Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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Teologia Bíblica da Oração completa; sua fé não fracassou. Ele não foi destruído. Pelo contrário, prosseguiu para cumprir com distinção seu elevado ofício apostólico e fortaleceu seus irmãos, conforme lhe designara o Mestre. Oração diante do Túmulo de Lázaro Na ressurreição de Lázaro, um dos maiores milagres de Jesus, observamos que Ele usou um tipo de oração diferente das que geralmente acompanhavam seus milagres. Os judeus não conseguiram negar a realidade de seus milagres, pelo que os atribuíram ao poder do Diabo. Mas, ao orar ao Deus do céu, dirigindo-se a Ele como Pai, Jesus ousadamente proclamou que seus milagres eram realizados pelo poder do alto: “E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste” (Jo 11.41,42). A oração pública não precisa ser profunda e demorada, uma vez que a oração privada tenha sido feita com antecedência. Jesus já sabia, possivelmente há quatro dias (Jo 11.39), que Lázaro morrera. Por certo, grande parte desse tempo foi ocupado com oração, especialmente durante a noite. O uso que Jesus fez do verbo no tempo passado (“graças te dou, por me haveres ouvido”) indica que, antes da oração pública ter sido proferida a oração particular já havia sido feita — e respondida. Não havia qualquer sombra de dúvida na mente de Jesus. Marta tinha como certo que o processo normal de deterioração já avançara muito no corpo de seu irmão. Mas não há confirmação de que o mau cheiro da morte tivesse permeado o sepulcro. Não seria possível que o processo de putrefação fosse refreado pelas orações anteriores de Jesus e que o corpo-estivesse esperando pelo momento do milagre público? O confiante testemunho de Jesus — “Eu bem sei que sempre me ouves” confirma que suas orações haviam sido feitas em submissão à vontade eterna de Deus. Foi assim também que Ele disse mais adiante: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7). Noutras palavras, se os nossos desejos estiverem submissos ao propósito divino, nada existirá no mundo material ou espiritual que Deus não esteja pronto a nos dar. Esta é a chave para que nossas orações sejam respondidas. Devemos, pois, orar em particular até obtermos a certeza de que nossas petições estão em harmonia com a vontade de Deus. Essa verdade lança uma significativa luz sobre as questões da oração e da natureza humana de Jesus. Quando compreendermos o princípio da 174
A Oração na Vida e no Ministério de Jesus harmonia entre nossas petições e a nossa submissão à vontade eterna de Deus (conforme Jesus muito acertadamente demonstrou), o lugar da oração na vida de Jesus e em nossa própria vida espiritual será por si só evidente. As palavras “eu bem sei que sempre me ouves” retratam de maneira maravilhosa a divina comunhão entre o Pai e o Filho. De fato, não há qualquer empecilho à perfeita harmonia da vontade e dos propósitos de ambos. Até mesmo o clamor de Jesus na cruz — “Por que me desamparaste?” — visava apenas ao cumprimento integral do Salmo 22. Nenhum esforço satânico jamais poderia produzir um curto-circuito nesse relacionamento eterno, do “Filho unigénito, que está no seio do Pai” (Jo 1.18). Assim co m o o Pai sempre ouviu o Filho, até mesmo durante a sua missão terrena, assim também podemos estar certos de que Ele o ouve hoje em dia, porquanto o Filho está assentado à mão direita do Pai, no Céu. Vejam, então, quão grande é a nossa confiança, visto que as petições que depositamos aos cuidados de Jesus são beneficiadas por suas intercessões — pois a Ele o Pai sempre ouve. Jesus olhou para o céu, invocando o supremo Deus diante dos judeus incrédulos, para que todos soubessem que era o poder de Deus, e não alguma contrafação satânica, que estava operando o milagre. Ao dirigir-se ao Pai, Jesus procurou aumentar a fé da multidão no poder do Deus Altíssimo. O resultado da oração de Jesus foi imediato e, sem dúvida, totalmente assustador, pois diante dos incrédulos olhos da multidão apresentava-se um homem que estivera morto no sepulcro já há quatro dias. É especialmente digno de nota que Jesus, diante do túmulo, não tenha orado para que Lázaro voltasse à vida. Ele já tinha feito isso antes e, quando chegou ao local do sepulcro, não havia o menor vestígio de dúvida em seu coração. Sua oração foi apenas de agradecimento. Quão gloriosa é para nós, filhos de Deus, a experiência da absoluta certeza nascida na oração, nutrida no agradecimento e cumprida no momento oportuno. Não somente Lázaro foi ressuscitado, mas com isso Jesus atingiu um objetivo ainda maior: “Para que creiam que tu me enviaste” (Jo 11.42). Apenas poucos versículos adiante, João deixa registrado: “Muitos, pois, dentre os judeus, que tinham vindo a Maria e que tinham visto o que Jesus fizera creram nele” (Jo 11.45). Apesar dos incontestáveis resultados da oração, algumas vezes a resposta acarreta reações negativas, pois nem todos têm fé. Os incrédulos, na maioria das vezes, vêem esse sucesso de maneira diferente: Mas alguns deles foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha feito. Depois os principais dos sacerdotes e os fariseus 175
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Teologia Bíblica da Oração<br />
completa; sua fé não fracassou. Ele não foi <strong>de</strong>struído. Pelo contrário,<br />
prosseguiu para cumprir com distinção seu elevado ofício apostólico<br />
e fortaleceu seus irmãos, conforme lhe <strong>de</strong>signara o Mestre.<br />
Oração diante do Túmulo <strong>de</strong> Lázaro<br />
Na ressurreição <strong>de</strong> Lázaro, um dos maiores milagres <strong>de</strong> Jesus,<br />
observamos que Ele usou um tipo <strong>de</strong> oração diferente das que<br />
geralmente acompanhavam seus milagres. Os ju<strong>de</strong>us não conseguiram<br />
negar a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus milagres, pelo que os atribuíram ao<br />
po<strong>de</strong>r do Diabo. Mas, ao orar ao <strong>Deus</strong> do céu, dirigindo-se a Ele<br />
como Pai, Jesus ousadamente proclamou que seus milagres eram<br />
realizados pelo po<strong>de</strong>r do alto: “E Jesus, levantando os olhos para o<br />
céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu b<strong>em</strong> sei<br />
que s<strong>em</strong>pre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que<br />
está <strong>em</strong> redor, para que creiam que tu me enviaste” (Jo 11.41,42). A<br />
oração pública não precisa ser profunda e <strong>de</strong>morada, uma vez que<br />
a oração privada tenha sido feita com antecedência. Jesus já sabia,<br />
possivelmente há quatro dias (Jo 11.39), que Lázaro morrera. Por<br />
certo, gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sse t<strong>em</strong>po foi ocupado com oração, especialmente<br />
durante a noite. O uso que Jesus fez do verbo no t<strong>em</strong>po<br />
passado (“graças te dou, por me haveres ouvido”) indica que, antes<br />
da oração pública ter sido proferida a oração particular já havia sido<br />
feita — e respondida. Não havia qualquer sombra <strong>de</strong> dúvida na<br />
mente <strong>de</strong> Jesus.<br />
Marta tinha como certo que o processo normal <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração<br />
já avançara muito no corpo <strong>de</strong> seu irmão. Mas não há confirmação<br />
<strong>de</strong> que o mau cheiro da morte tivesse permeado o sepulcro. Não<br />
seria possível que o processo <strong>de</strong> putrefação fosse refreado pelas<br />
orações anteriores <strong>de</strong> Jesus e que o corpo-estivesse esperando pelo<br />
momento do milagre público?<br />
O confiante test<strong>em</strong>unho <strong>de</strong> Jesus — “Eu b<strong>em</strong> sei que s<strong>em</strong>pre me<br />
ouves” confirma que suas orações haviam sido feitas <strong>em</strong> submissão<br />
à vonta<strong>de</strong> eterna <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Foi assim também que Ele disse mais<br />
adiante: “Se vós estiver<strong>de</strong>s <strong>em</strong> mim, e as minhas palavras estiver<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> vós, pedireis tudo o que quiser<strong>de</strong>s, e vos será feito” (Jo 15.7).<br />
Noutras palavras, se os nossos <strong>de</strong>sejos estiver<strong>em</strong> submissos ao<br />
propósito divino, nada existirá no mundo material ou espiritual que<br />
<strong>Deus</strong> não esteja pronto a nos dar. Esta é a chave para que nossas<br />
orações sejam respondidas.<br />
Dev<strong>em</strong>os, pois, orar <strong>em</strong> particular até obtermos a certeza <strong>de</strong> que<br />
nossas petições estão <strong>em</strong> harmonia com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>. Essa<br />
verda<strong>de</strong> lança uma significativa luz sobre as questões da oração e da<br />
natureza humana <strong>de</strong> Jesus. Quando compreen<strong>de</strong>rmos o princípio da<br />
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