Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Paulo na Oração - l sParte exercício, não pode haver estilo de vida cheio do Espírito. A submissão é a chave ã nossa admissão no Santo dos Santos. A submissão sempre parte da iniciativa daquele que se submete, pois emana do âmago do ser, de sua vontade central. Se for imposta à força, não será submissão sob hipótese alguma. Jesus era a epítome da submissão. Ele pôde dizer sem o menor equívoco: “E aquele que me enviou está comigo; o Pai não tem me deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada” (Jo 8.29). E Ele também disse: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.29). “Sou manso e humilde de coração” é equivalente a “submeto-me completamente ao meu Pai e à sua vontade”. As palavras “uns aos outros no temor a Cristo” pressupõem a fonte de todos os outros tipos de submissão necessários à comunidade cristã. A submissão básica é ao nosso Senhor Jesus Cristo. Uma vez que esteja no seu devido lugar, a submissão dentro da família de Deus, de acordo com a ordem prescrita por Ele (1 Co 11.3; Ef 5.21; 6.9), será perfeitamente natural. Toda falta de submissão na família da fé pode ser acompanhada por uma rebelião, cujos princípios fundamentais voltam-se contra Deus. Por sua própria natureza, a recusa em se submeter torna-se num empecilho à oração e ao estilo de vida cheio do Espírito. Oração para qualquer Ocasião A maioria dos crentes acha mais fácil orar quando está atravessando períodos de sofrimento e tribulação. Mas orar em momentos de crise, sem uma comunhão constante com Deus, é como agarrar- se a uma bóia salva-vidas cuja corda de ligação não foi devidamente cuidada. Paulo mostra o propósito divino para os nossos hábitos de oração, quando encoraja os crentes efésios a orar com regularidade, intensidade e perseverança. Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho (Ef 6.18,19). Deixando de lado a metáfora da armadura do soldado cristão (Ef 6.10-17), Paulo continua, nos versículos 18 e 19, com o tema da luta espiritual do crente, enfocando agora o elemento mais vital para o sucesso na batalha: a oração. Ainda que, sem dúvida, a oração esteja implícita nas instruções sobre a colocação da armadura espiritual, Paulo advoga especificamente uma grande variedade de abordagens à oração. 257

Teologia Bíblica da Oração Visto que são maus os poderes deste mundo tenebroso e as forças espirituais do mal estejam sempre voltadas contra nós, é importante que oremos sempre. A expressão grega en p a n ti kairo significa “em todo o tempo”, “em toda a ocasião”. Esta não é uma injunção casual. Mas é uma questão de tão vastas proporções e consequências que deve ser levada a sério com toda a firmeza. Acreditar que podemos contender com sucesso nessa guerra, contando apenas com o poder de nossos minúsculos intelectos ou com a força de nossa natureza adâmica, é descobrir, para prejuízo nosso, que não somos adversários à altura para aquele que “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). As palavras d ia pasesproseu ches significam, literalmente, “através de toda a espécie de oração”. Efésios 6.18 começa com essa frase, sem qualquer separação da passagem anterior, que trata da armadura cristã. Na realidade, Paulo estava dizendo: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus [6.11]... estai pois firmes [contra Satanás] [6.14] e tomai... a espada do Espírito [6.17] com toda a oração e súplica [6.18]”. É inútil ficar discutindo se, através da oração, nos revestimos de todas as peças da armadura ou apenas tomamos a espada do Espírito (a Palavra de Deus). A oração é o instrumento de guerra espiritual que torna eficaz a armadura defensiva e as armas ofensivas. “Com toda a oração e súplica” inclui tanto a , oração pública quanto a particular, tanto a informal quanto ayformal, tanto a silenciosa quanto a em voz alta, tanto a dé louvor quanto as petições, tanto a oração planejada quanto a espontânea e tanto a oração no Espírito quanto aquela feita com a mente. “Oração” é a tradução do grego proseuche. “Súplica”, em grego, é deesis. Proseuche representa as orações em geral, ao passo que deesis denota a oração por uma necessidade específica. “Súplica” implica em oração vigorosa e persistente, que persevera até que o mal seja derrotado e a retidão prevaleça. “No Espírito” talvez fosse melhor traduzido por “mediante o Espírito”. É muito provável que Paulo tivesse em mente o orar em outras línguas (1 Co 14.14). Por esse intermédio, a oração do crente é elevada acima do nível intelectual, sendo oferecida de acordo com a vontade de Deus. Os crentes, nessa guerra espiritual, não somente devem orar em todo o tempo, sob a direção do Espírito (que sabe pelo que orar), como também ser diligentes na oração e na súplica “por todos os santos”. Paulo, então, demonstra a sua seriedade e humildade, ao pedir que os crentes efésios façam orações vigilantes por ele. Esse pedido de oração, em apoio ao seu próprio ministério, deveria ser o pedido primário de o todo pregador do evangelho. Satanás procura, por todos os meios disponíveis, fazer calar a boca dos servos de 258

Teologia Bíblica da Oração<br />

Visto que são maus os po<strong>de</strong>res <strong>de</strong>ste mundo tenebroso e as forças<br />

espirituais do mal estejam s<strong>em</strong>pre voltadas contra nós, é importante que<br />

or<strong>em</strong>os s<strong>em</strong>pre. A expressão grega en p a n ti kairo significa “<strong>em</strong> todo o<br />

t<strong>em</strong>po”, “<strong>em</strong> toda a ocasião”. Esta não é uma injunção casual. Mas é uma<br />

questão <strong>de</strong> tão vastas proporções e consequências que <strong>de</strong>ve ser levada<br />

a sério com toda a firmeza. Acreditar que po<strong>de</strong>mos conten<strong>de</strong>r com<br />

sucesso nessa guerra, contando apenas com o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> nossos minúsculos<br />

intelectos ou com a força <strong>de</strong> nossa natureza adâmica, é <strong>de</strong>scobrir,<br />

para prejuízo nosso, que não somos adversários à altura para aquele<br />

que “anda <strong>em</strong> <strong>de</strong>rredor, bramando como leão, buscando a qu<strong>em</strong> possa<br />

tragar” (1 Pe 5.8).<br />

As palavras d ia pasesproseu ches significam, literalmente, “através<br />

<strong>de</strong> toda a espécie <strong>de</strong> oração”. Efésios 6.18 começa com essa frase,<br />

s<strong>em</strong> qualquer separação da passag<strong>em</strong> anterior, que trata da armadura<br />

cristã. Na realida<strong>de</strong>, Paulo estava dizendo: “Revesti-vos <strong>de</strong> toda a<br />

armadura <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> [6.11]... estai pois firmes [contra Satanás] [6.14] e<br />

tomai... a espada do Espírito [6.17] com toda a oração e súplica [6.18]”.<br />

É inútil ficar discutindo se, através da oração, nos revestimos <strong>de</strong> todas<br />

as peças da armadura ou apenas tomamos a espada do Espírito (a<br />

Palavra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>). A oração é o instrumento <strong>de</strong> guerra espiritual que<br />

torna eficaz a armadura <strong>de</strong>fensiva e as armas ofensivas.<br />

“Com toda a oração e súplica” inclui tanto a , oração pública<br />

quanto a particular, tanto a informal quanto ayformal, tanto a<br />

silenciosa quanto a <strong>em</strong> voz alta, tanto a dé louvor quanto as<br />

petições, tanto a oração planejada quanto a espontânea e tanto a<br />

oração no Espírito quanto aquela feita com a mente. “Oração” é a<br />

tradução do grego proseuche. “Súplica”, <strong>em</strong> grego, é <strong>de</strong>esis. Proseuche<br />

representa as orações <strong>em</strong> geral, ao passo que <strong>de</strong>esis <strong>de</strong>nota a oração<br />

por uma necessida<strong>de</strong> específica. “Súplica” implica <strong>em</strong> oração vigorosa<br />

e persistente, que persevera até que o mal seja <strong>de</strong>rrotado e a<br />

retidão prevaleça. “No Espírito” talvez fosse melhor traduzido por<br />

“mediante o Espírito”. É muito provável que Paulo tivesse <strong>em</strong> mente<br />

o orar <strong>em</strong> outras línguas (1 Co 14.14). Por esse intermédio, a oração<br />

do crente é elevada acima do nível intelectual, sendo oferecida <strong>de</strong><br />

acordo com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />

Os crentes, nessa guerra espiritual, não somente <strong>de</strong>v<strong>em</strong> orar <strong>em</strong><br />

todo o t<strong>em</strong>po, sob a direção do Espírito (que sabe pelo que orar),<br />

como também ser diligentes na oração e na súplica “por todos os<br />

santos”. Paulo, então, <strong>de</strong>monstra a sua serieda<strong>de</strong> e humilda<strong>de</strong>, ao<br />

pedir que os crentes efésios façam orações vigilantes por ele. Esse<br />

pedido <strong>de</strong> oração, <strong>em</strong> apoio ao seu próprio ministério, <strong>de</strong>veria ser o<br />

pedido primário <strong>de</strong> o todo pregador do evangelho. Satanás procura,<br />

por todos os meios disponíveis, fazer calar a boca dos servos <strong>de</strong><br />

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