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Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Teologia Bíblica da Oração<br />

tona um probl<strong>em</strong>a: um grupo <strong>de</strong> novos convertidos queixou-se à<br />

li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> que suas viúvas estavam sendo <strong>de</strong>sprezadas na administração<br />

do alimento necessário. De súbito, um movimento do Espírito,<br />

nascido <strong>em</strong> meio a uma unida<strong>de</strong> s<strong>em</strong> prece<strong>de</strong>ntes, viu-se na contingência<br />

<strong>de</strong> enfrentar uma séria discórdia.<br />

Os apóstolos estavam preocupados <strong>em</strong> prover apoio às viúvas<br />

<strong>de</strong>samparadas. Mas eles tinham uma missão superior, da qual não<br />

podiam arredar o pé. Em consequência, tiveram <strong>de</strong> lidar com uma<br />

questão que todo lí<strong>de</strong>r espiritual, mais cedo ou mais tar<strong>de</strong>, acaba<br />

enfrentando. Deve-se permitir que o cuidado das necessida<strong>de</strong>s<br />

t<strong>em</strong>porais suplante o ministério das necessida<strong>de</strong>s espirituais? A<br />

<strong>de</strong>cisão que tomaram a respeito <strong>de</strong>ssa questão foi tão boa para<br />

aqueles dias quanto o é hoje: “Não é razoável que nós <strong>de</strong>ix<strong>em</strong>os a<br />

palavra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> e sirvamos às mesas” (At 6.2). (A mesma palavra<br />

grega traduzida aqui como “mesas”, refere-se a mesas <strong>de</strong> dinheiro,<br />

<strong>em</strong> Mt 21.12, Mc 11.15 e Jo 2.15, e a um “banco”, <strong>em</strong> Lc 19-23.<br />

Don<strong>de</strong> se <strong>de</strong>duz que, <strong>em</strong> At 4.35, era o dinheiro e não o alimento<br />

que estava sendo distribuído. Provavelmente, é a “mesas <strong>de</strong> dinheiro”<br />

que se faz referência na passag<strong>em</strong> <strong>de</strong> At 6.2.)<br />

Essa conclusão, <strong>em</strong> hipótese alguma, sugere que a Igreja não tenha<br />

a obrigação <strong>de</strong> cuidar dos seus necessitados. Mas ensina que outras<br />

pessoas, além das engajadas no ministério da pregação, é que <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

se encarregar das funções <strong>de</strong> benevolência da igreja (At. 6.3). Doutra<br />

maneira, a mais importante função do ministério, que trata das questões<br />

eternas, será trocada pela preocupação muito menos importante<br />

das questões t<strong>em</strong>porais.<br />

Parece evi<strong>de</strong>nte que havia um equilíbrio entre as orações e a<br />

pregação dos apóstolos, <strong>em</strong>bora a análise <strong>de</strong> suas petições específicas<br />

não evi<strong>de</strong>ncie nada <strong>de</strong> conclusivo: “Mas nós perseverar<strong>em</strong>os na<br />

oração e no ministério da palavra” (At 6.4). A oração compl<strong>em</strong>entava<br />

o ministério da Palavra e vice-versa. S<strong>em</strong> a oração, a pregação é um<br />

exercício fútil; e s<strong>em</strong> a pregação, a oração per<strong>de</strong> o sentido <strong>de</strong> ser,<br />

especialmente na vida <strong>de</strong> um ministro.<br />

Uma escola que ensinasse os pregadores a orar, face ao valor que<br />

<strong>Deus</strong> dá à oração, seria mais benéfica para a verda<strong>de</strong>ira pieda<strong>de</strong>,<br />

para a verda<strong>de</strong>ira adoração e para a verda<strong>de</strong>ira pregação do que<br />

todas as escolas <strong>de</strong> teologia juntas... Os pregadores que são gran<strong>de</strong>s<br />

pensadores, gran<strong>de</strong>s estudantes, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser também os maiores<br />

na oração. Caso contrário, serão os maiores <strong>de</strong>sviados, profissionais<br />

<strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> coração, racionalistas, menos que o último<br />

dos pregadores na estimativa <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> (E. M. Bounds, Preacher<br />

an d Prayer, Chicago: The Christian Witness, s. d., pp. 25, 27).<br />

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