Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Os Ensinamentos de Jesus sobre a Oração Assim, é tanto um privilégio quanto um dever que todos os crentes peçam ao Pai que lhes dê o seu Santo Espírito, para depois descansar na certeza de que, quando assim orarem com um coração sincero, Deus não os decepcionará. Receberão aquilo que desejam e pedem. Outra promessa de Jesus que fala de respostas efetivas à oração, parece assegurar que receberemos tudo quanto pedirmos: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mt 18.19). A força espiritual da sintonia e harmonização entre os espíritos humanos é simplesmente incompreensível. A expressão “concordarem”, como nosso senhor a emprega aqui, vem do verbo grego sum phoneo, que significa “entrosar”, “emparelhar”, “estar em harmonia”, “ter uma mente só”, que por sua vez deriva do adjetivo sumphonos, que quer dizer “harmonioso”, “do mesmo tom”, “em concordância”. Na economia divina, há uma liberação de poder baseada na concordância entre tão poucos — dois — o menor número possível para que haja concordância. Imaginamos que, no mundo natural, dois seres com forças similares possam exercer em dobro a força de um só: dois cavalos podem puxar o dobro da carga de um só, duas toneladas de dinamite podem produzir duas vezes a força explosiva de uma só tonelada. Mas até mesmo no mundo físico, evidências comprovam que há um aumento além da proporção das realizações derivadas de um tipo especial de concordância. Exemplificando, um estudo de dinâmica de grupo mostra que dez mentes trabalhando em concordância num dado projeto produzem maiores resultados do que se as mesmas dez mentes trabalhassem nele separadamente. As Escrituras reconhecem o mesmo princípio quando observa como um só pode perseguir mil, enquanto que dois podem pôr em fuga dez mil (Dt 32.30). Muito embora um único crente, com a ajuda do Senhor, possa perseguir mil adversários, dois crentes, com a mesma ajuda, conseguem pôr em fuga dez vezes esse número. Concordância, unidade, harmonia ou estar de comum acordo — tudo gera um dinamismo profundo no corpo de Cristo. Deus tem uma promessa até mesmo para o menor movimento possível nessa direção: “Se [tão-somente] dois de vós concordarem”. Como os céus devem ter-se regozijado no dia de Pentecostes, quando 120 pessoas foram achadas juntas em perfeita harmonia de propósitos! (Em Atos 2.1, alguns antigos manuscritos gregos dizem hom ou, que quer dizer “juntos”, em lugar de hom othum adon, que significa “num só propósito”, o que não altera o sentido de unidade no presente texto.) Não devemos nos admirar, pois, que Deus, pelo seu Santo Espírito, 191

Teologia Bíblica da Oração viesse a contemplar aquele grupo de crentes com uma manifestação que ainda causa impacto no mundo inteiro. Cada crente é membro do corpo de Cristo (1 Co 12.27). Assim sendo, cada um de nós tem o direito e o privilégio de reivindicar as provisões e promessas de Deus. Aliás, é assim que realmente deve ser. Todavia, independência e autonomia não fazem parte dos propósitos de Deus para seus filhos, pois todos “somos membros uns dos outros” (Ef 4.25). Deus fica extremamente satisfeito quando os crentes convergem em direção à unidade. Em consequência disso, oferece-nos a chave dos Céus se tão-somente concordarmos quanto às petições que fazemos. No entanto, a concordância — ou a unidade — tem limites: “Acerca de qualquer coisa que pedirem”. Nesse caso, a concordância e o pedido se misturam. O pedido apresenta-se como um acorde harmonioso numa santa sinfonia que toca o coração de Deus. Mas essa condição é mais que uma simples concordância natural acerca daquilo que se está pedindo. Ela só brota naquelas pessoas cujos espíritos estão de tal modo sintonizados uns com os outros que todos têm um desejo comum. Esse desejo reflete, em vez de uma vontade egoísta, uma harmonia celeste que só pode ser produzida pela operação do Espírito Santo, quando obedecemos à sua voz (veja o apêndice 1, “A Importância da Oração Feita em Comum Acordo”). Numa análise superficial, a frase “acerca de qualquer coisa que pedirem” parece ser uma promessa sem qualquer condição ou limite. Mas nenhum versículo isolado pode ser usado sem que se leve em conta outros claros ensinamentos da Bíblia sobre um determinado assunto. Por conseguinte, essa passagem deve ser restringida por outras declarações bíblicas, tais como: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5-14). E também: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg 4.3). É perfeitamente válida a asserção de que, quando dois crentes são introduzidos num sentimento de concordância e harmonia, conforme indica o texto, seus pedidos estarão de acordo com a vontade do Mestre, não sendo o fruto da imaginação de suas mentes, ou o produto de alguma ambição pessoal ou ainda um desejo humano ilícito. Aumentando a Fé para Receber Respostas Quando Jesus falava sobre a oração, fazia frequentemente referência à fé. Portanto, a fé está no âmago de toda oração eficaz. É o pré-requisito para que a oração seja respondida, visto que a oração é a linguagem da fé. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é 192

Os Ensinamentos <strong>de</strong> Jesus sobre a Oração<br />

Assim, é tanto um privilégio quanto um <strong>de</strong>ver que todos os crentes<br />

peçam ao Pai que lhes dê o seu Santo Espírito, para <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>scansar na<br />

certeza <strong>de</strong> que, quando assim orar<strong>em</strong> com um coração sincero, <strong>Deus</strong><br />

não os <strong>de</strong>cepcionará. Receberão aquilo que <strong>de</strong>sejam e pe<strong>de</strong>m.<br />

Outra promessa <strong>de</strong> Jesus que fala <strong>de</strong> respostas efetivas à<br />

oração, parece assegurar que receber<strong>em</strong>os tudo quanto pedirmos:<br />

“Também vos digo que, se dois <strong>de</strong> vós concordar<strong>em</strong> na terra<br />

acerca <strong>de</strong> qualquer coisa que pedir<strong>em</strong>, isso lhes será feito por meu<br />

Pai, que está nos céus” (Mt 18.19).<br />

A força espiritual da sintonia e harmonização entre os espíritos<br />

humanos é simplesmente incompreensível. A expressão “concordar<strong>em</strong>”,<br />

como nosso senhor a <strong>em</strong>prega aqui, v<strong>em</strong> do verbo grego<br />

sum phoneo, que significa “entrosar”, “<strong>em</strong>parelhar”, “estar <strong>em</strong> harmonia”,<br />

“ter uma mente só”, que por sua vez <strong>de</strong>riva do adjetivo sumphonos,<br />

que quer dizer “harmonioso”, “do mesmo tom”, “<strong>em</strong> concordância”.<br />

Na economia divina, há uma liberação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r baseada na<br />

concordância entre tão poucos — dois — o menor número possível<br />

para que haja concordância. Imaginamos que, no mundo natural,<br />

dois seres com forças similares possam exercer <strong>em</strong> dobro a força<br />

<strong>de</strong> um só: dois cavalos po<strong>de</strong>m puxar o dobro da carga <strong>de</strong> um só,<br />

duas toneladas <strong>de</strong> dinamite po<strong>de</strong>m produzir duas vezes a força<br />

explosiva <strong>de</strong> uma só tonelada. Mas até mesmo no mundo físico,<br />

evidências comprovam que há um aumento além da proporção<br />

das realizações <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> um tipo especial <strong>de</strong> concordância.<br />

Ex<strong>em</strong>plificando, um estudo <strong>de</strong> dinâmica <strong>de</strong> grupo mostra que <strong>de</strong>z<br />

mentes trabalhando <strong>em</strong> concordância num dado projeto produz<strong>em</strong><br />

maiores resultados do que se as mesmas <strong>de</strong>z mentes trabalhass<strong>em</strong><br />

nele separadamente.<br />

As Escrituras reconhec<strong>em</strong> o mesmo princípio quando observa<br />

como um só po<strong>de</strong> perseguir mil, enquanto que dois po<strong>de</strong>m pôr <strong>em</strong><br />

fuga <strong>de</strong>z mil (Dt 32.30). Muito <strong>em</strong>bora um único crente, com a ajuda<br />

do Senhor, possa perseguir mil adversários, dois crentes, com a<br />

mesma ajuda, consegu<strong>em</strong> pôr <strong>em</strong> fuga <strong>de</strong>z vezes esse número.<br />

Concordância, unida<strong>de</strong>, harmonia ou estar <strong>de</strong> comum acordo —<br />

tudo gera um dinamismo profundo no corpo <strong>de</strong> Cristo. <strong>Deus</strong> t<strong>em</strong><br />

uma promessa até mesmo para o menor movimento possível nessa<br />

direção: “Se [tão-somente] dois <strong>de</strong> vós concordar<strong>em</strong>”. Como os céus<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ter-se regozijado no dia <strong>de</strong> Pentecostes, quando 120 pessoas<br />

foram achadas juntas <strong>em</strong> perfeita harmonia <strong>de</strong> propósitos! (Em Atos<br />

2.1, alguns antigos manuscritos gregos diz<strong>em</strong> hom ou, que quer<br />

dizer “juntos”, <strong>em</strong> lugar <strong>de</strong> hom othum adon, que significa “num só<br />

propósito”, o que não altera o sentido <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> no presente texto.)<br />

Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os nos admirar, pois, que <strong>Deus</strong>, pelo seu Santo Espírito,<br />

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