Robert L. Brandt e Zenas J - Assembléia de Deus em Paudalho
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Teologia Bíblica da Oração<br />
<strong>Deus</strong> preste uma atenção menor às necessida<strong>de</strong>s do seu povo. Às<br />
vezes parece ao intercessor que <strong>Deus</strong> preocupa-se menos que ele<br />
próprio. Ora, nossa compaixão jamais exce<strong>de</strong>rá a compaixão divina!<br />
<strong>Deus</strong> é qu<strong>em</strong> nos inquieta para orarmos por nossos s<strong>em</strong>elhantes.<br />
Suce<strong>de</strong>u, pois, que, havendo-os eles ferido, e ficando eu <strong>de</strong> resto,<br />
caí sobre a minha face, e clamei, e disse: Ah! Senhor Jeová! Dar-se-<br />
á o caso que <strong>de</strong>struas todo o restante <strong>de</strong> Israel, <strong>de</strong>rramando a tua<br />
indignação sobre Jerusalém? (Ez 9-8)<br />
Por todas as Escrituras, cair <strong>de</strong> rosto <strong>em</strong> terra mostra a urgência<br />
<strong>de</strong> uma intercessão <strong>de</strong>sesperada. Todavia, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> quão<br />
intensa seja a necessida<strong>de</strong> que uma pessoa possa sentir, a compaixão<br />
<strong>de</strong> <strong>Deus</strong> ainda é maior (Ez 18.23,32). A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />
rigoroso juízo contra Jerusalém levou Ezequiel a pressentir que se<br />
aproximava um <strong>de</strong>sastre total.<br />
“<strong>Deus</strong> coloca as pessoas <strong>em</strong> situações <strong>de</strong> provas que não<br />
<strong>de</strong>scartam a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> queda, situações que po<strong>de</strong>m ser<br />
<strong>de</strong>sastrosas; mas seu propósito não é o <strong>de</strong>sastre, e sim o triunfo”<br />
(Kenneth Leech, True P rayer: A n In vitation to C hristian Spirituality,<br />
SF: Harper & Row, Publishers, 1980, p. 146).<br />
<strong>Deus</strong>, realmente, preservaria um r<strong>em</strong>anescente piedoso da nação<br />
<strong>de</strong> Israel. A <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Jerusalém e o exílio babilónico eram<br />
necessários a fim <strong>de</strong> libertar Israel da idolatria e preparar o caminho<br />
para o futuro ministério <strong>de</strong> Jesus Cristo na Terra. Dificilmente o<br />
Senhor po<strong>de</strong>ria pregar o Sermão da Montanha se os israelitas<br />
continuass<strong>em</strong> adorando ídolos <strong>em</strong> toda parte e, principalmente, nos<br />
montes (cf. Jr 3-13; Ez 6.13).<br />
Levar a mensag<strong>em</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> ao seu povo não é <strong>de</strong> todo glamouroso.<br />
Algumas vezes, <strong>Deus</strong> dá aos seus mensageiros a difícil tarefa <strong>de</strong><br />
pronunciar o julgamento. Tal tarefa é uma sobrecarga para o profeta.<br />
Ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que a voz <strong>de</strong> julgamento ribomba, o<br />
coração compassivo se esboroa.<br />
E aconteceu que, profetizando eu, morreu Pelatias, filho <strong>de</strong><br />
Benaías. Então, caí sobre o meu rosto, e clamei com gran<strong>de</strong> voz, e<br />
disse: Ah! Senhor Jeová! Darás tu fim ao resto <strong>de</strong> Israel? (Ez 11.13)<br />
<strong>Deus</strong> or<strong>de</strong>nara que Ezequiel profetizasse contra Jazanias e Pelatias<br />
(cf. Ez 11.2-4). Alguns comentaristas suger<strong>em</strong> que Ezequiel, à s<strong>em</strong>elhança<br />
<strong>de</strong> Pedro, no caso <strong>de</strong> Ananias e Safira, proferiu julgamento<br />
contra Pelatias, que então, <strong>de</strong> súbito, morreu (cf. W. Carley, T h eB o o k<br />
o f the P rophet Ezekiel, Çambridge, Mass: Cambridge University Press,<br />
1974, p. 68; Charles L. Feinberg, The P rophecy o f Ezekiel, Chicago:<br />
Moody Press, 1969, p. 65; Douglas Stuart, Ezekiel, Dallas: Word<br />
Books, 1989, p- 102). Encontramos aqui uma profunda lição para<br />
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