Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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05 Ensinamentos de Jesus sobre a Oração À semelhança de Isaías, clamamos: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5) Pedimos o perdão de Deus, “assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). A expressão “assim como” não indica grau, visto que jamais poderemos perdoar com perfeição — somente Deus pode perdoar o pecado — mas podemos e devemos perdoar erros reais e imaginários cometidos contra nós. Não obstante, há uma comparação implícita nessa passagem. Quando estamos prontos a perdoar, a despeito de nossa condição de fraqueza e pecaminosidade, Deus está pronto, em sua santidade perfeita, a nos perdoar igualmente. Receber o perdão divino segue de mãos dadas com o ato de perdoar os outros. Só podemos receber o perdão, quando entendermos o princípio que o rege, e isto implica em não levar a mal o desinteresse que os outros demonstram pelo nosso insignificante ego (Mt 18.21-35). “Perdoa-nos as nossas dívidas” refere-se aos pecados cometidos no passado; “Não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal” (Mt 6.13) aplica-se ao futuro imediato. Uma pessoa arrependida de fato preocupa-se não somente em ter um passado limpo, mas também em permanecer justa após o perdão e a purificação recebidos. O crente precisa libertar-se da penalidade do pecado, como também do poder do pecado. A definição usual de “tentação” é “incitação à prática do erro”. Mas sabemos perfeitamente que Deus nunca leva ou influencia seus filhos à prática do mal (Tg 1.13). A dificuldade reside na compreensão apropriada das palavras “induzas” e “tentação”. O verbo induzir (gr. eispheró) significa apenas que Deus nos permite entrar em certas circunstâncias e não que Ele nos empurra para elas. Diz a versão dessa frase, feita por Benjamin Wilson: “Não nos abandones às provas” (Benjamin Wilson, The E m phatic Diaglott, Brooklyn: International Bible Students Association, 1942, p. 27). Assim, o termo grego descarta qualquer idéia de sermos abandonados na hora da tentação. Deus é fiel. Ele jamais nos abandonaria aos ludíbrios de Satanás. A outra palavra-chave nessa petição é “tentação” (gr. peirasm os). Seu uso nas Escrituras pode significar “prova” (teste) ou “incitação para praticar o erro”. Se a frase seguinte (“mas livra-nos do mal”) for uma petição distinta, o significado pode ser qualquer um dos dois. Se, como é mais provável, “não nos induzas à tentação” e “livra-nos do mal” formarem uma única petição, então o sentido de incitação é o mais cabível. Implícitos na palavra “tentação” estão não só os 201
Teologia Bíblica da Oração violentos assaltos satânicos, como também aquelas severas tribulações em meio às quais nos sentimos despreparados. Nos dias maus em que vivemos, essa é uma oração que todos devemos fazer, pois o grande enganador está intensamente ativo. Ele implanta maus pensamentos, gera más imaginações, estimula o deleite na visualização do mal, pressiona nossa vontade para atendermos aos desejos maus da carne, incita-nos à concupiscência, leva-nos ao pecado e encanta-nos para a morte. Nossas orações deveriam originar-se da verdadeira consciência de que somos inerentemente fracos diante dos poderes das trevas que nos querem destruir. Sempre haverá necessidade de orarmos defensivamente. Nosso senhor nos instruiu acerca de como a oração deve começar e também nos ensinou como ela deve terminar. A expressão de louvor a Deus é uma breve doxologia. Trata-se de uma homenagem e de um reconhecimento àquEle a quem as nossas orações são dirigidas. Nessa explosão de louvor, a alma obtém a certeza de que Deus atenderá às petições feitas. Nas orações coleti- vas, a doxologia é uma conclusão apropriada a ser expressa por toda a congregação. “Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” (Mt 6.13). Tudo pertence a Deus! Todas as nossas petições devem ser expressas nessa consciência, se é que pretendemos obter alguma resposta. Cada pedido deve ser feito na confiança de que a resposta, uma vez dispensada a nós, trará glória a Deus e somente a Deus. Tendo Motivos Corretos Jesus deu muitas outras diretrizes acerca da oração. Todavia, não deve ser menosprezado o fato de Ele haver começado suas instruções com uma palavra negativa. A questão a que Ele se reporta aqui é a da motivação. E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis pois a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes (Mt 6.5-8). Para ser eficaz, a oração deve ter como origem um motivo adequado. Esta é a primeira regra. A oração expressa com o único intuito de 202
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violentos assaltos satânicos, como também aquelas severas tribulações<br />
<strong>em</strong> meio às quais nos sentimos <strong>de</strong>spreparados.<br />
Nos dias maus <strong>em</strong> que viv<strong>em</strong>os, essa é uma oração que todos<br />
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implanta maus pensamentos, gera más imaginações, estimula o <strong>de</strong>leite<br />
na visualização do mal, pressiona nossa vonta<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>rmos aos<br />
<strong>de</strong>sejos maus da carne, incita-nos à concupiscência, leva-nos ao<br />
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diante dos po<strong>de</strong>res das trevas que nos quer<strong>em</strong> <strong>de</strong>struir. S<strong>em</strong>pre<br />
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Nosso senhor nos instruiu acerca <strong>de</strong> como a oração <strong>de</strong>ve<br />
começar e também nos ensinou como ela <strong>de</strong>ve terminar. A expressão<br />
<strong>de</strong> louvor a <strong>Deus</strong> é uma breve doxologia. Trata-se <strong>de</strong> uma<br />
homenag<strong>em</strong> e <strong>de</strong> um reconhecimento àquEle a qu<strong>em</strong> as nossas<br />
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certeza <strong>de</strong> que <strong>Deus</strong> aten<strong>de</strong>rá às petições feitas. Nas orações coleti-<br />
vas, a doxologia é uma conclusão apropriada a ser expressa por<br />
toda a congregação. “Porque teu é o reino, e o po<strong>de</strong>r, e a glória,<br />
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nossas petições <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser expressas nessa consciência, se é que<br />
preten<strong>de</strong>mos obter alguma resposta. Cada pedido <strong>de</strong>ve ser feito na<br />
confiança <strong>de</strong> que a resposta, uma vez dispensada a nós, trará glória<br />
a <strong>Deus</strong> e somente a <strong>Deus</strong>.<br />
Tendo Motivos Corretos<br />
Jesus <strong>de</strong>u muitas outras diretrizes acerca da oração. Todavia,<br />
não <strong>de</strong>ve ser menosprezado o fato <strong>de</strong> Ele haver começado suas<br />
instruções com uma palavra negativa. A questão a que Ele se<br />
reporta aqui é a da motivação.<br />
E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se compraz<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> orar <strong>em</strong> pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas para ser<strong>em</strong><br />
vistos pelos homens. Em verda<strong>de</strong> vos digo que já receberam o<br />
seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e,<br />
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que vê secretamente, te recompensará. E, orando, não useis <strong>de</strong><br />
vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito<br />
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vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes <strong>de</strong> vós lho pedir<strong>de</strong>s<br />
(Mt 6.5-8).<br />
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