Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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08.05.2013 Views

Os Ensinamentos de Jesus sobre a Oração mento do Reino deveria ser sempre o alicerce das nossas petições. Isso porque, embora Deus já tenha derrotado Satanás, o promotor da rebelião, ainda há resquícios dela em toda a criaçâó e, até que todas as criaturas sejam libertadas da servidão maligna, devemos buscar a consumação do Reino de Deus. Nosso mais acentuado desejo deve ser que o Inimigo de nossas almas não mais exerça domínio sobre criatura alguma, principalmente sobre nós, mas que o Espírito Santo assuma o pleno controle de nossos corações, levando submisso a Jesus cada pensamento, palavra e ação. “Que venha o Teu Reino, Senhor, no mundo e em meu coração”. A intenção final de Deus só será atingida quando cada crente, individualmente, e a Igreja, como um só corpo, convidarem e permitirem a vinda do Reino de acordo com o beneplácito de Deus. A correlação entre a vinda do Reino de Cristo e o cumprimento de sua vontade é óbvia, pois sempre e onde quer que sua vontade for cumprida, o seu Reino estará sendo manifestado. O Reino de Deus, ou seja, o governo de Deus, é também o governo do Céu, pois tem como fonte o Deus que está no Céu. O desejo pelo Reino de Deus não se circunscreve ao futuro Reino milenar de Cristo, quando nosso Senhor reinará vitorioso sobre tudo quanto é contrário à vontade de Deus. É também o desejo de que Deus governe agora em cada coração que lhe é sujeito, para que a sua vontade seja feita na Terra assim como é feita no Céu. Este é o segredo para quem busca ter justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17) (Stanley M. Horton, The New Testament Study Bible: Matthew, vol. 2, Springfield, Missouri: The Complete Biblical Library, 1989, p. 109). Clamar para que “seja feita a tua vontade” (Mt 6.10) requer completa submissão. Como já mencionamos, para que Jesus pudesse cumprir sua missão, Ele teve de submeter-se à vontade do Pai (Hb 5.7-9)- A submissão é o elemento básico da oração, pois onde houver submissão sem reservas, não haverá impedimentos à resposta de Deus. Assim, torna-se imperativo que oremos: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Isso expressa também nossa confiança na fidelidade de Deus, bem como demonstra que sabemos que Ele está agindo em nosso favor e que cumprirá todas as suas promessas. Muito acima de nossas necessidades terrenas e temporais, estão as necessidades do espírito. Mas como continuamos em nosso estado terreno, cercados por necessidades e preocupações terrenas, nosso Senhor nos instruiu a pedirmos por elas ao Pai celeste. “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mt 6.11) significa “supre nossas necessidades diárias”. A petição, por si mesma, é um reconhecimento de nossa dependência de Deus. Mas orar dessa maneira não 199

Teologia Bíblica da Oração invalida ou suprime a necessidade do esforço humano (Gn 3-19; 1 Tm 5.8). Antes, reconhece que Deus é a fonte que nos supre das coisas materiais, não importando quão duramente tenhamos trabalhado para alcançá-las. As realidades temporais pelas quais oramos não são finalidades em si mesmas. São apenas meios para chegarmos a cumprir o propósito para o qual Deus nos pôs na Terra, sem a nutrição para o corpo e as provisões básicas para a vida física, não poderíamos fazer a vontade de Deus na Terra. O suprimento das necessidades ordinárias da vida são apenas um meio de se trabalhar mais intensamente pelo cumprimento de todas as petições, inclusive as nitidamente espirituais, contida nessa oração modelo. “Nemde pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Viver somente em função do pão natural torna a vida um fardo e tira dela o sentido. Quando oramos pelo pão nosso de cada dia, também deveríamos entender que precisamos do pão da vida. Os israelitas comeram o maná no deserto e mesmo assim morreram. Deus, em sua misericórdia, prometeu nos dar o pão da vida, ainda que o nosso corpo físico morra. Nosso Criador nos constituiu com uma natureza tanto física quanto espiritual, provendo-nos de alimento não só físico como também espiritual. Cristo é o Pão que satisfaz e nos alimenta o espírito. Declarou Ele: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede” 0 o 6.35). Que o senhor nos dê, a cada dia, o pão espiritual que nos é necessário. “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Lucas usa a palavra “pecados” (Lc 11.4) em lugar de “dívidas”. Nossos pecados são dívidas. Portanto, quando oramos, devemos sempre ter em mente que necessitamos da misericórdia e do perdão divinos, valendo-nos dos meios providos por Deus para esse fim: a confissão (1 Jo 1.9). A confissão penitente humilha os orgulhosos e os conduz ao arrependimento. Quando nos arrependemos e oramos pelo cancelamento de nossas dívidas, é como se estivéssemos preenchendo uma requisição para que elas sejam apagadas dos anais divinos. O perdão, essencial a uma vida vitoriosa, é nossa primeira e maior necessidade. Não importa com quanta diligência resistamos às tentações e quão fiéis sejamos no cumprimento de todas as nossas obrigações religiosas, ainda assim estamos aquém da justiça de Deus. Nenhum filho de Deus pode abrir mão de pedir ao Senhor que lhe perdoe os pecados. A pessoa justa aos próprios olhos não sente necessidade de pedir perdão a Deus, porém à medida que nos aproximamos mais de nosso Salvador e Senhor, mais sentimos um profundo senso de pecado e indignidade pessoal. 200

Teologia Bíblica da Oração<br />

invalida ou suprime a necessida<strong>de</strong> do esforço humano (Gn 3-19; 1 Tm<br />

5.8). Antes, reconhece que <strong>Deus</strong> é a fonte que nos supre das coisas<br />

materiais, não importando quão duramente tenhamos trabalhado para<br />

alcançá-las.<br />

As realida<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>porais pelas quais oramos não são finalida<strong>de</strong>s<br />

<strong>em</strong> si mesmas. São apenas meios para chegarmos a cumprir o<br />

propósito para o qual <strong>Deus</strong> nos pôs na Terra, s<strong>em</strong> a nutrição para o<br />

corpo e as provisões básicas para a vida física, não po<strong>de</strong>ríamos<br />

fazer a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> na Terra. O suprimento das necessida<strong>de</strong>s<br />

ordinárias da vida são apenas um meio <strong>de</strong> se trabalhar mais intensamente<br />

pelo cumprimento <strong>de</strong> todas as petições, inclusive as nitidamente<br />

espirituais, contida nessa oração mo<strong>de</strong>lo.<br />

“N<strong>em</strong> só <strong>de</strong> pão viverá o hom<strong>em</strong>, mas <strong>de</strong> toda a palavra que sai<br />

da boca <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>” (Mt 4.4). Viver somente <strong>em</strong> função do pão natural<br />

torna a vida um fardo e tira <strong>de</strong>la o sentido. Quando oramos pelo<br />

pão nosso <strong>de</strong> cada dia, também <strong>de</strong>veríamos enten<strong>de</strong>r que precisamos<br />

do pão da vida. Os israelitas comeram o maná no <strong>de</strong>serto e<br />

mesmo assim morreram. <strong>Deus</strong>, <strong>em</strong> sua misericórdia, prometeu nos<br />

dar o pão da vida, ainda que o nosso corpo físico morra. Nosso<br />

Criador nos constituiu com uma natureza tanto física quanto espiritual,<br />

provendo-nos <strong>de</strong> alimento não só físico como também espiritual.<br />

Cristo é o Pão que satisfaz e nos alimenta o espírito. Declarou<br />

Ele: “Eu sou o pão da vida; aquele que v<strong>em</strong> a mim não terá fome; e<br />

qu<strong>em</strong> crê <strong>em</strong> mim nunca terá se<strong>de</strong>” 0 o 6.35). Que o senhor nos dê,<br />

a cada dia, o pão espiritual que nos é necessário.<br />

“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos<br />

nossos <strong>de</strong>vedores” (Mt 6.12). Lucas usa a palavra “pecados” (Lc 11.4) <strong>em</strong><br />

lugar <strong>de</strong> “dívidas”. Nossos pecados são dívidas. Portanto, quando oramos,<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os s<strong>em</strong>pre ter <strong>em</strong> mente que necessitamos da misericórdia e<br />

do perdão divinos, valendo-nos dos meios providos por <strong>Deus</strong> para esse<br />

fim: a confissão (1 Jo 1.9). A confissão penitente humilha os orgulhosos<br />

e os conduz ao arrependimento. Quando nos arrepen<strong>de</strong>mos e oramos<br />

pelo cancelamento <strong>de</strong> nossas dívidas, é como se estivéss<strong>em</strong>os preenchendo<br />

uma requisição para que elas sejam apagadas dos anais divinos.<br />

O perdão, essencial a uma vida vitoriosa, é nossa primeira e<br />

maior necessida<strong>de</strong>. Não importa com quanta diligência resistamos<br />

às tentações e quão fiéis sejamos no cumprimento <strong>de</strong> todas as<br />

nossas obrigações religiosas, ainda assim estamos aquém da justiça<br />

<strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Nenhum filho <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> po<strong>de</strong> abrir mão <strong>de</strong> pedir ao<br />

Senhor que lhe perdoe os pecados. A pessoa justa aos próprios<br />

olhos não sente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pedir perdão a <strong>Deus</strong>, porém à<br />

medida que nos aproximamos mais <strong>de</strong> nosso Salvador e Senhor,<br />

mais sentimos um profundo senso <strong>de</strong> pecado e indignida<strong>de</strong> pessoal.<br />

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