Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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Os Ensinamentos de Jesus sobre a Oração responder essas perguntas se realmente quisermos ver o cumprimento das palavras de Jesus, quando prometeu nos dar aquilo que pedimos. Na passagem de João 15.1-11 encontra-se, talvez, a promessa mais abrangente para quem almeja alcançar respostas às suas orações: “Pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Mas há condições. Há uma chave que deve ser usada para obtermos a certeza de que alcançaremos as petições que fazemos: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós”. “Estar” é a palavra de maior efeito em João 15.7. Esse verbo deriva-se do grego m en o e significa “permanecer” (num determinado lugar, estado ou relacionamento). O uso do verbo aqui fala do relacionamento que deve existir entre o crente e o próprio Jesus — uma união, unidade, koin o n ia (amizade, comunhão, sociedade) ou estar entrelaçados um no outro — numa comunhão ou sociedade mística, mas no entanto real e empírica. Isso é necessário para o crente poder experimentar essa condição ilimitada de pedir e receber. Contudo, “estar” deve ser mais do que “permanecer em Cristo”. Os requisitos compõem-se de duas partes: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós”. Isso inclui o permitirmos que suas palavras estejam em nós. Os dois itens formam um par bem equilibrado, o qual deveria ser a norma cristã — o crente em Cristo e a Palavra de Deus no crente. Cada uma dessas duas condições complementa e capacita a outra. As “palavras” mencionadas aqui incluem mais que as palavras faladas por Jesus, ouvidas por aqueles que o seguiram e que ficaram registradas quase exclusivamente nos evangelhos. Abrangem a inteira Palavra de Deus, a totalidade das Santas Escrituras, dadas a nós por inspiração divina (2 Tm 3-16). Os crentes que desejam andar em conformidade com a vontade de Deus, devem encher-se da sua Palavra, de modo que ela se torne parte integrante de suas vidas. Isso só é possível se nos disciplinarmos, com a ajuda do Espírito Santo, a vivermos na Palavra. Tal disciplina não acontece por acaso, mas exige uma decisão voluntária de cada um de nós. A possibilidade de alcançarmos qualquer coisa que pedirmos é extremamente desejável, mas, como humanos, somos tentados a separar a promessa das condições. A natureza humana gosta do ressoar da promessa: “Pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Contudo, não passa de imaginação supormos que a promessa é válida à parte dos requisitos que lhe estão vinculados. O crente em Cristo, repleto de suas palavras, cada vez mais consciente de sua união com Ele, impregnado com os pensamentos dEle, em sintonia com os seus propósitos, satisfeito com as pala­ 189

Teologia Bíblica da Oração vras de Jesus, não terá vontade que. esteja em desarmonia com a vontade de Deus. Nesse caso, a fé é possível no cumprimento do próprio desejo do crente, tornando-se a oração numa profecia e num compromisso com a resposta... Essa é a verdadeira filosofia da oração (The Pulpit Commentary, Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Pub. Co., 1950, vol. 2, John, por H. R. Reynolds, p. 243). Uma oração que sempre será respondida, conforme explicou Jesus, é o pedido sincero pelo dom do Espírito. O Espírito Santo está presente no mundo para convencer o pecador e levá-lo ao novo nascimento, no momento em que a pessoa crê. É então que o Espírito passa a habitar no crente como o “Consolador” (o Conselheiro, o Paracleto, o Ajudador, Jo 14.16) e como aquEle que testifica da salvação obtida em Cristo (Rm 8.16). Logo, é importante que o crente ore pedindo a promessa do Pai, o dom do Espírito Santo que, entre outras dádivas, concede poder para um testemunho eficaz (At 1.4,8; 2.4; Stanley M. Horton, O que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo, Rio de Jan eiro: CPAD, 1993). Satanás, entretanto, é mestre na arte do engano. Ele faz de tudo para impedir que as pessoas participem das bênçãos e provisões de Deus. Para isso, ele procura manter os crentes longe de nosso principal Ajudador, o Espírito Santo. Usando com eficácia o recurso do medo, eis o que Satanás sugestiona àquele que sinceramente busca o Espírito Santo: Você p o d e receber um dem ónio, ou algum a coisa falsa, ou ser vítima de su a im ag in ação in flam ada. A todos quantos recebem esse tipo de sugestão, o senhor responde: E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? (Lc 11.11-13; veja Mt 7.11) Jesus salientou a integridade de Deus Pai, valendo-se de uma simples comparação com a maneira pela qual um pai humano trata seu filho. O filho, quando faz um pedido ao pai, não recebe, em lugar do que pediu, um substituto inaceitável, alguma temível falsificação, como uma cobra em vez de um peixe ou um escorpião em lugar de um ovo. Se os pais terrenos — que são maus face a santidade e bondade de Deus — dão prazerosamente bons presentes aos seus filhos, quanto maior é a nossa confiança de que o Pai celeste nos atenderá quando clamarmos pela plenitude do Espírito Santo! Podemos estar seguros de que aquEle que é o epítome do bem, especialmente por causa da condição decaída do homem, dará “o Espírito Santo àqueles que lho pedirem” (Lc 11.13) - 190

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vras <strong>de</strong> Jesus, não terá vonta<strong>de</strong> que. esteja <strong>em</strong> <strong>de</strong>sarmonia com a<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Nesse caso, a fé é possível no cumprimento do<br />

próprio <strong>de</strong>sejo do crente, tornando-se a oração numa profecia e<br />

num compromisso com a resposta... Essa é a verda<strong>de</strong>ira filosofia<br />

da oração (The Pulpit Commentary, Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans<br />

Pub. Co., 1950, vol. 2, John, por H. R. Reynolds, p. 243).<br />

Uma oração que s<strong>em</strong>pre será respondida, conforme explicou Jesus,<br />

é o pedido sincero pelo dom do Espírito. O Espírito Santo está<br />

presente no mundo para convencer o pecador e levá-lo ao novo<br />

nascimento, no momento <strong>em</strong> que a pessoa crê. É então que o<br />

Espírito passa a habitar no crente como o “Consolador” (o Conselheiro,<br />

o Paracleto, o Ajudador, Jo 14.16) e como aquEle que<br />

testifica da salvação obtida <strong>em</strong> Cristo (Rm 8.16). Logo, é importante<br />

que o crente ore pedindo a promessa do Pai, o dom do Espírito<br />

Santo que, entre outras dádivas, conce<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r para um test<strong>em</strong>unho<br />

eficaz (At 1.4,8; 2.4; Stanley M. Horton, O que a Bíblia Diz<br />

Sobre o Espírito Santo, Rio <strong>de</strong> Jan eiro: CPAD, 1993).<br />

Satanás, entretanto, é mestre na arte do engano. Ele faz <strong>de</strong> tudo<br />

para impedir que as pessoas particip<strong>em</strong> das bênçãos e provisões <strong>de</strong><br />

<strong>Deus</strong>. Para isso, ele procura manter os crentes longe <strong>de</strong> nosso<br />

principal Ajudador, o Espírito Santo. Usando com eficácia o recurso<br />

do medo, eis o que Satanás sugestiona àquele que sinceramente<br />

busca o Espírito Santo: Você p o d e receber um <strong>de</strong>m ónio, ou algum a<br />

coisa falsa, ou ser vítima <strong>de</strong> su a im ag in ação in flam ada. A todos<br />

quantos receb<strong>em</strong> esse tipo <strong>de</strong> sugestão, o senhor respon<strong>de</strong>:<br />

E qual o pai <strong>de</strong>ntre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma<br />

pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma<br />

serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?<br />

Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos<br />

filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles<br />

que lho pedir<strong>em</strong>? (Lc 11.11-13; veja Mt 7.11)<br />

Jesus salientou a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> Pai, valendo-se <strong>de</strong> uma simples<br />

comparação com a maneira pela qual um pai humano trata seu<br />

filho. O filho, quando faz um pedido ao pai, não recebe, <strong>em</strong> lugar do<br />

que pediu, um substituto inaceitável, alguma t<strong>em</strong>ível falsificação, como<br />

uma cobra <strong>em</strong> vez <strong>de</strong> um peixe ou um escorpião <strong>em</strong> lugar <strong>de</strong> um ovo. Se<br />

os pais terrenos — que são maus face a santida<strong>de</strong> e bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> —<br />

dão prazerosamente bons presentes aos seus filhos, quanto maior é a<br />

nossa confiança <strong>de</strong> que o Pai celeste nos aten<strong>de</strong>rá quando clamarmos<br />

pela plenitu<strong>de</strong> do Espírito Santo! Po<strong>de</strong>mos estar seguros <strong>de</strong> que aquEle<br />

que é o epítome do b<strong>em</strong>, especialmente por causa da condição <strong>de</strong>caída<br />

do hom<strong>em</strong>, dará “o Espírito Santo àqueles que lho pedir<strong>em</strong>” (Lc 11.13) -<br />

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