Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Paulo na Oração - l eParte palavras. São gemidos por demais profundos para admitir palavras. Contudo, juntamente com esses gemidos, o Espírito também intercede pelos santos de uma forma que concorda com a vontade de Deus (Rm 8.27). E Deus entende essa intercessão. O resultado é que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Alguns expositores negam que os gemidos do Espírito possam ser línguas ou expressões carismáticas. Muitos pentecostais vêem aqui uma possibilidade do dom de línguas estar envolvido no processo juntamente com os gemidos. Entretanto, esses gemidos (ou suspiros) nunca são enunciados e também não aparecem em palavras de qualquer espécie. Mas são expressos nos corações dos filhos de Deus. Somente o Pai (“aquele que examina os corações”) os compreende. O Espírito Santo, dessa maneira, ajuda-nos a subir acima do nível de nossas inadequações humanas, através de seus gemidos humanamente inexprimíveis, os quais são emitidos em harmonia com a vontade divina. Stanley M. Horton coloca assim o desenvolver dessa passagem: Vivemos na fraqueza de nossos presentes corpos... Mas o Espírito Santo está conosco. Embora saibamos que a nossa experiência com Ele na era vindoura seja maior do que qualquer coisa que tenhamos conhecido aqui, Ele está conosco em pessoa, pronto para nos ajudar de uma maneira real e pessoal. Se bem que Paulo não tenha chamado ao Espírito Consolador e Paracleto, certamente ele vê aqui o Espírito como o nosso Ajudador. O Espírito sempre está pronto para nos ajudar em nossas fraquezas, pois é por causa delas que não compreendemos nem a nós mesmos e nem às nossas necessidades. Queremos fazer a vontade de Deus, Nnas nem ao menos sabemos orar como convém. Então o Espírito sai em nosso socorro e faz intercessão por nós (em nosso lugar) com gemidos por demais profundos para serem expressos por meio de palavras. Esses gemidos não são expressos em palavras... E nem precisam, pois o mesmo Deus, o mesmo Pai celeste que sabe o que se passa em nossos corações, sabe também o que está na mente do Espírito. Portanto, há uma comunicação perfeita entre o Pai e o Espírito Santo, sem a necessidade de palavras. Ademais, o Espírito Santo sabe qual é a vontade de Deus, pelo que podemos estar seguros de que sua intercessão sempre estará em consonância com a vontade de Deus. Em outras palavras, podemos estar plenamente certos de que suas orações serão respondidas. Não admira que Paulo diga que coisa alguma poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor (Stanley M. Horton, O que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo, Rio de Janeiro: CPAD, 1993). 247

Teologia Bíblica da Oração Um Testemunho do Coração Seria de prestimosa ajuda se todas as passagens bíblicas fossem claras e não estivessem sujeitas a nenhuma interpretação alternativa, principalmente as relacionadas com o teor da oração e a maneira de orarmos. Mas, infelizmente, não é o que acontece. Se Paulo tivesse apresentado as razões para as pessoas usarem vestes apropriadas e se deviam ou não cobrir a cabeça ao orarem em público, poderíamos determinar melhor se suas declarações são verdades universais e permanentes, ou se foram meramente relativas ao tempo no qual viveu e ministrou. É provável que não haja outra passagem bíblica que tenha apresentado mais controvérsias do que esta em que Paulo se dirige aos crentes de Corinto, que lutavam para ser um luzeiro numa das mais ricas e moralmente corruptas cidades do mundo antigo. Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se tivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie- se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? Ou não vos ensina a mesma natureza que é- desonra para o varão ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus (1 Co 11.4-6,13-16). Trata-se de uma clara violação do que a Bíblia ensina aqui, dizer que Deus só se preocupa com nossas atitudes e com nossa devoção interior. Vestir-se apropriada e modestamente, tanto na comunidade em que vivemos como na adoração coletiva, é um princípio bíblico válido para todos os tempos e culturas. Ainda que, talvez, não seja sábio permitir que considerações culturais influenciem exageradamente nossa compreensão e aplicação dos ensinos bíblicos, o princípio da modéstia e decoro deve ser aplicado dentro do contexto de nosso tempo. Por conseguinte, não está sendo dito aqui que devemos nos arrumar e vestir como os crentes judeus do primeiro século de nossa era, mas que, como eles fizeram, devemos nos portar com modéstia, apresentando um comportamento aceitável diante de todos. A declaração de Paulo de que um homem não deve orar ou profetizar com a cabeça coberta (1 Co 11.4), foi posteriormente contestada pelos cânones judaicos (os judeus ortodoxos atualmente usam um chapéu ou solidéu — y arm u lka, em hebraico — quando oram, mas não há evidências de que esse costume retroceda até à época do Novo 248

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palavras. São g<strong>em</strong>idos por <strong>de</strong>mais profundos para admitir palavras.<br />

Contudo, juntamente com esses g<strong>em</strong>idos, o Espírito também<br />

interce<strong>de</strong> pelos santos <strong>de</strong> uma forma que concorda com a vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (Rm 8.27). E <strong>Deus</strong> enten<strong>de</strong> essa intercessão. O resultado<br />

é que “todas as coisas contribu<strong>em</strong> juntamente para o b<strong>em</strong> daqueles<br />

que amam a <strong>Deus</strong>” (Rm 8.28).<br />

Alguns expositores negam que os g<strong>em</strong>idos do Espírito possam<br />

ser línguas ou expressões carismáticas. Muitos pentecostais vê<strong>em</strong><br />

aqui uma possibilida<strong>de</strong> do dom <strong>de</strong> línguas estar envolvido no<br />

processo juntamente com os g<strong>em</strong>idos. Entretanto, esses g<strong>em</strong>idos<br />

(ou suspiros) nunca são enunciados e também não aparec<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

palavras <strong>de</strong> qualquer espécie. Mas são expressos nos corações dos<br />

filhos <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Somente o Pai (“aquele que examina os corações”)<br />

os compreen<strong>de</strong>. O Espírito Santo, <strong>de</strong>ssa maneira, ajuda-nos a subir<br />

acima do nível <strong>de</strong> nossas ina<strong>de</strong>quações humanas, através <strong>de</strong> seus<br />

g<strong>em</strong>idos humanamente inexprimíveis, os quais são <strong>em</strong>itidos <strong>em</strong><br />

harmonia com a vonta<strong>de</strong> divina.<br />

Stanley M. Horton coloca assim o <strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong>ssa passag<strong>em</strong>:<br />

Viv<strong>em</strong>os na fraqueza <strong>de</strong> nossos presentes corpos... Mas o Espírito<br />

Santo está conosco. Embora saibamos que a nossa experiência<br />

com Ele na era vindoura seja maior do que qualquer coisa que<br />

tenhamos conhecido aqui, Ele está conosco <strong>em</strong> pessoa, pronto<br />

para nos ajudar <strong>de</strong> uma maneira real e pessoal. Se b<strong>em</strong> que Paulo<br />

não tenha chamado ao Espírito Consolador e Paracleto, certamente<br />

ele vê aqui o Espírito como o nosso Ajudador. O Espírito<br />

s<strong>em</strong>pre está pronto para nos ajudar <strong>em</strong> nossas fraquezas, pois é<br />

por causa <strong>de</strong>las que não compreen<strong>de</strong>mos n<strong>em</strong> a nós mesmos e<br />

n<strong>em</strong> às nossas necessida<strong>de</strong>s. Quer<strong>em</strong>os fazer a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>,<br />

Nnas n<strong>em</strong> ao menos sab<strong>em</strong>os orar como convém. Então o Espírito<br />

sai <strong>em</strong> nosso socorro e faz intercessão por nós (<strong>em</strong> nosso lugar)<br />

com g<strong>em</strong>idos por <strong>de</strong>mais profundos para ser<strong>em</strong> expressos por<br />

meio <strong>de</strong> palavras.<br />

Esses g<strong>em</strong>idos não são expressos <strong>em</strong> palavras... E n<strong>em</strong> precisam,<br />

pois o mesmo <strong>Deus</strong>, o mesmo Pai celeste que sabe o que se passa<br />

<strong>em</strong> nossos corações, sabe também o que está na mente do Espírito.<br />

Portanto, há uma comunicação perfeita entre o Pai e o Espírito<br />

Santo, s<strong>em</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> palavras. A<strong>de</strong>mais, o Espírito Santo<br />

sabe qual é a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, pelo que po<strong>de</strong>mos estar seguros<br />

<strong>de</strong> que sua intercessão s<strong>em</strong>pre estará <strong>em</strong> consonância com a<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Em outras palavras, po<strong>de</strong>mos estar plenamente<br />

certos <strong>de</strong> que suas orações serão respondidas. Não admira que<br />

Paulo diga que coisa alguma po<strong>de</strong>rá nos separar do amor <strong>de</strong> <strong>Deus</strong><br />

que está <strong>em</strong> Cristo Jesus nosso Senhor (Stanley M. Horton, O que<br />

a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo, Rio <strong>de</strong> Janeiro: CPAD, 1993).<br />

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