Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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08.05.2013 Views

Os Ensinam entos de Jesus sobre a Oração deveria ser entendido como “desta maneira”. Jesus estava dizendo: “Deixem-se guiar por estes princípios gerais quando forem orar”. Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas (Mt 6.9-15). O fato de nos dirigirmos a Deus como “Pai nosso” (Mt 6.9) deveria nos fazer lembrar da benevolência daquEle de quem nos aproximamos. Quanta bênção nos é conferida quando, ao orarmos, nossos corações se conscientizam de que é um amoroso Pai celeste que está dirigindo sua atenção para nós, tal como estamos dirigindo a nossa para Ele. Deus é o nosso Pai, “o Pai das misericórdias” (2 Co 1.3) e nós somos seus filhos. “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o senhor se compadece daqueles que o temem” (SI 103-13). Identificar Deus como o nosso Pai que está “nos céus” (Mt 6.9), implica no reconhecimento de sua superioridade ao melhor dos pais terrenos. A oração, assim posta em prática, deve ser dirigida àquEle que está acima de todas as coisas, sendo Ele próprio superior a qualquer pessoa ou ser que se nomeie. “Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9) não é apenas uma declaração ou mero desejo expresso em oração. Antes, trata-se de um pedido genuíno, o primeiro de uma lista de petições: “Que o teu nome [ou a tua Pessoa] seja mantido santo [ou com reverência] entre toda a humanidade”. Essa petição será finalmente respondida quando o próprio Deus santificar o seu nome sobre todos os habitantes da Terra, no seu Reino vindouro (Ez 36.22,23). Hoje, a nossa parte consiste em equilibrar a familiaridade que temos com o compassivo Pai celeste, mostrando-lhe completa reverência e respeito. O termo grego correspondente, hagiazo, significa “tornar santo”, “tratar como santo”, “conservar em reverência”, “honrar altamente”. O nome de uma pessoa é mais que uma simples palavra — representa a própria pessoa. O nome de Deus representa e significa o próprio Deus, incluindo o seu caráter, natureza, feitos e palavras. Por exemplo, Maria, a mãe de Jesus, associa o nome de Deus a santidade e grandes obras: “Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e Santo é o seu nome” (Lc 1.49). 197

Teologia Bíblica da Oração Infelizmente, o ato de santificar o nome de Deus tem recebido menos atenção que as outras petições contidas nessa oração. Muitas pessoas têm clamado ansiosamente: “Dá-me hoje o pão diário”; ou então: “Livra-me do mal”. Ora, agindo assim, o interesse de que o nome de Deus seja reverenciado e honrado fica em segundo plano, substituído pelas preocupações com o nosso próprio bem-estar. Como poderíamos santificar o nome de Deus? Certamente o terceiro mandamento deve ser obedecido: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” (Êx 20.7). Mas também podemos santificá-lo através de nossa vida e conduta diárias. A obediência a Deus e um testemunho coerente dão honra ao nome dEle: “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.14,15; veja também Hb 12.14). Também o honramos quando nos ajuntamos aos nossos irmãos e irmãs em adoração pública: “Mas chegastes... à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogénitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos... e a Jesus... Pelo que... retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade” (Hb 12.22,24,28). Hinos e cânticos de louvor, aliados a um testemunho eficaz, trazem glória e honra ao nome de Deus. Quando falamos em “Reino de Deus” estamos nos referindo ao governo direto do próprio Deus. Hoje, o Reino de Deus opera através da Igreja (isto é, dos crentes), em meio a um mundo em rebeldia contra Ele. Contudo, a Igreja não é o Reino de Deus no sentido concreto da palavra. Portanto, todas as vezes que oramos: “Venha o teu reino” (Mt 6.10), estamos orando por aquela consumação final dos eventos temporais, quando, conforme se lê em Apocalipse 11.15, “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”. Não deveria haver nada mais que um crente desejasse além da vinda do Reino de Deus. Uma certa tradição judaica reza o seguinte: “Nem mesmo orou aquele que não fez menção do Reino de Deus em suas orações” (William H. Erb, The L ord ’s Prayer, Reading, Pensilvânia: I. M. Beaver, Publisher, 1908, p. 87). Não obstante, os judeus que citavam essa declaração, provavelmente pensavam no Reino apenas como a realidade imediata à sua volta. Os próprios apóstolos de Jesus não compreenderam a verdadeira natureza do Reino de Deus, enquanto não foram batizados no Espírito Santo (At 1.6). Mesmo que não venhamos a proferir as palavras “venha o teu reino” em todas as orações que fizermos, o clamor pelo estabeleci- 198

Teologia Bíblica da Oração<br />

Infelizmente, o ato <strong>de</strong> santificar o nome <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> t<strong>em</strong> recebido<br />

menos atenção que as outras petições contidas nessa oração. Muitas<br />

pessoas têm clamado ansiosamente: “Dá-me hoje o pão diário”; ou<br />

então: “Livra-me do mal”. Ora, agindo assim, o interesse <strong>de</strong> que o<br />

nome <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> seja reverenciado e honrado fica <strong>em</strong> segundo plano,<br />

substituído pelas preocupações com o nosso próprio b<strong>em</strong>-estar.<br />

Como po<strong>de</strong>ríamos santificar o nome <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>? Certamente o terceiro<br />

mandamento <strong>de</strong>ve ser obe<strong>de</strong>cido: “Não tomarás o nome do Senhor<br />

teu <strong>Deus</strong> <strong>em</strong> vão” (Êx 20.7). Mas também po<strong>de</strong>mos santificá-lo através<br />

<strong>de</strong> nossa vida e conduta diárias. A obediência a <strong>Deus</strong> e um test<strong>em</strong>unho<br />

coerente dão honra ao nome dEle: “Como filhos obedientes, não vos<br />

conformando com as concupiscências que antes havia <strong>em</strong> vossa ignorância;<br />

mas, como é santo aquele que vos chamou, se<strong>de</strong> vós também<br />

santos <strong>em</strong> toda a vossa maneira <strong>de</strong> viver” (1 Pe 1.14,15; veja também<br />

Hb 12.14). Também o honramos quando nos ajuntamos aos nossos<br />

irmãos e irmãs <strong>em</strong> adoração pública: “Mas chegastes... à cida<strong>de</strong> do<br />

<strong>Deus</strong> vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares <strong>de</strong> anjos; à<br />

universal ass<strong>em</strong>bléia e igreja dos primogénitos, que estão inscritos nos<br />

céus, e a <strong>Deus</strong>, o juiz <strong>de</strong> todos... e a Jesus... Pelo que... retenhamos a<br />

graça, pela qual sirvamos a <strong>Deus</strong> agradavelmente com reverência e<br />

pieda<strong>de</strong>” (Hb 12.22,24,28). Hinos e cânticos <strong>de</strong> louvor, aliados a um<br />

test<strong>em</strong>unho eficaz, traz<strong>em</strong> glória e honra ao nome <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>.<br />

Quando falamos <strong>em</strong> “Reino <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>” estamos nos referindo ao<br />

governo direto do próprio <strong>Deus</strong>. Hoje, o Reino <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> opera<br />

através da Igreja (isto é, dos crentes), <strong>em</strong> meio a um mundo <strong>em</strong><br />

rebeldia contra Ele. Contudo, a Igreja não é o Reino <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> no<br />

sentido concreto da palavra. Portanto, todas as vezes que oramos:<br />

“Venha o teu reino” (Mt 6.10), estamos orando por aquela consumação<br />

final dos eventos t<strong>em</strong>porais, quando, conforme se lê <strong>em</strong> Apocalipse<br />

11.15, “os reinos do mundo vieram a ser <strong>de</strong> nosso Senhor e do<br />

seu Cristo, e ele reinará para todo o s<strong>em</strong>pre”.<br />

Não <strong>de</strong>veria haver nada mais que um crente <strong>de</strong>sejasse além da<br />

vinda do Reino <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Uma certa tradição judaica reza o<br />

seguinte: “N<strong>em</strong> mesmo orou aquele que não fez menção do Reino<br />

<strong>de</strong> <strong>Deus</strong> <strong>em</strong> suas orações” (William H. Erb, The L ord ’s Prayer,<br />

Reading, Pensilvânia: I. M. Beaver, Publisher, 1908, p. 87). Não<br />

obstante, os ju<strong>de</strong>us que citavam essa <strong>de</strong>claração, provavelmente<br />

pensavam no Reino apenas como a realida<strong>de</strong> imediata à sua volta.<br />

Os próprios apóstolos <strong>de</strong> Jesus não compreen<strong>de</strong>ram a verda<strong>de</strong>ira<br />

natureza do Reino <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, enquanto não foram batizados no<br />

Espírito Santo (At 1.6).<br />

Mesmo que não venhamos a proferir as palavras “venha o teu<br />

reino” <strong>em</strong> todas as orações que fizermos, o clamor pelo estabeleci-<br />

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