Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Teologia Bíblica da Oração<br />
É <strong>de</strong>veras significativo que Jesus não tenha dito simplesmente:<br />
“Ten<strong>de</strong> fé”. Não era sua intenção dizer: “Ten<strong>de</strong> fé na fé”. Essa é uma<br />
atitu<strong>de</strong> tola e perigosa. O que Ele disse, claramente, foi: “Ten<strong>de</strong> fé <strong>em</strong><br />
D eu f. A fé não po<strong>de</strong> permanecer sozinha. Ela precisa <strong>de</strong> alguma coisa<br />
sobre a qual possa ser edificada. De acordo com as instmções <strong>de</strong> Jesus,<br />
o po<strong>de</strong>roso <strong>Deus</strong> do universo <strong>de</strong>ve ser o objetivo da nossa fé. E que<br />
maior objetivo além dEle a nossa fé po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>sejar? O <strong>Deus</strong> <strong>em</strong> qu<strong>em</strong><br />
a fé é <strong>de</strong>positada e sobre qu<strong>em</strong> ela faz suas reivindicações é o <strong>Deus</strong><br />
que, segundo Paulo, é capaz <strong>de</strong> “fazer tudo muito mais abundant<strong>em</strong>ente<br />
além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o po<strong>de</strong>r que <strong>em</strong><br />
nós opera” (Ef 3-20). Sim, é o mesmo <strong>Deus</strong> cujo gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r Ele<br />
“manifestou <strong>em</strong> Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua<br />
direita nos céus” (Ef 1.20).<br />
Quão fútil é o esforço humano na luta para crer nas promessas<br />
existentes na Bíblia. Uma promessa só po<strong>de</strong> ser tão boa quanto<br />
aquele que a faz — e disso <strong>de</strong>riva-se toda a nossa segurança. Ao<br />
cultivarmos o conhecimento <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>, estamos ao mesmo t<strong>em</strong>po<br />
cultivando a fé. Não obstante, quando assim faz<strong>em</strong>os, não olhamos<br />
para a nossa fé, e sim para Cristo, seu autor e consumador.<br />
Isso posto, o olhar da fé não se volta para <strong>de</strong>ntro, mas para fora<br />
e para cima, para <strong>Deus</strong>. Desse modo fica garantida a saú<strong>de</strong> da<br />
alma (A. W. Tozer, That Incredible Christian, Calcutá: Evangelical<br />
Literature Depot, 1964, p. 28).<br />
A segunda lição a ser aprendida <strong>de</strong> Marcos 11.22-24 é a explicação<br />
<strong>de</strong> Jesus sobre o admirável po<strong>de</strong>r da fé <strong>em</strong> <strong>Deus</strong> e como ela<br />
opera. A fé (pistis, no grego) po<strong>de</strong>ria ser traduzida por “fé-obediên-<br />
cia”. Não existe fé <strong>em</strong> <strong>Deus</strong> s<strong>em</strong> uma confiança absoluta nEle e<br />
<strong>de</strong>liberada obediência à sua vonta<strong>de</strong>. A fé não fingida, não diluída,<br />
não enfrenta obstáculo gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais, visto que apresenta contra<br />
esse obstáculo o po<strong>de</strong>r s<strong>em</strong> limites e s<strong>em</strong> igual do <strong>Deus</strong> para qu<strong>em</strong><br />
nada é impossível (Gn 18.11-14; Jr 32.17; Lc 1.37; 18.27).<br />
O crente que t<strong>em</strong> uma fé marcada pela obediência e pela confiança<br />
<strong>em</strong> <strong>Deus</strong>, quando fala (já que o faz segundo a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>) vê<br />
s<strong>em</strong>pre suas palavras cumpridas perante seus próprios olhos. Foi com<br />
essa disposição que Jesus falou à figueira (Mt 21.19), e Pedro, ao<br />
aleijado na porta do T<strong>em</strong>plo (At 3-6). Mas, antes <strong>de</strong> falar <strong>de</strong> tal maneira,<br />
os crentes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar certos <strong>de</strong> que têm o tipo <strong>de</strong> fé que Jesus e Pedro<br />
tiveram, além <strong>de</strong> se certificar <strong>de</strong> que as suas palavras não são fruto da<br />
mera presunção humana ou <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo não santificado.<br />
Em Marcos 11.22-24, encontramos a terceira lição nas instruções<br />
<strong>de</strong> Jesus sobre os meios que nos permit<strong>em</strong> ter uma fé que r<strong>em</strong>ova<br />
montanhas. O versículo 24 começa com um significativo “por isso”,<br />
194