Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Paulo na Oração - 1 3Parte guas estavam na frente e no centro das atenções. Eram usadas simplesmente para que houvesse drama e exibicionismo. A edificação do Corpo de Cristo estava sendo desconsiderada. Qual seria, pois, a solução para isso? Orar! “Ore para que a possa interpretar” (1 Co 14.13). Somente quando as línguas são interpretadas é que podem edificar o Corpo de Cristo. O dom da interpretação foi posto à disposição do crente. Por conseguinte, a pessoa que fala ou ora em línguas perante a congregação deve orar para ser capaz de interpretá-las. Em 1 Coríntios 14.14, ainda falando sobre o quão importante é interpretar o que foi orado em línguas, Paulo explica: “Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto”. A pergunta “Que farei pois?” (1 Co 14.15) segue-se muito naturalmente. Em outras palavras, que deverei fazer, já que sou aquele que ora em línguas nas reuniões dos crentes? Vem a seguinte resposta: “Orarei com o espírito [isto é, em línguas], mas também orarei com o entendimento”. Estaria Paulo tentando dizer: “Orarei sobrenaturalmente em línguas, conforme o Espírito Santo me conceder que fale, e orarei também com minha própria mente e pensamentos”? À luz de sua instrução anterior sobre a oração — “Ore para que a possa interpretar” — parece que ele estava querendo dizer: “Orarei em línguas, e então interpretarei o que tiver orado, para que o Corpo de Cristo possa ser edificado”. A mesma prática aplica-se ao cantar no Espírito: “Cantarei com meu espírito, e interpretarei o que tiver cantado, para que os outros também possam ser beneficiados”. E 1 Coríntios 14.16 apõe seu selo de aprovação sobre isso. Poderíamos parafrasear os ensinamentos de Paulo da seguinte maneira: “Se vós deixardes de seguir essas diretrizes, que exigem que interpreteis o que tiverdes orado ou cantado em línguas numa reunião pública, como é que aqueles que não entenderem o que estiverdes falando poderão dizer o Amém’ por terem sido edificados?” Consequentemen- te, vemos que a oração e o cântico em línguas inclui o louvar a Deus e o dar graças a Deus. Por conseguinte, quando você louva a Deus e dá graças em línguas, seguido da interpretação do que foi dito, por você haver previamente orado para que pudesse interpretá-las, então todo o Corpo de Cristo é edificado, porquanto agora todos poderão dizer “o Amém, sobre a tua ação de graças” (1 Co 14.16). O costume de confirmar a oração e os louvores como um “amém” de assentimento era praticado tanto na adoração judaica quanto na cristã. (“Amém” é uma palavra hebraica que quer dizer “assim seja”, “na verdade”, “verdadeiramente”. Indica que a declaração que a precede é aceita como verdadeira e válida.) Alguns analistas da adoração na Igreja Primitiva compararam o alto coro de 251

Teologia Bíblica da Oração “améns” com o ribombar de um trovão distante. O concordante “amém” da congregação era considerado não menos importante que a própria oração em si (Ap 5.13,14; 22.20). A oração pública deve ser algo mais do que aquilo que alguém faz na presença da congregação. O “amém” na Igreja Primitiva era uma resposta mediante a qual as pessoas se identificavam com aquele que orava, concordavam com o que ele dizia e se apropriavam de sua oração, como se as palavras do que orava fossem as mesmas de cada um dos presentes. Assim sendo, quando uma pessoa liderava a oração, tinha o mesmo valor que uma oração conjunta, quando todos uniam suas vozes em oração, porquanto isso indicava ao Senhor que todos estavam se aproximando dEle coletivamente, como o Corpo de Cristo (Alexander B. MacDonald, Christian Worship in the Prim itive Church, Edimburgo: T. & T. Clark, 1934, pp. 108,109). Guerra Espiritual na Oração Estamos em guerra espiritual! É imperativo que compreendamos isso, pois procurar guerrear contra o Inimigo na força da carne é o mesmo que cortejar uma derrota certa. Fazemos bem em relembrar as palavras de nosso Senhor a Pedro: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38). “Carne” (no grego, sarx) é uma alusão a esta vida terrena. Nossas batalhas não são combatidas em algum campo de batalha deste mundo e nem são usados instrumentos de guerra terrenos. Antes, são travadas com armas de outra espécie — armas que se fazem eficazes pelo poder de Deus. Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo (2 Co 10.3-5). Embora as armas do crente sejam numerosas (Ef 6.14-17) e a oração não esteja nomeada entre elas, crê-se que a oração é pelo menos o meio pelo qual as armas do crente são utilizadas (Ef 6.18). Através da capacidade concedida mediante a oração (e não por meros meios humanos como a metafísica, a filosofia humana ou as manobras mentais), são demolidos argumentos e pretensões, bem como qualquer outra elevada e poderosa oposição ao conhecimento de Deus. Os argumentos contra o evangelho abrangem a imaginação e raciocínios puramente humanos. Através da oração e do estudo da 252

Teologia Bíblica da Oração<br />

“améns” com o ribombar <strong>de</strong> um trovão distante. O concordante<br />

“amém” da congregação era consi<strong>de</strong>rado não menos importante que<br />

a própria oração <strong>em</strong> si (Ap 5.13,14; 22.20).<br />

A oração pública <strong>de</strong>ve ser algo mais do que aquilo que alguém<br />

faz na presença da congregação. O “amém” na Igreja Primitiva era<br />

uma resposta mediante a qual as pessoas se i<strong>de</strong>ntificavam com<br />

aquele que orava, concordavam com o que ele dizia e se apropriavam<br />

<strong>de</strong> sua oração, como se as palavras do que orava foss<strong>em</strong> as<br />

mesmas <strong>de</strong> cada um dos presentes. Assim sendo, quando uma<br />

pessoa li<strong>de</strong>rava a oração, tinha o mesmo valor que uma oração<br />

conjunta, quando todos uniam suas vozes <strong>em</strong> oração, porquanto<br />

isso indicava ao Senhor que todos estavam se aproximando dEle<br />

coletivamente, como o Corpo <strong>de</strong> Cristo (Alexan<strong>de</strong>r B. MacDonald,<br />

Christian Worship in the Prim itive Church, Edimburgo: T. & T.<br />

Clark, 1934, pp. 108,109).<br />

Guerra Espiritual na Oração<br />

Estamos <strong>em</strong> guerra espiritual! É imperativo que compreendamos<br />

isso, pois procurar guerrear contra o Inimigo na força da carne é o<br />

mesmo que cortejar uma <strong>de</strong>rrota certa. Faz<strong>em</strong>os b<strong>em</strong> <strong>em</strong> rel<strong>em</strong>brar<br />

as palavras <strong>de</strong> nosso Senhor a Pedro: “Vigiai e orai, para que não<br />

entreis <strong>em</strong> tentação; o espírito, na verda<strong>de</strong>, está pronto, mas a carne<br />

é fraca” (Mc 14.38). “Carne” (no grego, sarx) é uma alusão a esta<br />

vida terrena. Nossas batalhas não são combatidas <strong>em</strong> algum campo<br />

<strong>de</strong> batalha <strong>de</strong>ste mundo e n<strong>em</strong> são usados instrumentos <strong>de</strong> guerra<br />

terrenos. Antes, são travadas com armas <strong>de</strong> outra espécie — armas<br />

que se faz<strong>em</strong> eficazes pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />

Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque<br />

as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim po<strong>de</strong>rosas <strong>em</strong><br />

<strong>Deus</strong>, para <strong>de</strong>struição das fortalezas; <strong>de</strong>struindo os conselhos, e toda<br />

a altivez que se levanta contra o conhecimento <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, e levando<br />

cativo todo o entendimento à obediência <strong>de</strong> Cristo (2 Co 10.3-5).<br />

Embora as armas do crente sejam numerosas (Ef 6.14-17) e a<br />

oração não esteja nomeada entre elas, crê-se que a oração é pelo<br />

menos o meio pelo qual as armas do crente são utilizadas (Ef 6.18).<br />

Através da capacida<strong>de</strong> concedida mediante a oração (e não por<br />

meros meios humanos como a metafísica, a filosofia humana ou as<br />

manobras mentais), são <strong>de</strong>molidos argumentos e pretensões, b<strong>em</strong><br />

como qualquer outra elevada e po<strong>de</strong>rosa oposição ao conhecimento<br />

<strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Os argumentos contra o evangelho abrang<strong>em</strong> a imaginação<br />

e raciocínios puramente humanos. Através da oração e do estudo da<br />

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