Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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Teologia Bíblica da Oração A experiência pentecostal ainda estava bem viva na memória de Pedro e João. Para eles, era inimaginável que qualquer crente regenerado pudesse permanecer muito tempo sem o batismo no Espírito Santo. Mas, como aqueles novos crentes poderiam ter a experiência pentecostal? A Bíblia nos dá uma resposta sucinta: quando Pedro e João chegaram, “oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo” (At 8.15). Não é de pouca importância que Pedro e João tenham orado nesse sentido, isto é, que os crentes samaritanos pudessem “receber” de forma ativa o Espírito, que pudessem “tomar” para si mesmos a promessa do Espírito (para uma discussão mais pormenorizada sobre esse assunto, consulte o livro de Stanley M. Horton, O qu e a B íblia D iz Sobre o Espírito Santo, Rio de Janeiro: CPAD, 1993). Não houve nenhuma solicitação para que Deus lhes desse o Espírito Santo, visto que o Espírito já lhes fora concedido. Mas Ele ainda não havia sido dado quando João escreveu: “Porque o Espírito ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” 0 o 7.39). Naturalmente, quando ele 0oâo) e Pedro visitaram a cidade de Samaria, Jesus já havia sido glorificado, e o Espírito Santo, concedido (At 2.33). Conseqúentemente, tudo o que os crentes samaritanos precisavam era tão-somente obter a fé necessária para receber esse dom gracioso. A oração de Pedro e João foi acompanhada pela imposição de mãos. Alguns eruditos pensam que essa prática limitava-se aos apóstolos, especialmente no que diz respeito ao recebimento do Espírito Santo. Todavia, a experiência de um discípulo pouco conhecido chamado Ananias, põe abaixo essa suposição. Nas instruções recebidas para ir ter com Saulo de Tarso, havia a informação de que Saulo estivera orando “e numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tomasse a ver” (At 9.12). O ministério da imposição de mãos não estava confinado a uns poucos, mas era e continua sendo para os muitos que ministram às necessidades dos crentes, inclusive para o crente cheio do Espírito que não possua um ministério específico. A imposição de mãos parece ter sido um meio especial de estimular a fé daqueles por quem a oração era feita. Não havia qualquer transmissão mística de poder, mas o ato simbolizava a outorga do Espírito Santo por parte do Pai. O resultado das orações e da imposição de mãos foi exatamente o que já era de se esperar: “E receberam o Espírito Santo” (At 8.17). As Escrituras não registram tudo o que sucedeu quando os samaritanos receberam o Espírito, embora seja óbvio que existiram certas manifestações externas: “E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro” (At 8.18). Que Simão tenha testemunhado algo muito signi- 226
A Oração nã Igreja em Expansão ficativo, não se pode duvidar, considerando seu olho impuro para os negócios e o lucro (At 8.9-11,18,19). À luz de outras narrativas de recebimento do Espírito Santo, fica muito claro que Simão viu os samaritanos falarem em línguas, enquanto demonstravam jubilosa exaltação e magnificavam a Deus (At 2.11; 10.46; 13.52; 19-6). Depois de as pessoas aceitarem a Cristo como Salvador, nossa preocupação imediata deveria ser que elas fossem cheias do Espírito Santo. De fato, devemos focalizar nossa atenção mais na disponibilidade do crente em receber que na capacidade de Deus em dar. Ao orarmos veementemente para que os novos convertidos tenham essa experiência, é apropriado, surgindo a fé, impor-lhes as mãos, esperando que Deus lhes dê o dom prometido a todos os crentes. Recebendo a Orientação de Deus Quando as pessoas realmente oram, Deus ouve e responde, pondo em movimento o seu glorioso poder. Algumas vezes, a resposta depende da prontidão de outros indivíduos em ouvir e obedecer as instruções de Deus. Mediante a intervenção divina, Saulo esteve face a face tanto com Jesus quanto consigo mesmo, ficando totalmente sem defesa (At 9-3,4). Foi nessa total agonia de alma que ele orou. Embora Deus interviesse de forma sobrenatural, ao chamar a atenção de Saulo, Ele usou um de seus mais humildes servos, Ananias, para completar aquela transformação espiritual, quando lhe disse: “Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando” (At 9-H)- A oração realiza muitas coisas. Contudo, Deus com frequência usa pessoas para levar a resposta. Aquilo que não podemos fazer, Deus fará mediante intervenções miraculosas em resposta às nossas orações. Mas aquilo que podemos fazer, Deus normalmente nos \ permite que façamos. Ficamos a imaginar quais teriam sido as conse- jqiiências para a vida de Saulo, se Ananias não estivesse atento aos impulsos e instruções de Deus. E também nos perguntamos se, por vezes, algumas almas desesperadas não se vêem privadas das intenções de Deus para com elas, por causa da indisposição ou da falta de preparo de seus servos em servir de agentes da revelação de Deus. Era de fundamental importância que Saulo orasse. Além do que, no processo divino de levar as pessoas a essa situação, sempre parece ser algo necessário, “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). As consequências da oração de Saulo estão além da nossa compreensão. Nunca um crente esteve mais completamente submisso à vontade de Deus e nem foi usado mais eficazmente em alcançar o mundo para Cristo do 227
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ficativo, não se po<strong>de</strong> duvidar, consi<strong>de</strong>rando seu olho impuro para os<br />
negócios e o lucro (At 8.9-11,18,19). À luz <strong>de</strong> outras narrativas <strong>de</strong><br />
recebimento do Espírito Santo, fica muito claro que Simão viu os<br />
samaritanos falar<strong>em</strong> <strong>em</strong> línguas, enquanto <strong>de</strong>monstravam jubilosa<br />
exaltação e magnificavam a <strong>Deus</strong> (At 2.11; 10.46; 13.52; 19-6).<br />
Depois <strong>de</strong> as pessoas aceitar<strong>em</strong> a Cristo como Salvador, nossa<br />
preocupação imediata <strong>de</strong>veria ser que elas foss<strong>em</strong> cheias do Espírito<br />
Santo. De fato, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os focalizar nossa atenção mais na disponibilida<strong>de</strong><br />
do crente <strong>em</strong> receber que na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> <strong>em</strong> dar. Ao<br />
orarmos ve<strong>em</strong>ent<strong>em</strong>ente para que os novos convertidos tenham<br />
essa experiência, é apropriado, surgindo a fé, impor-lhes as mãos,<br />
esperando que <strong>Deus</strong> lhes dê o dom prometido a todos os crentes.<br />
Recebendo a Orientação <strong>de</strong> <strong>Deus</strong><br />
Quando as pessoas realmente oram, <strong>Deus</strong> ouve e respon<strong>de</strong>,<br />
pondo <strong>em</strong> movimento o seu glorioso po<strong>de</strong>r. Algumas vezes, a<br />
resposta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da prontidão <strong>de</strong> outros indivíduos <strong>em</strong> ouvir e<br />
obe<strong>de</strong>cer as instruções <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Mediante a intervenção divina,<br />
Saulo esteve face a face tanto com Jesus quanto consigo mesmo,<br />
ficando totalmente s<strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa (At 9-3,4). Foi nessa total agonia <strong>de</strong><br />
alma que ele orou. Embora <strong>Deus</strong> interviesse <strong>de</strong> forma sobrenatural,<br />
ao chamar a atenção <strong>de</strong> Saulo, Ele usou um <strong>de</strong> seus mais humil<strong>de</strong>s<br />
servos, Ananias, para completar aquela transformação espiritual,<br />
quando lhe disse: “Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e<br />
pergunta <strong>em</strong> casa <strong>de</strong> Judas por um hom<strong>em</strong> <strong>de</strong> Tarso chamado<br />
Saulo; pois eis que ele está orando” (At 9-H)-<br />
A oração realiza muitas coisas. Contudo, <strong>Deus</strong> com frequência<br />
usa pessoas para levar a resposta. Aquilo que não po<strong>de</strong>mos fazer,<br />
<strong>Deus</strong> fará mediante intervenções miraculosas <strong>em</strong> resposta às nossas<br />
orações. Mas aquilo que po<strong>de</strong>mos fazer, <strong>Deus</strong> normalmente nos<br />
\ permite que façamos. Ficamos a imaginar quais teriam sido as conse-<br />
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impulsos e instruções <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. E também nos perguntamos se, por<br />
vezes, algumas almas <strong>de</strong>sesperadas não se vê<strong>em</strong> privadas das intenções<br />
<strong>de</strong> <strong>Deus</strong> para com elas, por causa da indisposição ou da falta <strong>de</strong><br />
preparo <strong>de</strong> seus servos <strong>em</strong> servir <strong>de</strong> agentes da revelação <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />
Era <strong>de</strong> fundamental importância que Saulo orasse. Além do que,<br />
no processo divino <strong>de</strong> levar as pessoas a essa situação, s<strong>em</strong>pre parece<br />
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como o efetuar, segundo a sua boa vonta<strong>de</strong>” (Fp 2.13). As consequências<br />
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