</strong>m, ou mediante a dúvida,<br />

hesit<strong>em</strong> <strong>em</strong> falar com autorida<strong>de</strong>, ou, por pensamentos confusos,<br />

não possam falar com clareza.<br />

Oração <strong>em</strong> Lugar <strong>de</strong> Preocupação<br />

Os cristãos <strong>de</strong> Roma foram admoestados da seguinte maneira:<br />

“Não te <strong>de</strong>ixes vencer do mal, mas vence o mal com o b<strong>em</strong> ” (Rm<br />

12.21). Mas, para os crentes <strong>de</strong> Filipos, o conselho tornou-sè mais<br />

específico. Diante <strong>de</strong> circunstâncias difíceis, foi-lhes dito o modo<br />

como po<strong>de</strong>riam mostrar-se à altura das circunstâncias: “Não estejais<br />

inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam <strong>em</strong><br />

tudo conhecidas diante <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> pela oração e súplicas, com ação<br />

<strong>de</strong> graças. E a paz <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, que exce<strong>de</strong> todo o entendimento,<br />

guardará os vossos corações e os vossos sentimentos <strong>em</strong> Cristo<br />

Jesus” (Fp 4.6,7).<br />

A alegria é o tom geral que prevalece <strong>em</strong> toda a epístola à<br />

igreja <strong>em</strong> Filipos. Havia uma necessida<strong>de</strong> genuína para esse<br />

encorajamento. Paulo estava na prisão. Os crentes <strong>de</strong> Filipos<br />

estavam sofrendo nas mãos <strong>de</strong> um mundo hostil. Havia falsos<br />

mestres que procuravam instigar os filipenses a que seguiss<strong>em</strong><br />

um evangelho falso. Não obstante, Paulo pô<strong>de</strong> dizer: “Não estejais<br />

inquietos por coisa alguma”. “Inquietos” é tradução do vocábulo<br />

grego m erim n ao, que significa “ficar ansioso a respeito <strong>de</strong>”,<br />

“estar in<strong>de</strong>vidamente preocupado” ou “ter um cuidado perturbador<br />

sobre algo”. “Não... por coisa alguma” é a ênfase principal da<br />

admoestação, pois m e<strong>de</strong>n é a primeira palavra da sentença:<br />

“Sobre nada estejais inquietos”. Nada! É claro que não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ter cuidados ou preocupações — <strong>em</strong>prego, saú<strong>de</strong>, entes<br />

queridos, colegas crentes. Mas não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os permitir que esses<br />

cuidados nos domin<strong>em</strong>, como se nós mesmos tivéss<strong>em</strong>os <strong>de</strong><br />

levar toda a carga sozinhos.<br />

Contudo, é ina<strong>de</strong>quado exortar uma pessoa para que não se preocupe.<br />

Fazer isso po<strong>de</strong> apenas impor-lhe uma ansieda<strong>de</strong> ainda maior.<br />

Um antídoto <strong>de</strong>ve ser provi<strong>de</strong>nciado. Por essa razão, Paulo prescreve o<br />

meio para vencermos a preocupação: “Antes as vossas petições sejam<br />

<strong>em</strong> tudo conhecidas diante <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, pela oração e súplicas, com ação<br />

<strong>de</strong> graças” (Fp 4.6). A ação <strong>de</strong> graças <strong>de</strong>veria ser um el<strong>em</strong>ento essencial<br />

<strong>em</strong> todas as nossas orações. Esse é o meio <strong>de</strong> manifestarmos apreciação<br />

por aquilo que <strong>Deus</strong> já fez <strong>em</strong> nosso favor e a fé por aquilo que<br />

Ele fará <strong>em</strong> resposta às nossas orações. O fato <strong>de</strong> que <strong>Deus</strong>, o “vosso<br />

Pai, sabe o que vos é necessário, antes <strong>de</strong> vós lho pedir<strong>de</strong>s” (Mt 6.8), é<br />

outra razão para lhe darmos graças, porquanto Ele respon<strong>de</strong>rá às<br />

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