Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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Teologia Bíblica da Oração riam ter ficado, se Jesus não interviesse em favor delas! Ele as tratou com um carinho tão especial que, enquanto vivessem, lembrar-se- iam dEle para sempre. Trouxeram-lhe então algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse-. Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali (Mt 19.13-15, ARA). Encontramos aqui não somente uma cena capaz de nos aquecer o coração — Jesus orando por criancinhas que lhe tinham sido trazidas — mas também um belo precedente para todos os pais. Na qualidade de embaixadores do próprio Jesus, os pais e todos quantos trabalham com crianças devem amá-las e abençoá-las, visto que Deus as cerca de cuidados especiais (Mt 18.5,6; Mc 9.42). Que tipo de oração Jesus fez pelas crianças? Não somos informados. Lemos somente que Ele lhes impôs as mãos. E, visto que elas foram trazidas a Jesus “para que lhes impusesse as mãos, e orasse”, parece óbvio que foi exatamente isso que aconteceu. O costume da época indica que a oração era uma forma de bênção, que tanto podia ser espontânea como uma repetição da bênção que Moisés deu a Arão e a seus filhos, para que eles a proferissem sobre todo o Israel: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz” (Nm 6.24-26). O quanto não devem ter sido influenciadas as vidas dessas crianças, pelas quais Jesus orou naquela oportunidade! Seria demais pensar que algumas delas, quando adultas, tornaram-se colunas da Igreja Primitiva? Oração no Monte da Transfiguração A oração feita por Jesus, no episódio de sua transfiguração, reveste-se de particular interesse. Por essa época, a cruz já lançava longas sombras sobre o campo de sua missão aqui na Terra. Sua popularidade com a multidão estava acabando e Ele já havia predito seu terrível fim (Lc 9-22). Reflexos de uma experiência tenebrosa estavam começando a adensar-se em torno dEle. Talvez a sua subida ao monte da transfiguração, com os três discípulos de seu círculo mais íntimo, não tenha sido diferente da subida de Abraão ao monte Moriá, quando foi dirigido por Deus a oferecer o seu único e amado filho. Certamente havia uma atmosfera diferente e pesarosa, talvez com pouca conversação. Faltava aquela empolgação própria de se ministrar às multidões. Contudo, estavam às vésperas de experimentar a mais notável e incomum 170
A Oração na Vida e no Ministério de Jesus sessão de oração a que jamais estiveram presentes. Nunca houve e jamais haverá semelhante reunião de oração nesta Terra. Como em várias outras ocasiões singulares na vida de Jesus, nenhum registro escrito revela o conteúdo dessa sua oração. Gibson especulou como segue: Não poderíamos supor, com toda a reverência, que no cume daquele monte solitário, como mais tarde ocorreu no jardim do Getsêmani, no coração do Filho amado houvesse o clamor: Pai, se for possível? Se ao menos o caminho para cima estivesse aberto agora! O Reino de Deus não havia sido pregado na Judéia, Samaria, Galiléia e até além das fronteiras de Israel? A Igreja não havia sido fundada? Não havia sido dado autoridade aos apóstolos? Então seria absolutamente necessário voltar de novo a Jerusalém, não para triunfar, mas para receber a humilhação e a derrota em seu mais extremo grau? (John M. Gibson, The Gospel o f St. Matthew, Londres: Hodder & Stoughton, 1900, p. 236). Jesus subiu ao monte não para comungar com Moisés e Elias, embora tivesse falado com eles acerca de sua partida (literalmente, o seu “êxodo”, ou seja, sua morte, ressurreição e ascensão). O seu verdadeiro propósito era falar com o Pai celeste, para que desse modo Jesus fosse divinamente fortalecido em seu espírito. A oração de Jesus no monte da transfiguração teve um impacto duradouro na vida daqueles três discípulos. Nunca mais seriam as mesmas pessoas! Quando João, o apóstolo do amor, declarou: “E vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai” (Jo 1.14), estava, pelo menos em parte, referindo-se àqueles inesquecíveis momentos passados no monte da transfiguração. Pedro também manifestou o profundo efeito que essa experiência causou em sua vida, quando escreveu: “Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz.- Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo” (2 Pe 1.17,18). Além dessa inspiradora influência causada na vida de seus três discípulos, a experiência daquela oração no “monte santo” tem lançado seus inspiradores raios na vida de todos os peregrinos cristãos de todas as épocas. Oração em Favor de Pedro A oração de Jesus em favor de Pedro (Lc 22.32) deveria servir de encorajamento a todos os crentes, não importando o quão fraco ou débil estejamos nos sentindo. Quando lutamos contra o maligno e as forças espirituais da maldade, é frequente sentirmos em nosso próprio ânimo e desejos pessoais que a possibilidade de vitória 171
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Teologia Bíblica da Oração<br />
riam ter ficado, se Jesus não interviesse <strong>em</strong> favor <strong>de</strong>las! Ele as tratou<br />
com um carinho tão especial que, enquanto vivess<strong>em</strong>, l<strong>em</strong>brar-se-<br />
iam dEle para s<strong>em</strong>pre.<br />
Trouxeram-lhe então algumas crianças, para que lhes impusesse as<br />
mãos, e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém,<br />
disse-. Deixai os pequeninos, não os <strong>em</strong>baraceis <strong>de</strong> vir a mim,<br />
porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos,<br />
retirou-se dali (Mt 19.13-15, ARA).<br />
Encontramos aqui não somente uma cena capaz <strong>de</strong> nos aquecer<br />
o coração — Jesus orando por criancinhas que lhe tinham sido<br />
trazidas — mas também um belo prece<strong>de</strong>nte para todos os pais. Na<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>em</strong>baixadores do próprio Jesus, os pais e todos<br />
quantos trabalham com crianças <strong>de</strong>v<strong>em</strong> amá-las e abençoá-las, visto<br />
que <strong>Deus</strong> as cerca <strong>de</strong> cuidados especiais (Mt 18.5,6; Mc 9.42).<br />
Que tipo <strong>de</strong> oração Jesus fez pelas crianças? Não somos informados.<br />
L<strong>em</strong>os somente que Ele lhes impôs as mãos. E, visto que elas<br />
foram trazidas a Jesus “para que lhes impusesse as mãos, e orasse”,<br />
parece óbvio que foi exatamente isso que aconteceu. O costume da<br />
época indica que a oração era uma forma <strong>de</strong> bênção, que tanto podia<br />
ser espontânea como uma repetição da bênção que Moisés <strong>de</strong>u a<br />
Arão e a seus filhos, para que eles a proferiss<strong>em</strong> sobre todo o Israel:<br />
“O Senhor te abençoe e te guar<strong>de</strong>; o Senhor faça resplan<strong>de</strong>cer o seu<br />
rosto sobre ti, e tenha misericórdia <strong>de</strong> ti; o Senhor sobre ti levante o<br />
seu rosto, e te dê a paz” (Nm 6.24-26). O quanto não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ter sido<br />
influenciadas as vidas <strong>de</strong>ssas crianças, pelas quais Jesus orou naquela<br />
oportunida<strong>de</strong>! Seria <strong>de</strong>mais pensar que algumas <strong>de</strong>las, quando adultas,<br />
tornaram-se colunas da Igreja Primitiva?<br />
Oração no Monte da Transfiguração<br />
A oração feita por Jesus, no episódio <strong>de</strong> sua transfiguração,<br />
reveste-se <strong>de</strong> particular interesse. Por essa época, a cruz já lançava<br />
longas sombras sobre o campo <strong>de</strong> sua missão aqui na Terra. Sua<br />
popularida<strong>de</strong> com a multidão estava acabando e Ele já havia predito<br />
seu terrível fim (Lc 9-22). Reflexos <strong>de</strong> uma experiência tenebrosa<br />
estavam começando a a<strong>de</strong>nsar-se <strong>em</strong> torno dEle.<br />
Talvez a sua subida ao monte da transfiguração, com os três<br />
discípulos <strong>de</strong> seu círculo mais íntimo, não tenha sido diferente da<br />
subida <strong>de</strong> Abraão ao monte Moriá, quando foi dirigido por <strong>Deus</strong> a<br />
oferecer o seu único e amado filho. Certamente havia uma atmosfera<br />
diferente e pesarosa, talvez com pouca conversação. Faltava<br />
aquela <strong>em</strong>polgação própria <strong>de</strong> se ministrar às multidões. Contudo,<br />
estavam às vésperas <strong>de</strong> experimentar a mais notável e incomum<br />
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