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Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Os Ensinamentos <strong>de</strong> Jesus sobre a Oração<br />

atrair a atenção e a admiração do povo não é oração <strong>de</strong> forma alguma,<br />

mas vã exaltação do ego. Os fariseus hipócritas queriam que sua<br />

pieda<strong>de</strong> fosse vista e aplaudida. Por essa razão, foram <strong>de</strong>nunciados,<br />

juntamente com os escribas, por se valer<strong>em</strong> <strong>de</strong> longas orações públicas<br />

para encobrir os maus tratos que dispensavam às viúvas (Mc 12.40).<br />

Para obter aceitação junto ao Pai, a oração <strong>de</strong>ve ser dirigida aos<br />

ouvidos do <strong>Deus</strong> Todo-po<strong>de</strong>roso. Jesus nos <strong>de</strong>u três admoestações, a<br />

fim <strong>de</strong> que or<strong>em</strong>os impulsionados, pelos motivos certos: (1) orar s<strong>em</strong><br />

chamar a atenção para nós mesmos (Mt 6.5); (2) orar <strong>em</strong> secreto (Mt<br />

6.6); e (3) orar s<strong>em</strong> usar vãs repetições (Mt 6.7,8).<br />

A instrução <strong>de</strong> Cristo para que seus seguidores, quando orar<strong>em</strong>,<br />

entr<strong>em</strong> <strong>em</strong> seus quartos e fech<strong>em</strong> a porta, não sugere que a oração<br />

pública seja imprópria. Apenas sublinha a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que seja<br />

evitada qualquer intenção <strong>de</strong> usarmos a oração como um meio <strong>de</strong><br />

obter a admiração do povo. A palavra “aposento” é tradução do<br />

termo grego tam eion e significa, literalmente, “quarto interior” ou<br />

“quarto secreto”. É tão-somente um lugar <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>. Mesmo<br />

com uma agenda recheada <strong>de</strong> compromissos e com exigências<br />

pr<strong>em</strong>entes vindas <strong>de</strong> todos os lados, o crente <strong>de</strong>ve reservar t<strong>em</strong>po<br />

para a comunhão com <strong>Deus</strong>. Samuel Chadwick sumariou a questão<br />

muito b<strong>em</strong>, quando escreveu:<br />

Dev<strong>em</strong>os encontrar algum lugar que sirva <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> encontro com<br />

<strong>Deus</strong>. Um coração faminto encontrará um jeito. Ao ar livre ou <strong>em</strong><br />

algum canto recluso, s<strong>em</strong>pre haverá um santuário interior. Se não for<br />

possível achar um lugar físico a<strong>de</strong>quado, a alma <strong>de</strong>ve reservar um<br />

espaço íntimo para on<strong>de</strong> possa se retirar e estar a sós com <strong>Deus</strong>,<br />

mesmo que outras pessoas estejam por perto — o ‘gabinete interior’<br />

é uma bênção indizível... <strong>Deus</strong> quer que os homens or<strong>em</strong> <strong>em</strong> todos<br />

os lugares, mas o lugar <strong>de</strong> sua glória está na solidão, on<strong>de</strong> Ele nos<br />

escon<strong>de</strong> na fenda da rocha e fala conosco face a face, como um<br />

hom<strong>em</strong> conversa com seu amigo (Samuel Chadwick, The Path o f<br />

Prayer, Nova Iorque: Abingdon Press, 1931, p. 30).<br />

A oração, tal como a esmola e o jejum, <strong>de</strong>ve ser praticada <strong>em</strong><br />

secreto, a fim <strong>de</strong> que o Pai celeste, que vê o que está <strong>em</strong> oculto, possa<br />

recompensar abertamente o ato <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção (Mt 6.3,4,18). Os fariseus<br />

queriam ser vistos pelo povo quando oravam pelas ruas nas horas<br />

marcadas para a oração. Qu<strong>em</strong> age assim já recebeu a sua recompensa,<br />

que é ser visto pelos homens — mas n<strong>em</strong> por um minuto presuma<br />

que é ouvido por <strong>Deus</strong>. Os fariseus conseguiam chamar a atenção das<br />

pessoas, o que na verda<strong>de</strong> era o que <strong>de</strong>sejavam, para que foss<strong>em</strong><br />

julgados mais piedosos e justos que os outros, mas não podiam esperar<br />

que <strong>Deus</strong> <strong>de</strong>sse qualquer resposta aos seus apelos.<br />

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