Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Teologia Bíblica da Oração orações, será considerado no capítulo 14, mas fica registrado aqui que Deus usa quaisquer meios necessários para dar uma resposta adequada a quem se mostra sinceramente interessado. De vez em quando, há uma demora na resposta às nossas orações, porque o meio escolhido por Deus para nos responder diz respeito a uma pessoa que ainda precisa aprender algumas lições sobre o obedecer à voz de Deus. Para que Deus pudesse responder à oração de Cornélio, Pedro tinha de se tornar um mensageiro preparado (o que, diga-se de passagem, era um projeto da maior envergadura). Deus sempre responde a um crente que ora, mas não raro Ele usa outro crente que ora para ser o portador da resposta. “E no dia seguinte indo eles tos homens enviados a Pedro da parte de Cornélio] seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta” (At 10.9). Nenhuma razão particular nos é dada para que Pedro fosse orar àquela hora (pela manhã, à tarde e ao pôr-do-sol eram os horários prescritos aos judeus para orar). Provavelmente, ele o fez por questão de hábito e movido pelo desejo pessoal de comunhão com Deus. Quando oramos, damos a Deus a oportunidade de falar e ficamos mais dispostos a ouvir. A oração de Pedro proporcionou uma revelação da maior importância, não só para ele como também para toda a Igreja, isto é, que Deus não faz acepção de pessoas, pois está disposto a abençoar tanto o mundo judaico quanto o gentílico com o evangelho (At 10.34,35). Não há como medir o quanto as coisas estão na dependência de nossas orações. Mas se Cornélio não tivesse orado, a porta do evangelho para os gentios teria permanecido fechada por mais algum tempo, embora não de forma permanente, pois Deus prometera abençoar todos os povos da Terra (Gn 12.3; 18.18; 22.18; 26.4; 28.14; G1 3-8). E se Pedro não tivesse orado, talvez um adiamento fosse novamente necessário — pelo menos até que Deus encontrasse outro crente que lhe obedecesse as orientações. Mas tanto Cornélio quanto Pedro oraram, o que ocasionou a entrada do evangelho no mundo gentílico. Só assim Cornélio e sua casa experimentaram a plenitude do Espírito Santo, muito embora já tivessem ouvido acerca do evangelho antes dessa ocasião (At 10.36,37,44-48; para uma discussão mais detalhada sobre o assunto, consulte o livro de Horton, O q u e a B íb lia D iz S ob re o Espírito Santo). Dessa passagem sobre a oração podemos tirar várias lições. Deus toma nota dos momentos de devoção piedosa e põe em ação o seu poder para responder as orações dos justos. Uma vida de oração coerente e de comunhão com Deus abre as portas para sermos orientados e dirigidos por Ele. Quando buscamos a Deus de coração 232

A Oração na Igreja em Expansão puro, a despeito de nossa fama ou obscuridade, nós o encontramos. Mas quando oramos precisamos ter paciência, pois Deus pode querer usar outros seres humanos, os quais Ele frequentemente tem de preparar antes de, por meio deles, nos dar a resposta que buscamos. A oração é a maior força disponível para influenciar vidas e — por que não? — a própria História. Livramento por meio da Oração Conjunta O progresso da Igreja depende, em grande escala, de sua liderança, mais ou menos como uma conquista militar depende dos oficiais do exército. Satanás não se esquece nem por um momento dessa realidade, pelo que procura atingir pontos estratégicos onde possa causar estragos mais profundos. Da mesma forma que Deus prefere agir através de pessoas na realização de seus propósitos, assim também Satanás emprega emissários humanos para alcançar seus objeti- vos. Herodes Agripa I foi cúmplice de Satanás na detenção e aprisionamento de Pedro. Herodes supôs que Tiago e Pedro eram as duas colunas sobre as quais repousava a Igreja Primitiva. Pensou que, se eles fossem eliminados, a estrutura inteira da Igreja entraria em colapso. Por isso, deteve e executou Tiago. Como isso agradou os judeus, mandou prender também Pedro, colocando-o sob forte segurança, com guardas à porta. “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (At 12.5). Herodes, devido à sua depravação, não tinha consciência de que, na verdade, estava lutando contra o Deus Todo-poderoso. Portanto, podemos observar mais uma vez o tremendo poder da oração. Quando não oramos, Satanás domina. Devemos nos lembrar de que nestes dias, como em toda a História, a liderança da Igreja é alvo de constantes ataques do maligno. A Igreja Primitiva, deveras preocupada com a morte de Tiago e o aprisionamento de Pedro, orou com toda a seriedade. Os crentes reunidos em casa de Maria, mãe de João Marcos, não se entregaram à oração com um coração dividido, como temos a tendência de fazer, mas permaneceram orando intensamente. Eram orações fervorosas. Ressalte-se que a Igreja, como um todo, estava empenhada naquela oração. Há tempo e lugar para as orações individuais, feitas em particular. Mas também existe a hora certa de a Igreja reunida levar a carga aos ombros. Quando a missão pela qual a Igreja existe estiver sendo ameaçada, sem dúvida nenhuma esse é o momento de ela orar em conjunto. Desse modo, a infante Igreja se reuniu para orar por uma única razão: que Pedro fosse poupado pela causa da Igreja e do mundo. Essa oração também foi específica. Orar de modo específico, 233

Teologia Bíblica da Oração<br />

orações, será consi<strong>de</strong>rado no capítulo 14, mas fica registrado aqui<br />

que <strong>Deus</strong> usa quaisquer meios necessários para dar uma resposta<br />

a<strong>de</strong>quada a qu<strong>em</strong> se mostra sinceramente interessado.<br />

De vez <strong>em</strong> quando, há uma <strong>de</strong>mora na resposta às nossas<br />

orações, porque o meio escolhido por <strong>Deus</strong> para nos respon<strong>de</strong>r diz<br />

respeito a uma pessoa que ainda precisa apren<strong>de</strong>r algumas lições<br />

sobre o obe<strong>de</strong>cer à voz <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Para que <strong>Deus</strong> pu<strong>de</strong>sse respon<strong>de</strong>r<br />

à oração <strong>de</strong> Cornélio, Pedro tinha <strong>de</strong> se tornar um mensageiro<br />

preparado (o que, diga-se <strong>de</strong> passag<strong>em</strong>, era um projeto da maior<br />

envergadura). <strong>Deus</strong> s<strong>em</strong>pre respon<strong>de</strong> a um crente que ora, mas não<br />

raro Ele usa outro crente que ora para ser o portador da resposta.<br />

“E no dia seguinte indo eles tos homens enviados a Pedro da<br />

parte <strong>de</strong> Cornélio] seu caminho, e estando já perto da cida<strong>de</strong>, subiu<br />

Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta” (At 10.9). Nenhuma<br />

razão particular nos é dada para que Pedro fosse orar àquela hora<br />

(pela manhã, à tar<strong>de</strong> e ao pôr-do-sol eram os horários prescritos aos<br />

ju<strong>de</strong>us para orar). Provavelmente, ele o fez por questão <strong>de</strong> hábito e<br />

movido pelo <strong>de</strong>sejo pessoal <strong>de</strong> comunhão com <strong>Deus</strong>. Quando<br />

oramos, damos a <strong>Deus</strong> a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falar e ficamos mais<br />

dispostos a ouvir. A oração <strong>de</strong> Pedro proporcionou uma revelação<br />

da maior importância, não só para ele como também para toda a<br />

Igreja, isto é, que <strong>Deus</strong> não faz acepção <strong>de</strong> pessoas, pois está disposto<br />

a abençoar tanto o mundo judaico quanto o gentílico com o<br />

evangelho (At 10.34,35).<br />

Não há como medir o quanto as coisas estão na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

nossas orações. Mas se Cornélio não tivesse orado, a porta do evangelho<br />

para os gentios teria permanecido fechada por mais algum<br />

t<strong>em</strong>po, <strong>em</strong>bora não <strong>de</strong> forma permanente, pois <strong>Deus</strong> prometera<br />

abençoar todos os povos da Terra (Gn 12.3; 18.18; 22.18; 26.4; 28.14;<br />

G1 3-8). E se Pedro não tivesse orado, talvez um adiamento fosse<br />

novamente necessário — pelo menos até que <strong>Deus</strong> encontrasse<br />

outro crente que lhe obe<strong>de</strong>cesse as orientações. Mas tanto Cornélio<br />

quanto Pedro oraram, o que ocasionou a entrada do evangelho no<br />

mundo gentílico. Só assim Cornélio e sua casa experimentaram a<br />

plenitu<strong>de</strong> do Espírito Santo, muito <strong>em</strong>bora já tivess<strong>em</strong> ouvido acerca<br />

do evangelho antes <strong>de</strong>ssa ocasião (At 10.36,37,44-48; para uma discussão<br />

mais <strong>de</strong>talhada sobre o assunto, consulte o livro <strong>de</strong> Horton, O<br />

q u e a B íb lia D iz S ob re o Espírito Santo).<br />

Dessa passag<strong>em</strong> sobre a oração po<strong>de</strong>mos tirar várias lições. <strong>Deus</strong><br />

toma nota dos momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção piedosa e põe <strong>em</strong> ação o seu<br />

po<strong>de</strong>r para respon<strong>de</strong>r as orações dos justos. Uma vida <strong>de</strong> oração<br />

coerente e <strong>de</strong> comunhão com <strong>Deus</strong> abre as portas para sermos<br />

orientados e dirigidos por Ele. Quando buscamos a <strong>Deus</strong> <strong>de</strong> coração<br />

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