Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho

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08.05.2013 Views

Introdução Teologia Bíblica da Oração ■ A oração é a expressão mais íntima da vida cristã, o ponto alto de toda experiência religiosa genuinamente espiritual. Por que, então, permanece tão negligenciada (para não dizer ignorada)? Vivemos numa época em que os indivíduos evitam a intimidade e os relacionamentos pessoais. O receio de expor seus sentimentos e desenvolver amizades profundas afeta tanto as relações espirituais como as sociais, erguendo barreiras dentro da própria família e dividindo comunidades. Inconscientes de que esse modismo entrou na igreja e por ele influenciados, alguns cristãos sentem-se nada confortáveis quando se chegam próximos demais a Deus. O resultado imediato é a falta de oração — não querem intimidade! Além disso, também estamos muito ocupados. Vivemos para realizar, e não para ser. Admiramos a vida ativa mais do que o caráter e os relacionamentos. O sucesso é medido por nossas realizações; portanto, corremos, corremos, corremos — tentando fazer tudo quanto podemos em nossas horas ativas. Mais preocupados em fazer do que em ser, recusamo-nos a aceitar a realidade bíblica de que as realizações humanas são temporárias e fugazes. Somente a obra do Espírito é permanente e eterna. A falta de oração nos impede de alcançar aquilo que tão desesperadamente ansiamos. A falta de oração, na verdade, é impiedade. O fracasso em compreender o propósito da experiência pentecostal e o papel primário da oração na manutenção da vitalidade dessa experiência resulta, igualmente, na falta de oração. O crente cheio do Espírito anda e fala com Deus, e isto pode ser facilmente percebido, não importa que seja considerado um místico, um profeta ou um estranho vindo de outro mundo — esta é, de fato, a realidade. A cidadania nos domínios do Espírito é tão real quanto a do mundo físico. A compreensão da natureza da oração e de sua importância para nos tornarmos representantes efetivos de Cristo é essencial para começarmos nosso estudo. Este capítulo serve, portanto, como uma

Teologia Bíblica da Oração plataforma de lançamento, não muito diferente de Cabo Canaveral, onde até ao menor detalhe preparatório se dá a maior atenção. Adoração A palavra “adoração” engloba um conceito vital no que se refere à oração. A ela estão associados termos como “reverência”, “temor do Senhor” e “veneração”. A adoração é uma demonstração de grande amor, devoção e respeito. Para o cristão, implica em prestar homenagem a Deus. A adoração estabelece o tom para a vida de oração de alguém. Faz aquele que está orando fixar o pensamento na pessoa a quem se dirige (no caso, a divindade) e considerar os seus atributos e interesses. Como um crente desejoso de uma vida de oração mais rica começa a adorar a Deus? Um bom começo pode ser listar os atributos de Deus. O crente recém-convertido talvez tenha de passar algum tempo estudando esses atributos, ponderando o que realmente significa ser íntimo de um Deus Todo-poderoso (onipotente), que sabe tudo (onisciente) e está sempre presente (onipresente). O livro de Salmos está repleto de declarações sobre a natureza de Deus. Deveria ser lido como uma afirmação pessoal da eterna glória de Deus e de sua abrangente compassividade e compreensão para com aqueles que nEle confiam. Adore a Deus fazendo suas as palavras com as quais o salmista também o adorou. Comunicação Embora as palavras “comunicar” e “comunicação” não sejam usadas nas Escrituras para descrever a oração, a idéia é inerente. A oração pressupõe alguma forma de comunicação, seja esta unilateral ou recíproca. Por um lado, a oração é uma transm issão

Introdução<br />

Teologia Bíblica<br />

da Oração<br />

■ A oração é a expressão mais íntima da vida cristã, o ponto alto<br />

<strong>de</strong> toda experiência religiosa genuinamente espiritual. Por que,<br />

então, permanece tão negligenciada (para não dizer ignorada)?<br />

Viv<strong>em</strong>os numa época <strong>em</strong> que os indivíduos evitam a intimida<strong>de</strong><br />

e os relacionamentos pessoais. O receio <strong>de</strong> expor seus sentimentos<br />

e <strong>de</strong>senvolver amiza<strong>de</strong>s profundas afeta tanto as relações espirituais<br />

como as sociais, erguendo barreiras <strong>de</strong>ntro da própria família e<br />

dividindo comunida<strong>de</strong>s. Inconscientes <strong>de</strong> que esse modismo entrou<br />

na igreja e por ele influenciados, alguns cristãos sent<strong>em</strong>-se nada<br />

confortáveis quando se chegam próximos <strong>de</strong>mais a <strong>Deus</strong>. O resultado<br />

imediato é a falta <strong>de</strong> oração — não quer<strong>em</strong> intimida<strong>de</strong>!<br />

Além disso, também estamos muito ocupados. Viv<strong>em</strong>os para<br />

realizar, e não para ser. Admiramos a vida ativa mais do que o<br />

caráter e os relacionamentos. O sucesso é medido por nossas<br />

realizações; portanto, corr<strong>em</strong>os, corr<strong>em</strong>os, corr<strong>em</strong>os — tentando<br />

fazer tudo quanto po<strong>de</strong>mos <strong>em</strong> nossas horas ativas. Mais preocupados<br />

<strong>em</strong> fazer do que <strong>em</strong> ser, recusamo-nos a aceitar a realida<strong>de</strong><br />

bíblica <strong>de</strong> que as realizações humanas são t<strong>em</strong>porárias e fugazes.<br />

Somente a obra do Espírito é permanente e eterna. A falta <strong>de</strong> oração<br />

nos impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> alcançar aquilo que tão <strong>de</strong>sesperadamente ansiamos.<br />

A falta <strong>de</strong> oração, na verda<strong>de</strong>, é impieda<strong>de</strong>.<br />

O fracasso <strong>em</strong> compreen<strong>de</strong>r o propósito da experiência pentecostal<br />

e o papel primário da oração na manutenção da vitalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

experiência resulta, igualmente, na falta <strong>de</strong> oração. O crente cheio do<br />

Espírito anda e fala com <strong>Deus</strong>, e isto po<strong>de</strong> ser facilmente percebido, não<br />

importa que seja consi<strong>de</strong>rado um místico, um profeta ou um estranho<br />

vindo <strong>de</strong> outro mundo — esta é, <strong>de</strong> fato, a realida<strong>de</strong>. A cidadania nos<br />

domínios do Espírito é tão real quanto a do mundo físico.<br />

A compreensão da natureza da oração e <strong>de</strong> sua importância para<br />

nos tornarmos representantes efetivos <strong>de</strong> Cristo é essencial para<br />

começarmos nosso estudo. Este capítulo serve, portanto, como uma

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